Ana Bacalhau, Além da curta imaginação, 2021
Ana Bacalhau

Ana Bacalhau é uma cantora portuguesa, nascida a 5 de novembro de 1978, em Lisboa. Foi celebrizada como voz do grupo Deolinda, inspirado pelo Fado e pelas suas origens tradicionais.

Aos 15 anos começou a tocar guitarra e a cantar.

Em 2001 entrou para vocalista do grupo Lupanar com quem gravou um CD (“Abertura” de 2005) e participou num álbum de homenagem a Carlos Paredes.

Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas, na vertente de língua portuguesa e língua inglesa, possuindo ainda uma pós-graduação em ciências documentais.

Em 2005 participou num Trio de jazz e Blues chamado Tricotismo, com o qual tocou em bares e num hotel. Os Deolinda começaram em 2006.

Trabalhou como arquivista até março de 2009, altura em que abandonou a sua profissão para se dedicar profissionalmente ao grupo Deolinda.

A partir de 2011, inicia uma colaboração como cronista da revista Notícias Magazine.

Por iniciativa da ONU foi lançado em 8 de Março de 2013, dia internacional da mulher, o tema “One Woman” gravado por por cantoras e músicos de 20 nacionalidades diferentes. A cantora foi a representante Portugal. Outros nomes são Angelique Kidjo (Benim), Anoushka Shankar (Índia), Rokia Traoré (Mali), a espanhola Concha Buika e a brasileira Bebel Gilberto.

Em 2013, estreia-se em palco a solo co projeto “15”, apresentado em seis concertos na Casa da Música e no Teatro São Luiz, onde cantava algumas das canções que mais a marcaram desde os 15 anos de idade.

Participou também num concerto colectivo de tributo a Joni Mitchell. Gravou duas canções para o 2º volume “Voz & Guitarra” onde revisita “Sexto Andar” dos Clã e (Estrela da Tarde) de Ary dos Santos e Fernando Tordo.

No mês de março de 2014, atuou em Lisboa, no Rossio, como convidada de Mafalda Veiga, cantando “Because The Night”, de Patti Smith. Ainda nesse ano canta com a cantora cabo-verdiana Teté Alhinho no B. Leza e juntou-se à cantora de Jazz Joana Machado e a Rita Redshoes, no concerto de lançamento do álbum “Blame It On My Youth”, de Joana Machado, no Centro Cultural Olga Cadaval.

Atuou ao vivo com os They’re Heading West na Casa Independente e a solo no Festival caixa Alfama de 2014.

Juntou-se ao pianista Júlio Resende no projeto “O Bairro” apresentado em 10 de Janeiro de 2015 no espaço OndaJazz, na Fábrica Braço de Prata, em Lisboa. Ainda em 2015 participa no álbum “Cumplicidades” de Mestre António Chainho onde gravou uma música com letra da sua autoria, “Certo Dia”. Participa também no tema “O Que Mais Custa” da Ala dos Namorados.

Apresenta-se ao vivo em São Paulo, nos dias 8 e 10 de Maio de 2015, para dois concertos inseridos no projecto “As Margens dos Mares”.

Com Aldina Duarte, Cuca Roseta, Gisela João, Manuela Azevedo, Marta Hugon, Rita Redshoes e Selma Uamusse cantou a canção “Cansada” da autoria de Rodrigo Guedes de Carvalho.

Participou no Terreiro do Paço, em Lisboa, no segundo dia do espetáculo Voz & Guitarra, que encerrou as Festas de Lisboa’15. Também em 2015 participou em “500 Anos ao Tom D’Ela” em Conjunto com Samuel Uria, Filipe Melo, Corda Língua e uma série de artistas locais, em Tondela, para as celebrações dos 500 Anos do Foral de Besteiros. Samuel Úria convidou depois Ana Bacalhau e Manel Cruz para um concerto em Estarreja.

Interpretou a canção do genérico do programa “Animais Anónimos” da RTP, com letra e música de Miguel Araújo e orquestração de João Só.

Foi convidada no disco “Está Tudo Dito” dos Marafona (2016). Foi editado um novo disco dos Deolinda. Ana Bacalhau participou nos concertos de homenagem à cantora Dina.

Pretendia começar a trabalhar num álbum em nome próprio e eventualmente escrever um livro (“um objecto sagrado para mim e sinto quase como heresia meter-me por esse caminho”). O seu primeiro álbum a solo – “Nome Próprio” – seria lançado em 2017.

Fonte: Wikipedia

Ana Bacalhau, Além da curta imaginação, 2021

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A Garota Não, créditos Rita Carmo/Blitz
A Garota Não

A Garota Não é o projeto da cantautora Cátia Mazari Oliveira. Sempre viveu rodeada de música: no rádio de casa, nos passeios de carro, no prédio onde cresceu. No seu bairro os vizinhos ouviam música alta. De Gipsy Kings a música eletrónica, e pelo meio das escadas os ritmos endiabrados de quem matava as saudades de África. O seu prédio era um verdadeiro território intercultural.

As mulheres da família sempre tiveram o hábito de cantar. Talvez ajudasse a tornar os dias mais leves. Cantavam na lida e cantavam a vida. O seu meu irmão sempre levou para casa o bom hábito de ouvir música. E o pai, que trazia da geração Zeca Afonso o sonho da democracia e as suas canções de justiça, paz e liberdade.

Por volta dos 10 anos aprendeu um pouco de piano numa escola de música. Pouco depois veio a guitarra e as primeiras composições com amigos. E as palavras que sempre me tinham dançado soltas no lápis e na cabeça, ganhavam pela primeira vez um espaço para se reunirem num significado maior: deixavam de ser ideias soltas e passavam a ser histórias, protestos, catarses, canções.  Toca guitarra, piano e percussões. Gosta de cantar e sobretudo gosta de escrever.

(A Garota Não, adaptado)

“Apesar de às vezes escrever no masculino, faço questão de escrever para mulheres e sobre assuntos relacionados com mulheres. Quando canto: ‘já caminho descalço para ninguém me ouvir’, não estou a pensar que sou um rapaz. Sou um ser a viver uma história. Acho que não escrevia ‘A Mulher Batida’ com a mesma propriedade se não fosse mulher”, acredita.
(Entrevista ao Expresso, 15 de janeiro de 2023)

Discografia

Álbuns

Rua das Marimbas N. 7 2 versões A Garota Não 2020
2 de Abril ‎(CD, Álbum) A Garota Não 01CD 2022

A Garota Não, 2 de abril

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JP Simões, cantor, compositor, letrista, contista e dramaturgo
JP Simões

Cantor, compositor, letrista, contista e dramaturgo, J.P. Simões nasceu em Coimbra e vive em Lisboa. Estudou Comunicação Social, Direito da Comunicação, Escrita de Argumento, História do Teatro, Saxofone, língua Árabe, entre outros assuntos e é Mestre em Teoria da Literatura pela Universidade de Lisboa (FLUL).

Depois de integrar os Pop Dell’Arte em meados dos anos 90 esteve nos Belle Chase Hotel, com os quais editou dois álbuns. Mais tarde editou um álbum no Quinteto Tati antes de iniciar, em 2007, uma discografia em nome próprio com o álbum “1970”, aos quais se seguiram “Boato” (2009), “Onde Mora o Mundo” (de 2010, com Afonso Pais), “Roma” (2013) e mais recentemente “Tremble Like a Flower” (2017), como Bloom.

Participou no Festival da Canção de 2018 com “Alvoroço”, que venceu o prémio de melhor tema de Música Popular na Gala Prémio Autores 2019 da Sociedade Portuguesa de Autores, tendo ainda lançado, em 2016 e 2021, os discos “Tremble Like a Flower” e “Drafty Moon”, sob o pseudónimo Bloom.

JP Simões, cantor, compositor, letrista, contista e dramaturgo

JP Simões, cantor, compositor, letrista, contista e dramaturgo

Ao vivo, apresenta-se a solo, com um repertório que atravessa diferentes fases da sua carreira, em banda para apresentar reportório de Bloom e, também em banda, no espectáculo Canções de José Mário Branco, no qual presta uma sentida homenagem a uma das personalidades que mais marcaram a música portuguesa desde a década de 1960.

JP Simões canta José Mário Branco

JP Simões canta José Mário Branco (2024) é um disco de homenagem a um dos nomes maiores da música nacional por um dos seus mais reconhecidos admiradores.

“Como uma transfusão de sangue, creio que comecei a sentir-me cada vez mais próximo da música de José Mário Branco à medida que a fui tocando e cantando, sempre que a oportunidade surgia. Como se a espessura ética e poética das suas canções fosse progressivamente ocupando e fortalecendo um lugar onde antes havia insegurança e incerteza, à medida que as fui cantando e cantando e acreditando cada vez mais no que cantava.” (JP Simões)

Depois de várias revisitações avulsas, JP Simões debruça-se na essência e no significado de oito composições intemporais de José Mário Branco, oferecendo uma interpretação comovente, reinventando e revitalizando o seu legado para uma nova geração de ouvintes.

A escolha do tema que abre a porta para esta celebração da vida e trabalho de José Mário Branco recaiu na emocionante “Mariazinha”, canção incluída na emblemática obra de 1971 “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades”.

Mais de cinco décadas depois, esta versão realça a atualidade e a urgência do original, relato de uma vivência feminina plena de desafios e dificuldades como a pobreza, a opressão e a exploração.

O videoclipe é assinado por um antigo cúmplice de JP Simões, o realizador António Ferreira (“Bela América”, “Pedro e Inês” e “Esquece Tudo o que te Disse”).

Gravado entre Leiria e Sintra e com o selo da Omnichord Records, “JP Simões canta José Mário Branco” está disponível nas plataformas digitais e tem prevista uma edição física limitada em CD e Vinil.

JP Simões canta José Mário Branco

JP Simões canta José Mário Branco

“Depois de uma muito considerável quantidade de concertos centrados no seu trabalho, que foram afinando essa proximidade, surgiu um convite para – porque não? – fazer um registo que lhe fosse inteiramente dedicado. É uma voz agora oportuna e necessária a de José Mário Branco? É pungente e transborda beleza e coragem? Sem dúvida. E aqui estamos. E o mais intrigante para mim é lançar um disco onde pela primeira vez sou exclusivamente intérprete das canções de outra pessoa e sentir que é talvez o disco mais íntimo que alguma vez produzi. Cabe-me agradecer ao autor este privilégio de me sentir mais completo e menos só, na casa que ele construiu para todos”. (JP Simões)

J.P. Simões, 1970

Publicou um livro de contos e um dos libretos das duas óperas que já produziu. Escreveu argumentos para cinema e é ocasionalmente ator.

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Orquestra de José Calvário
José Calvário

José Calvário, nome pelo qual ficou conhecido José Carlos Barbosa Calvário (Porto, 1951 — Oeiras, 17 de junho de 2009) foi um maestro português. É considerado um dos melhores orquestradores e arranjadores de Portugal. Foi ainda compositor, destacando-se clássicos da música portuguesa como “E Depois do Adeus” e “Flor Sem Tempo”.

José Calvário iniciou os estudos musicais em meados de 1956, praticando no piano. No ano seguinte, no Conservatório de Música do Porto, executou o seu primeiro recital e em 1961, com apenas dez anos, deu o primeiro concerto juntamente com a Orquestra Sinfónica do Porto dirigida pelo maestro Silva Pereira.

Mudou-se para a Suíça, onde os pais queriam que se formasse em Economia. Em 1968, Calvário fez parte de uma Orquestra de jazz suíça. Em Portugal tocou com os Psico de Toni Moura.

Em 1971 regressou de vez a Portugal, mudando-se para Lisboa. Na capital, começou a trabalhar como arranjador e produtor. Fez o seu primeiro arranjo para a canção “E Alegre se Fez Triste” de Adriano Correia de Oliveira (no álbum Gente de Aqui e de Agora). Com José Sottomayor foi o autor da canção “Flor Sem Tempo”, interpretada por Paulo de Carvalho. O tema ficou em 2.º lugar no Festival RTP da Canção de 1971. Lançou o álbum “Música Nova”.

No festival do ano seguinte, 1972, foi o autor de “A Festa da Vida” tema que Carlos Mendes levou ao Festival da Eurovisão, obtendo a nota mais alta que um músico português já tivera.

Colaborou no disco Fala do Homem Nascido, gravado em 1972 nos estúdios Celada em Madrid. O disco, com a poesia de António Gedeão, teve a participação de José Niza, Carlos Mendes, Duarte Mendes, Tonicha e Samuel.

No Festival RTP da Canção de 1973 é autor das canções de Duarte Mendes e Tonicha. Lançou um álbum com versões de 10 músicas participantes no festival desse ano.

É o autor da música de “E Depois do Adeus” tema interpretado por Paulo de Carvalho que venceu o Festival RTP da Canção de 1974 e que viria a ser a primeira senha do 25 de Abril. Nesse ano lança o disco E Depois do Festival.

Em 1977 lançou o álbum The Best Disco In Sound em que adaptava clássicos como “Coimbra”, “Canção do Mar” e “Lisboa Antiga”.

A RTP deu todos os meios necessários e o “TV Show” permitiu mostrar que Portugal possuía uma orquestra de Música Ligeira composta por músicos de craveira europeia referiu José Calvário na contracapa do disco Orquestra e Som de José Calvário/81.

Com a participação da Orquestra Filarmónica de Londres (The London Philharmonic Orchestra) lançou álbuns como Saudades (1985) e Saudades Vol. 2 (1986) que obtiveram grande sucesso.

Entre 1986 e 1992 gravou com a Orquestra Sinfónica de Londres (London Symphony Orchestra) todas as bandas sonoras da série de animação “Boa noite, Vitinho!” da RTP1.

Em 1988, trabalhou com Fernando Tordo no disco Menino Ary dos Santos. Ainda em 1988 gravou, novamente com a Orquestra Sinfónica de Londres, o disco Cinema Português.

No ano de 1991, compôs o seu primeiro concerto para orquestra.

Em 1993 lançou, com chancela da Movieplay, o Saudades Vol. III, agora com a Orquestra Sinfónica de Londres.

Com a Orquestra Sinfónica do Estado Húngaro (Magyar Állami Hangversenyzenekar gravou o álbum Mapas lançado em 1996 pela editora Strauss. Também em 1996 foi editado pela Movieplay o álbum The London Philharmonic Orchestra do guitarrista português António Chainho em que a Orquestra Filarmónica de Londres foi dirigida pelo José Calvário.

Colabora no álbum Reserva Especial (2001) de Luís Represas que foi gravado com a Orquestra Sinfónica da República Checa. Foi autor da banda sonora do filme Kiss Me (2004).

Em 2009 foi homenageado pela RTP durante o Festival RTP da Canção, com um bailado inspirado em algumas das canções com que participou neste festival.

José Calvário faleceu com 58 anos em Oeiras, em 17 de Junho de 2009.

Discografia

• José Calvário – “Música Nova” – (LP, Orfeu, 1971)
• Mario Veigas – “Palavras Ditas” – (LP, Orfeu, 1972)
• Carlos Mendes – “A Festa Da Vida”, “Glow Worm” – Eurovision 1972, Portugal – (45 rpm, Ariola, 1972)
• Florência ‎– “Canção Por TI”, “Passeio” – (45 rpm, Orfeu, 1972)
• António Gedeão – José Niza – Carlos Mendes – Duarte Mendes – Samuel – Tonicha – “Fala Do Homem Nascido” – (Orfeu, 1972)
• José Calvário – “Festival 10 Canções” (LP, Orfeu, 1973)
• José Calvário – “Eurovisão 10 Canções” (LP, Orfeu, 1973)
• Orquestra Dirigida Por José Calvário – “Canções De Sucesso” – (LP, Orlador, 1973)
• Tonicha, “A Rapariga E O Poeta”, “Contraluz” – (EP, Orfeu 1973)
• Paulo De Carvalho – “I’ll be there with you” – (45 rpm, Orfeu, 1973)
• Orquestra de José Calvário ‎– “…E Depois Do Festival” – (LP, Orfeu, 1974)
• Paulo De Carvalho ‎– “E Depois Do Adeus” – (45 rpm, Orfeu, 1974)
• Orquestra de José Calvário – “As Coisas Que Eu Invento (Nº1)” Single Coimbra (Imavox, 1977)
• José Calvário – “The Best Disco In Sound” – (Album Carroussel, 1977)
• José Calvário – “What The World Needs Now” – (Máxi-Single, Orfeu, 1978)
• José Calvário – “A Love In Four Seasons” – (Imavox, 1979)
• José Calvário – “Orquestra & Som de José Calvário” – (LP, Danova,1981)
• Fernando Tordo – “Quem Quer Viver” (Album Adeus Tristeza – Gatefold, 1982)
• Paulo De Carvalho ‎– “A Arte & a Musica de Paulo de Carvalho” – (LP, Philips, 1982)
• Samuel – Ainda Um Jardim Aqui / A Alegria Vinha no Jornal – (45 rpm, Orfeu, 1983)
• Helena Isabel – “Porta Aberta / Mar Amor” – (Orfeu,1983)
• José Calvário – Saudades com The London Symphony Orchestra – (LP, CBS/SONY, 1985)
• Nuno & Henrique – “Meia De Conversa” – (45 rpm, CBS/Sony, 1985)
• “Boa noite, Vitinho!” (single 1: 1986 | single 2: 1988 |single 3: 1991, Ovação)
• José Calvário – Saudades Vol. II com The London Symphony Orchestra – (LP, CBS/Sony, 1986)
• Dora ‎– Voltarei (I ll come back) (45 rpm, CBS, Sony, 1988)
• José Calvário, The London Symphony Orchestra ‎– Cinema Português – Banda Sonora (CBS/Sony, 1988)
• Nicky North ‎– “Love, King Of The Universe”, “You’re Never Satisfied” – (Orfeu)
• Fernando Tordo, “O Menino Ary dos Santos” – (CBS/Sony,1988)
• José Calvário – Saudades Vol. III com The London Symphony Orchestra – (CD, Movieplay, 1993)
• José Calvário – The London Symphony Orchestra – (Movieplay, 1994)
• Frei Hermano Da Câmara, The London Philharmonic Orchestra, The London Philharmonic Choir, José Calvário – “Missa Portuguesa” – (CD, PE Movieplay, 1994)
• José Calvário – “Mapas” com o Hungarian State Symphony Orchestra – (CD, Strauss/CNM, 1996)
• António Chainho ‎– The London Philharmonic Orchestra – (PE Movieplay, 1996)
• Luís Represas – “Reserva Especial” com a Orquestra Sinfónica da República Checa – (Mercury, 2001)
• José Calvário – “Kiss Me” (Banda Sonora Original) – (Universal Music, 2004)
• “Boa noite, Vitinho!” – (Sony, 2018)

Fonte: Wikipédia

Orquestra de José Calvário

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José Afonso, cantautor de intervenção
José Afonso

José Afonso, nome pelo qual é conhecido José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos, nasceu a 2 de Agosto de 1929, em Aveiro, filho de José Nepomuceno Afonso dos Santos, magistrado, e de Maria das Dores Dantas Cerqueira, professora primária.

A 4 de Dezembro de 1957, José Afonso actuou em Paris, no Teatro “Champs Elysées” ao lado de Fernando Rolim, voz, António Portugal e David Leandro nas guitarras de Coimbra e Sousa Rafael e Levy Baptista nas violas.

Em 1959 começou a frequentar colectividades e a cantar regularmente em meios populares.

Nos inícios do ano lectivo de 1959/60 foi colocado por 10 dias num colégio em Aljustrel, transitando depois para a Escola Técnica de Alcobaça onde foi professor provisório entre 3 de Outubro de 1959 e 30 de Julho de 1960.

Em 1960 foi editado o quarto disco de José Afonso. Trata-se de um EP para a rapsódia, intitulado Balada do Outono. Em Agosto fez nova digressão com o orfeão Académico de Coimbra a Angola. Deslocou-se a Paris e Genebra com Fernando Rolim, voz, António Portugal e David Leandro nas guitarras de Coimbra e Sousa Rafael e Levy Baptista nas violas. Na cidade helvética gravou uma serenata para a Eurovisão.

De 1961 a 1962 seguiu atentamente a crise estudantil deste último ano. Conviveu em Faro com Luiza Neto Jorge, António Barahona, António Ramos Rosa e Pité e namorou com Zélia, natural da Fuzeta, que seria a sua segunda mulher.

Em 1962 foi editado o álbum Coimbra Orfeon of Portugal, pela Monitor, dos Estados Unidos, com «Minha Mãe» e «Balada Aleixo», onde José Afonso rompeu definitivamente com o acompanhamento das guitarras. Nestas duas baladas foi acompanhado exclusivamente à Viola por José Niza e Durval Moreirinhas.

Em 1963 foi editado outro EP de «Baladas de Coimbra». Voltou a ser professor provisório na mesma escola em Faro, de 19 de Outubro de 1962 a 31 de Julho de 1963.

Em Maio de 1964, José Afonso actuou na Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, onde se inspirou para fazer a canção «Grândola, Vila Morena», que viria a ser, no dia 25 de Abril de 1974, a senha do Movimento das Forças Armadas (MFA) para o derrube do regime ditatorial.

Nesse mesmo ano foi editado o EP «Cantares de José Afonso», o único para a Valentim de Carvalho. Também em 1964 foi editado, pela Ofir, o álbum «Baladas e Canções», que viria a ser reeditado em CD pela EMI em 1996.

De 1964 a 1967, José Afonso esteve em Lourenço Marques com Zélia, onde reencontra os seus dois filhos. Nos últimos dois anos, deu aulas na Beira. Aqui musicou Brecht na peça «A Excepção e a Regra». Em Moçambique nasceu a sua filha Joana (1965).

Em 1967 regressou a Lisboa esgotado pelo sistema colonial. Deixou o filho mais velho, José Manuel, confiado aos avós em Moçambique. Colocado como professor em Setúbal, sofreu uma grave crise de saúde que o levou a ser internado durante 20 dias na Casa de Saúde de Belas. Quando saiu da clínica, tinha sido expulso do ensino oficial. Foi publicado o livro «Cantares de José Afonso», pela Nova Realidade. O PCP convidou-o a aderir ao partido, mas José Afonso recusa invocando a sua condição de classe. Assinou contrato discográfico com a Orfeu, para quem gravou mais de 70 por cento da sua obra.

Expulso do ensino, em 1968 dedicou-se a dar explicações e a cantar com mais assiduidade nas colectividades da Margem Sul, onde era nítida a influência do PCP. Pelo Natal, editou o álbum «Cantares do Andarilho», com Rui Pato, primeiro disco para a Orfeu. O contrato é sui generis: contra o pagamento de uma mensalidade (15 contos), José Afonso é obrigado a gravar um álbum por ano.

José Afonso, cantautor de intervenção

José Afonso, cantautor de intervenção

Em 1969 a Primavera marcelista abriu perspectivas de organização ao movimento sindical. José Afonso participou activamente neste movimento, assim como nas acções dos estudantes em Coimbra. Editou o álbum «Contos Velhos Rumos Novos» e o single «Menina, dos Olhos Tristes» que contém a canção popular «Canta Camarada». Recebeu o prémio da Casa da Imprensa para o melhor disco, distinção que se repetiu em 1970 e 1971. Pela primeira vez num disco de José Afonso, aparecem outros instrumentos que não a Viola ou a guitarra. Trata-se do último álbum com Rui Pato. Nasceu o último filho, o quarto, Pedro.

Em 1970 foi editado o álbum «Traz Outro Amigo Também», gravado em Londres, nos estúdios da Pye, o primeiro sem Rui Pato, impedido pela PIDE de viajar. Carlos Correia (Bóris), antigo músico de rock, dos Álamos e do Conjunto Universitário Hi-Fi, substituiu Pato. A 21 de Março, por unanimidade, a Casa da Imprensa atribuiu a José Afonso o Prémio de Honra pela «alta qualidade da sua obra artística como autor e intérprete e pela decisiva influência que exerce em todo o movimento de renovação da Música Ligeira portuguesa». Participou em Cuba num Festival Internacional de Música Popular.

Pelo Natal de 1971, foi lançado o álbum «Cantigas do Maio», gravado perto de Paris, nos estúdios de Herouville, um dos mais caros e afamados da Europa. O álbum é geralmente considerado o melhor disco de José Afonso. A editora Nova Realidade publicou o livro «Cantar de Novo».

No ano de 1972 o álbum chama-se «Eu Vou Ser Como a Toupeira», gravado em Madrid, nos Estúdios Cellada, com a participação de Benedicto, um cantor galego amigo de Zeca, e com o apoio dos Aguaviva, de Manolo Diaz. O livro, editado pela Paisagem, tem apenas o título de «José Afonso».

Em 1973 José Afonso continuou a sua «peregrinação», cantando um pouco em todo o lado. Muitas sessões foram proibidas pela PIDE/DGS. Em Abril foi preso e fica 20 dias em Caxias até finais de Maio. Na prisão política, escreveu o poema «Era Um Redondo Vocábulo». Pelo Natal, publicou o álbum «Venham Mais Cinco», gravado em Paris, em que José Mário Branco voltou a colaborar musicalmente. No tema-título, participou Janine de Waleyne, solista dos Swingle Singers, o melhor grupo vocal de jazz cantado da altura, na opinião de José Niza.

De 1974 a 1975 envolveu-se directamente nos movimentos populares. O PREC (Processo Revolucionário Em Curso) foi a sua paixão. Cantou no dia 11 de Março de 1975 no RALIS para os soldados. Estabeleceu uma colaboração estreita com o movimento revolucionário LUAR, através do seu amigo Camilo Mortágua, dirigente da organização. A LUAR editou o single «Viva o Poder Popular» com «Foi na Cidade do Sado» no lado B. Em Itália, as organizações revolucionárias Lotta Continua, Il Manifesto e Vanguardia Operaria editaram o álbum «República», gravado em Roma a 30 de Setembro e 1 de Outubro, nos estúdios das Santini Edizioni. As receitas do disco destinavam-se a apoiar a Comissão de Trabalhadores do jornal República ou, caso o jornal fosse extinto, como foi, o Secretariado Provisório das Cooperativas Agrícolas de Alcoentre. O álbum inclui «Para Não Dizer Que Não Falei de Flores» (Geraldo Vandré), «Se os Teus Olhos se Vendessem», «Foi no Sábado Passado», «Canta Camarada», «Eu Hei-de Ir Colher Marcela», «O Pão Que Sobra à Riqueza», «Os Vampiros», «Senhora do Almortão», «Letra para Um Hino» e «Ladainha do Arcebispo». Francisco Fanhais colaborou na gravação do disco, juntamente com músicos italianos.

Em 1976 apoiou a candidatura presidencial de Otelo Saraiva de Carvalho, cérebro do 25 de Abril e ex-comandante do COPCON (Comando Operacional do Continente), apoio que reeditou em 1980. Fase cronista de José Afonso que publica o álbum «Com as Minhas Tamanquinhas». O disco tem a surpreendente participação de Quim Barreiros. É, na opinião de José Niza, «um disco de combate e de denúncia, um grito de alma, um murro na mesa, sincero e exaltado, talvez exagerado se ouvido e lido ao fim de 20 anos, isto é, hoje». É a «ressaca» do PREC.

O álbum «Enquanto Há Força», editado em 1978, de novo com Fausto, representa mais um exemplo da fase cronista do cantor, ligada às suas preocupações anti-colonistas e anti-imperialistas e à sua crítica mordaz à Igreja. Inclui as participações, entre outras, de Guilherme Inês, Carlos Zíngaro, Pedro Caldeira Cabral, Rão Kyao, Luís Duarte, Adriano Correia de Oliveira e Sérgio Godinho.

Em 1979 foi editado o álbum «Fura Fura», com a colaboração musical de Júlio Pereira e dos Trovante. O disco inclui oito temas de música para teatro, compostos para as peças «Zé do Telhado», de A Barraca, e «Guerra do Alecrim e Manjerona», da Comuna. Actua em Bruxelas no Festival da Contra-Eurovisão.

Em 1981, após dois anos de silêncio, regressou a Coimbra com o seu álbum «Fados de Coimbra e Outras Canções». Trata-se da mais bela versão do Fado de Coimbra, interpretada por Zeca Afonso em homenagem a seu pai e a Edmundo Bettencourt, a quem o disco é dedicado. Actuou em Paris, no Théatre de la Ville.

Em 1982 começam a conhecer-se os primeiros sintomas da doença do cantor, uma esclerose lateral amiotrófica. Actuou em Bourges no Festival de Printemps.

Em 29 de Janeiro de 1983 realizou-se o espectáculo no Coliseu com José Afonso já em dificuldades. Participaram Octávio Sérgio, António Sérgio, Lopes de Almeida, Durval Moreirinhas, Rui Pato, Fausto, Júlio Pereira, Guilherme Inês, Rui Castro, Rui Júnior, Sérgio Mestre e Janita Salomé. Foi publicado o duplo álbum «Ao Vivo no Coliseu».

No Natal desse ano, saiu «Como Se Fora Seu Filho», um testamento político. Colaboração de Júlio Pereira, Janita Salomé, Fausto e José Mário Branco. Alinhamento: «Papuça», «Utopia», «A Nau de António Faria», «Canção da Paciência», «O País Vai de Carrinho», «Canarinho», «Eu Dizia», «Canção do Medo», «Verdade e Mentira» e «Altos Altentes». Algumas das canções foram escritas para a peça «Fernão Mentes?» do grupo de teatro A Barraca. Foi também publicado o livro «Textos e Canções», com a chancela da Assírio e Alvim. Contra a sua vontade, foi publicado pelo Foto Sonoro um maxi-single, «Zeca em Coimbra», com um espectáculo dado por Zeca no Jardim da Sereia, na Lusa Atenas, a 27 de Maio.

Em 1985 foi editado o último álbum, «Galinhas do Mato». José Afonso já não consegue cantar todos os temas, sendo substituído por Luís Represas («Agora»), Helena Vieira («Tu Gitana»), Janita Salomé («Moda do Entrudo», «Tarkovsky» e «Alegria da Criação»), José Mário Branco («Década de Salomé», em dueto com Zeca), Né Ladeiras («Benditos») e Catarina e Marta Salomé («Galinhas do Mato»). Arranjos musicais de Júlio Pereira e Fausto. Outras canções do álbum: «Escandinávia Bar-Fuzeta» e «À Proa».

José Afonso morreu no dia 23 de Fevereiro de 1987, no Hospital de Setúbal, às 3 horas da madrugada, vítima de esclerose lateral amiotrófica, diagnosticada em 1982.

A Transmédia editou o triplo álbum, o primeiro da história discográfica portuguesa, «Agora e Sempre», duas semanas depois da morte do cantor. O triplo disco é constituído pelos álbuns «Como Se Fora Seu Filho» (1983) e «Galinhas do Mato» (1985) e por um alinhamento diferente de «Ao Vivo no Coliseu» (1983).

Cf. AJA, acesso a 07 de novembro de 2018

Discografia

Álbuns

baladas E Canções Ofir 1964
Cantares Do Andarilho Orfeu 1968
Contos Velhos Rumos Novos Orfeu 1969
Traz Outro Amigo Também Orfeu 1970
cantigas Do Maio Orfeu 1971
Eu Vou Ser Como A Toupeira Orfeu 1972
Venham Mais Cinco Orfeu 1973
Coro Dos Tribunais Orfeu 1974
República 1975
A Luta Continua (Solidarität Mit Den Kooperativen Der Landarbeiter In Portugal) Verlag Arbeiterkampf 1976
Com As Minhas Tamanquinhas Orfeu 1976
Enquanto Há Força Orfeu 1978
Fura Fura Orfeu, Orfeu 1979
Fados De Coimbra E Outras Canções Orfeu 1981
Ao Vivo No Coliseu Diapasão 1983
Como Se Fora Seu Filho Triângulo, Triângulo 1983
Galinhas Do Mato Schiu! 1985
Ao Vivo Tradisom, Tradisom, Tradisom 2019

Singles & EPs

Contos Velhinhos / Incerteza ‎(10″) Melodia (4) 15.090 1953
Fado Das Águias ‎(10″) Melodia (4) 15.097 1953
José Afonso / Luís Góis – Fados de Coimbra Alvorada 1957
Balada Do Outono rapsódia 1960
Coimbra Alvorada 1960
baladas De Coimbra ‎(7″, EP) rapsódia EPF 5.182 1962
Em baladas De Coimbra rapsódia 1963
Cantares De José Afonso Columbia 1964
baladas ‎(7″, EP) Ofir AM 4.043 1964
baladas e Canções ‎(7″, EP) Ofir AMS 4.016 1964
baladas E Canções ‎(7″, EP) Ofir AM 4.017 1964
baladas ‎(7″, EP) Ofir AM 4.183 1969
Dr. José Afonso E Rui Pato – baladas De Coimbra ‎(7″, EP) rapsódia EPF 5.437 1969
Menina Dos Olhos Tristes ‎(7″, Single) Orfeu SAT 803 1969
Natal Dos Simples ‎(7″, EP) Orfeu ATEP 6356 1970
Resineiro Engraçado ‎(7″, EP) Orfeu ATEP 6357 1970
Chamaram-me Cigano ‎(7″, EP) Orfeu ATEP 6358 1970
No Vale De Fuenteovejuna Orfeu 1971
Canto Moço Orfeu 1971
Menina Dos Olhos Tristes ‎(7″, EP) Orfeu ATEP 6387 1971
S. Macaio ‎(7″, EP) Orfeu ATEP 6388 1971
Os Eunucos ‎(7″, EP) Orfeu ATEP 6433 1972
Coimbra ‎(7″, EP) Melodia (4) EP-85-5 1972
Grândola, Vila Morena Orfeu 1973
Maio Maduro Maio ‎(7″, EP) Orfeu ATEP 6487 1973
cantigas Do Maio ‎(7″, EP) Orfeu ATEP 6486 1973
Coro Dos Caídos EMI 1974
Ó Vila De Olhão EMI 1974
A Morte Saiu À Rua ‎(7″, EP) Orfeu ATEP 6587 1974
Venham Mais Cinco = ¡Choca Esos Cinco! ‎(7″, Single, Promo) Poplandia, CFE P-30584 1974
O Que Faz Falta ‎(7″, Single) Orfeu KSAT 526 1974
Coro Da Primavera ‎(7″, EP) Orfeu ATEP 6571 1974
Viva O Poder Popular LUAR 1975
Avante Camaradas Disco Serenata 1975
Grândola, Vila Morena / Cantar Alentejano ‎(7″, Single) Hispavox 45-1155 1975
Grândola, Vila Morena / Natal Dos Mendigos ‎(7″, Single) AMIGA 4 56 103 1975
Os Índios Da Meia-Praia ‎(7″, Single) Orfeu KSAT 586 1976
Grândola, Vila Morena ‎(7″, Single) Orfeu KSAT 680 1979
Zeca Em Coimbra Maio 83 ‎(12″, EP) Fotossonoro SPA-83 1983
Década de Salomé / Agora ‎(7″, Promo, TP) Transmedia none 1985
Luís Góis / José Afonso – Fados De Coimbra Alvorada
O Povo (2) / José Afonso – Internacional / Avante Camarada / Canta Camarada / Os Eunucos ‎(7″, EP) Orfeu 6601

Compilações

José Afonso / Luis Gois – Coimbra, Alvorada 1968
Carlos Paredes / José Afonso / Luiz Goes – Carlos Paredes, Jose Afonso, Luiz Goes Columbia 1973
José Afonso / Adriano Correia De Oliveira / Padre Fanhais – José Afonso / Adriano Correia De Oliveira / Padre Fanhais Orfeu 1973
José Afonso, Barros Madeira, Jorge tuna, Jorge Godinho, Durval Moreirinhas, Casimiro Ferreira – Coimbra Serenade rapsódia 1976
Grândola Lieder Aus Portugal ‎(LP, Comp) AMIGA 8 55 507 1976
baladas E Fados De Coimbra Edisco 1981
José Afonso Orfeu, RT 1983
Agora E Sempre Schiu!, Transmedia 1987
Grândola, Vila Morena & Com As Minhas Tamanquinhas Westpark Music 1993
De Capa E Batina Movieplay 1996
José Afonso / António Bernardino / Luís Marinho / António Brojo – Fado de Coimbra EMI 1999
Edmundo De Bettencourt / Artur Paredes / José Afonso / João Bagão – Fado de Coimbra ‎(CD, Comp) EMI 724352064021 1999
As Últimas Gravações 1983-85 ‎(4xCD, Comp, Ltd, Boo) CNM CNM 176 CD 2007
José Afonso, José Mário Branco, Amélia Muge, João Afonso – Canto & Autores 8 – Homenagem a Zeca Afonso ‎(CD, Comp, RE, RM) Levoir canto & autores 08 2014

Vídeos

Maior Que O Pensamento – Uma História De Resistência ‎(DVD) Levoir, Vídeos RTP 768/2015 2015

Fonte: Discogs

José Afonso

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Vitorino Salomé
Vitorino

Vitorino nasceu numa família de músicos, no Redondo. Desde que nasceu ouvia música em casa, tocada pelos tios, tendo sido sempre neste ambiente que cresceu, bem como os quatro irmãos, todos músicos. Vitorino é o terceiro dos cinco; o cantor Janita Salomé é o quarto.

Conheceu Zeca Afonso, de quem se tornou amigo, quando estava a fazer a recruta no Algarve. Fixou-se em Lisboa a partir dos 20 anos. Em 1968 entrou para o Curso de Belas Artes, mas já antes disso tinha começado a pintar. Emigrado em França, um amigo lhe disse que se ganhava mais a cantar na rua ou no metro do que a lavar pratos. Largou os pratos e agarrou na guitarra.

Em Paris juntou-se com Sérgio Godinho e José Mário Branco, igualmente emigrados.

Colaborou em discos de José Afonso, Coro dos Tribunais, e Fausto. Actuou no célebre concerto de Março de 1974, I Encontro da Canção Portuguesa, que decorreu no Coliseu dos Recreios. Lançou nesse ano o seu primeiro single: Morra Quem Não Tem Amores.

Participou no disco cantigas de Ida e Volta conjuntamente com outros nomes como Fausto, Sheila e Sérgio Godinho.

Em 1975, estreou com o seu primeiro disco que incluía uma das canções mais importantes do imaginário português: “Menina estás à janela”. No álbum Semear Salsa ao Reguinho aparecem ainda canções como “Cantiga d’um Marginal do séc. XIX”, “A primavera do Outono”, “Cantiga de Uma Greve de Verão” e “Morra Quem Não Tem Amores”.

Em 1990 surgiu com o quarteto Lua Extravagante, com Filipa Pais e os seus irmãos Janita e Carlos Salomé. O álbum homónimo surgiu em 1991 com canções como “Lua de Papel”, “Ilha” ou “Adeus Ó Serra da Lapa”.

Com o álbum Eu Que Me Comovo Por Tudo E Por Nada, de 1992, com textos de António Lobo Antunes, venceu o Prémio José Afonso/93 e o Se7e de Ouro/92 para Música Popular. Os temas mais conhecidos deste disco são “Bolero do Coronel Sensível Que Fez Amor Em Monsanto”, “Tango do Marido Infiel Numa Pensão do Beato” e “Ana II”.

Em 1993 foi editada a compilação As Mais Bonitas com regravações de “Laurinda” e de “Menina Estás À Janela” e a gravação de Vitorino para “Ó Rama Ó Que Linda Rama”.

O álbum A Canção do Bandido, editado em 1995, inclui canções como “Nomes do Amor”, “Fado da Prostituta”, “Tocador de concertina” e “Fado Alexandrino”. É um dos discos candidatos ao Prémio José Afonso.

Foi fundador do projeto Rio Grande juntamente com Rui Veloso, Tim, João Gil e Jorge Palma. O disco de estreia foi editado em 1996. Em 1997 foi editado o álbum “Dia de Concerto” com gravações ao vivo dos Rio Grande.

Vitorino, Janita Salomé, Rui Alves, Ricardo Rocha e João Paulo Esteves da Silva apresentaram no CCB, no âmbito do festival dos 100 dias da Expo-98, os dois espetáculos “A Utopia e a Música” onde apresentaram um repertório menos conhecido de Zeca Afonso.

Com a brasileira Elba Ramalho participou, em 1999, num dos programas Atlântico de Eugénia Melo e Castro.

Em 1999 gravou um disco em Cuba com o Septeto Habanero. “Desde El Día En Que Te Vi” e “Toda Una Vida” foram os temas em maior destaque do disco La Habana 99.

Participou, com Pedro Barroso e Isabel Silvestre, na campanha da FENPROF para colocar novamente de pé o sistema educativo timorense. No disco Uma Escola Para Timor, de 2000, são interpretadas canções do professor e músico Rui Moura.

Em 2001 foi editado Alentejanas e Amorosas. O disco inclui os temas “Vou-me Embora Vou Partir”, “Alentejanas e Amorosas”, “Meu Querido Corto Maltese”, “Ausência em Valsa”, “Cão Negro”, “Constança”, “Bárbara Rosinha”, “Dona dos Olhos Castanhos”, “Paixão e Dúvida”, “Mariana à Janela”, “Coração ao Deus Dará” e “Guerrilha Alentejana”. Inclui também o tema da série “Estação da Minha Vida”.

A compilação As Mais Bonitas 2 – Ao Alcance da Mão foi editada 2002. Inclui os inéditos “Galope” e “O Dia Em Que Me Queiras”.

Colabora num dos temas do projeto Cabeças No Ar.

Ao Alcance da Mão é o nome de um songbook, editado em 2003 pela editora D. Quixote, com 25 canções do seu repertório. O livro é acompanhado de um CD onde interpreta os temas “Menina Estás à Janela”, “Queda do Império” e “Alentejanas e Amorosas”.

O álbum Os Amigos – Coimbra nos arranjos de António Brojo e António Portugal conta com a participação de Vitorino, Luís Góis, Janita Salomé, Almeida Santos, Manuel Alegre, entre outros.

Em 2004 foi lançado o disco “Utopia”, de Vitorino e de Janita Salomé, com o registo dos dois concertos realizados no CCB em Fevereiro de 1998. Ainda em 2004 foi editado o álbum Ninguém Nos Ganha Aos Matraquilhos! que contou com a colaboração de nomes como Rui Veloso, Manuel João Vieira e Sílvia Filipe.

A completar 30 anos de carreira, foi editada em 2006 a compilação Tudo com 50 canções em três discos temáticos subordinados a O Alentejo, Lisboa e O Amor.

Em 2006, Manuel Freire, Vitorino e José Jorge Letria cantaram Abril aos mais novos no disco Abril, Abrilzinho que foi lançado através do jornal Público.

Em 9 e 13 de Maio de 2007 deu concertos ao vivo em Lisboa, no Teatro da Trindade, dos quais resultou o CD intitulado AO VIVO — Vitorino a preto e branco.

Em 2009 publicou o CD TANGO, El Perro Negro Canta, gravado em Buenos Aires, na Argentina, mas com três temas gravados em Lisboa, o qual dedicou à memória do pintor João Vieira, que lhe ilustrou as capas desde o CD Tudo. (João Vieira é pai do músico Manuel João Vieira, dos Ena Pá 2000.) Para a comemoração do centenário da implantação da República, em 5 de outubro de 2010, com a colaboração do Jornal de Notícias e o Montepio Geral e o apoio do Fundo Cultural da Sociedade Portuguesa de Autores, publicou um CD com 6 originais intitulado Viva A República, Viva.

Para comemorar os seus 35 anos de carreira, deu concertos nos Coliseus de Lisboa e Porto, a que chamou “35 Anos a Semear Salsa ao Reguinho”, numa alusão ao seu 1º LP, acompanhado pela belíssima Orquestra das Beiras, com origem e forte ligação à Universidade de Aveiro, para os quais convida alguns amigos para estarem também em palco, quer músicos, quer não músicos.

Do concerto no Coliseu de Lisboa resultou um CD e um DVD com excelente montagem, precisamente com o nome “35 Anos a Semear Salsa ao Reguinho”.

Em 2013 participou na WOMEX (World Music Exposition), em Tessaloniki, Grécia, despertando grande interesse dos participantes.

Em 2021 na WOMEX (World Music Exposition), PORTO, abriu a programação com um concerto ao vivo.

Vitorino é, mais do que um músico, um artista multifacetado com preocupações culturais, sociais e, sobretudo, com uma enorme abertura para o intercâmbio artístico.

 

Vitorino, Joana Rosa

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Dulce Pontes, 2022
Dulce Pontes

Dulce Pontes, nome artístico de Dulce José da Silva Pontes (Montijo, 8 de abril de 1969) é uma das cantoras portuguesas mais populares e reconhecidas internacionalmente. Em Portugal, recebeu especial destaque na década de 1990, sendo hoje o seu nome ainda hoje considerado como um dos mais consagrados do cenário musical português.

Dulce Pontes interpreta canções pop – mais concretamente canções que podem ser enquadradas no género adult contemporary -, música portuguesa típica – inclusivamente Fado e folclore –, bem como música clássica. Costuma definir-se como uma artista da world music.

É compositora, poeta, arranjadora e produtora. A sua atividade artística contribuiu para o renascimento do Fado nos anos noventa do século passado. Distingue-se pela sua voz, que é versátil, dramática e com uma capacidade invulgar de transmitir emoções. É uma soprano dramática, com uma voz potente.

Atuou em palcos como o Carnegie Hall e ao lado de nomes como Ennio Morricone, Andrea Bocelli e José Carreras.

Ainda criança, Dulce aprendeu a tocar piano, estudando música no Conservatório de Lisboa. Estudou Dança Contemporânea entre os 7 e os 17 anos. Em 1988, no decorrer de um casting onde foi selecionada entre várias candidatas, iniciou a atividade profissional na comédia musical “Enfim sós”, prosseguindo com “Quem tramou o Comendador”, no Teatro Maria Matos, como atriz, cantora e bailarina. Em 1990 foi convidada a integrar o espetáculo “Licença para jogar” no Casino Estoril. Tornou-se popular junto do público português através do programa de televisão Regresso ao Passado.

Em 1991, venceu o Festival RTP da Canção de 1991, tendo depois representado Portugal no Festival Eurovisão da Canção desse mesmo ano, onde cantou “Lusitana Paixão”. Alcançou o oitavo lugar entre 22 países participantes, um das melhores classifcações de Portugal no Eurofestival.

Em 1992, Dulce Pontes gravou o primeiro álbum, Lusitana. Continha principalmente canções pop, que certamente eram ainda muito abaixo das ambições, capacidades e imaginação artística da Dulce.

Todavia, já naquela altura sabia-se que Dulce era uma excelente intérprete, fadista e compositora. As primeiras provas disso apareceram um ano depois, em 1993, quando foi lançado o seu segundo disco, chamado Lágrimas. Dulce abordou o Fado duma forma muito pouco ortodoxa. Misturava Fado tradicional com ritmos e instrumentos modernos, procurando novas formas de expressão musical. Enriquecia os ritmos ibéricos com sons e motivos inspirados pela tradição da música árabe e balcânica, principalmente búlgara. A sua versão do clássico “Povo Que Lavas No Rio” era tudo menos clássica. Mas Lágrimas tinha também faixas bastante tradicionais, fados clássicos gravados ao vivo em estúdio e cantados em rigor com todas as exigências do Fado ortodoxo, abordando de igual forma inovadora o cancioneiro de José Afonso e o Folclore Português.

Foram estes os temas (“Lágrima” e “Estranha Forma de Vida”) que lhe deram a denominação de “sucessora e herdeira da Amália Rodrigues”. Mas o maior êxito do Lágrimas foi um outro clássico, “A Canção do Mar”, que, no Brasil, foi usado como tema de abertura de uma adaptação do romance As Pupilas do Senhor Reitor, de Júlio Dinis, em telenovela. Interpretado por Dulce, este tema tornou-se um dos maiores êxitos da canção portuguesa de sempre e sendo provavelmente a canção portuguesa mais conhecida fora de Portugal, interpretada até hoje pelo mundo fora por vários artistas. “A Canção do Mar” interpretada por Dulce faz também parte da banda sonora do filme americano “As Duas Faces de um Crime” (título inglês – “Primal Fear”), no qual Richard Gere contracena com Edward Norton.

Em 1995, Dulce lançou o álbum ao vivo Brisa do Coração, gravado no Porto.

O disco seguinte, Caminhos, foi lançado em 1996.

O disco O Primeiro Canto foi lançado em 1999. A crítica considerou-o o melhor, e também o mais ambicioso e difícil na carreira da Dulce.

Foi lançada uma edição especial deste disco com três faixas adicionais: uma versão em espanhol de “Pátio dos Amores”, o célebre tango do inesquecível Astor Piazzolla “Balada para un Loco” e mais uma música composta por Dulce, “A minha barquinha”.

Em 2002 foi lançado o disco Best of pela Movieplay Portuguesa.

2003 trouxe uma grande novidade e reviravolta na vida artística da Dulce Pontes. Foi lançado o Focus, que é fruto da colaboração da Dulce com Maestro Ennio Morricone. Dulce cantou alguns dos clássicos do compositor, mas o disco contém também composições originais, compostas pelo Maestro especialmente para a voz da Dulce. O principal objetivo deste disco foi consagrar uma grande voz. Gravado em Itália contém temas cantados em português, inglês, espanhol e italiano.

O disco O Coração Tem Três Portas foi editado em 2006 e foi lançado no dia 25 de Novembro desse mesmo ano na inauguração oficial do Coliseu de Elvas perante cerca de 5 mil pessoas. Este ano marca também a criação de Ondeia Música, editora da própria Dulce. O DVD inclui um concerto gravado em Istambul e o making of das gravações efetuadas nos monumentos (Igreja de Santa Maria em Óbidos e no Convento de Cristo em Tomar).

Em parceria com José Carreras, protagonizou a abertura oficial da eleição das Novas 7 Maravilhas do Mundo, realizado em Portugal, com o tema “One World” (Todos somos um) de sua autoria, para uma grande emissão televisiva.

Tem levado a cultura Portuguesa através da sua sensibilidade aos quatro cantos do Mundo. Carnegie Hall em Nova Iorque (2007), Royal Albert Hall em Londres com Ennio Morricone, são apenas dois exemplos da sua popularidade. Tornou-se a primeira cantora portuguesa a atuar na Bulgária, em Sófia.

Em 2009 comemorou os 20 anos de carreira com o lançamento do álbum duplo “Momentos”. Participou como artista convidada, com outros artistas como Juliette Greco e Randy Crawford, na cerimónia de abertura do Wiener Festwochen Viena (Áustria). Atuou no Herodes Atticus Odeon em Atenas acompanhada pelo guitarrista flamenco Paco Peña e pelo músico grego Thanassis Polykandriotis. Colaborou com o compositor Christopher Tin no disco “Calling All Downs”. Participou ainda no CD tributo a Joan Manuel Serrat com o tema “Santíssima Music”.

2010 começou com a edição internacional de “Momentos” e vários concertos em Espanha e Itália. Espanha reconheceu a sua carreira com o prémio Golden Microfone concedido pela Federação de Rádio e Televisão. Participou no álbum “Graffiti” de Júlio Pereira.

Em 2011 deslocou-se pela primeira vez à Argentina onde participou no Festival Nacional de Folclore de Cosquín convidada pelo pianista argentino Juan Carlos Cambas.

Em 2012 actuou por duas ocasiões em Bragança. Participou no livro-CD intitulado “Os Mensageiros. Antologia de Fernando Pessoa”.

“Peregrinação” é o álbum que marca o regresso às edições em nome próprio.

Fonte: Wikipédia

Dulce Pontes e Ennio Morricone

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Aníbal Raposo, Falas & Afetos, EMT CD 310
Aníbal Raposo

Aníbal Raposo é um cantautor micaelense com 45 anos de percurso profissional no mundo da música. Em 1978, foi um dos elementos fundadores do grupo Construção, que enriqueceu o património musical/fonográfico português com o soberbo álbum “Há Qualquer Coisa…”, editado em 1982). Muito mais do que um bom artista dos Açores: é um excelente artista de Portugal e da Lusofonia. Atesta-o fundamentalmente a sua discografia em nome próprio – “Maré Cheia” (1999), “A Palavra e o Canto” (2006), “Rocha da Relva” (2013), “Mar de Capelo” (2017) e “Falas e Afetos (2020)” – a qual, além de repertório inteiramente da sua autoria, contempla poesia de vultos tão proeminentes da Língua Portuguesa como Mário de Sá-Carneiro, Natália Correia, Vinicius de Moraes e Mia Couto.

Fonte: A Nossa Rádio

Em dezembro de 2022, Aníbal Raposo editou mais um trabalho, o CD Luz do tempo com mais 17 originais que, para além de poemas meus inclui outros de Paulo Leminsky (Brasil), Natália Correia e Maria Isabel Fidalgo (Braga). A 03 de abril de 2023 estava a gravar novo álbum ainda sem nome. O trabalho está nas plataformas habituais: Spotify e Youtube.

Álbuns

Maré Cheia ‎(CD, Álbum) MM Music MFCD99074 1999
A Palavra e o Canto ‎(CD, Álbum) Açor EMTCD103/05 2005
Rocha da Relva ‎(CD, Álbum, Dig) Globalpoint Music 2013 2013
Mar de Capelo ‎(CD, Álbum, Dig) Açor EMTCD228/17 2017
Fala & Afetos ‎(CD, Dig) Açor EMTCD310/20 2020

Aníbal Raposo, Falas & Afetos, 2020

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André Sardet, Ponto de Partida
André Sardet

André Sardet nasceu em Coimbra em 1976.

Com 19 anos de carreira, entre seis álbuns, muitos espectáculos e muitas vitórias, André Sardet é hoje um nome unanimemente reconhecido pela crítica e pelo público no panorama musical português.

André editou o primeiro álbum de originais aos 20 anos, em 1996, depois de se dar a conhecer ao público através da televisão.

Imagens é o seu primeiro grande passo no mundo da música, uma aposta sólida, que rapidamente coloca o single “O Azul do Céu” nos primeiros lugares dos ‘tops’ de várias rádios nacionais e locais.

Dois anos depois, voltou com o lançamento de Agitar Antes de Usar, que inclui temas como – “Perto mais perto” e “Quando te falei de amor” que espelham uma busca intensa pela afirmação de uma identidade musical.

A confirmação dessa identidade, chegou em 2002, quando editou o terceiro álbum – André Sardet, homónimo, que mostra uma faceta muito pessoal e madura do músico.

Mas foi com Acústico que Sardet convenceu definitivamente o público português, em 2006, ao comemorar 10 anos de carreira, num álbum que revisita e atualiza as suas composições de maior sucesso, ao mesmo tempo que as aproxima da sua essência.

O álbum foi gravado em 2004, ao vivo e em formato acústico, no Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra – de onde André Sardet é natural – e conta com 16 temas gravados sem rede, em tempo real e com total partilha com o público.

Poucas semanas depois de chegar ao mercado, ACÚSTICO alcançou o primeiro lugar do top de vendas nacional, onde permaneceu 55 semanas, 12 das quais em primeiro lugar. Entre 2006 e 2007, ultrapassou as 150 mil cópias vendidas e alcançou o galardão de sétima platina.

Leia AQUI a bio completa.

André Sardet, Ponto de Partida

André Sardet, Mundo de cartão

O ano 2022 celebra 25 anos de carreira e o regresso de um dos artistas mais reconhecidos do panorama musical português, André Sardet.

O seu novo álbum, “Ponto de Partida”, conta com a produção de Diogo Clemente e com a colaboração de Bianca Barros, Agir, Carolina Deslandes, Luís Oliveira, Jorge Palma e JJ Melo.

André Sardet juntou-se a Bianca Barros em “Pudesse Eu Mudar”, o primeiro single a ser revelado, e a Carolina Deslandes para reinventa ro aclamado single “Foi Feitiço”.

“Ponto de Partida” revela uma enorme vitalidade criativa e uma vontade de olhar para a frente e de explorar uma nova sonoridade. São, ao todo, 11 temas, dos quais 3 foram revisitados e reinventados. André Sardet continua, assim, a provar como a sua música atravessa gerações e o seu público se renova.

Álbuns

Imagens ‎(CD, Álbum) Mercury 532926-2, CD 532 926-2, MC 532 926-4 1996
Agitar Antes de Usar ‎(CD) Mercury 538 348-2 1999
André Sardet ‎(CD, Álbum) Polydor 017 834-2 2002
Acústico ‎(CD, Álbum+ DVD-V, PAL) Farol FAR62654 2006
Mundo de Cartão, 2 versões Farol 2008
Pára, Escuta e Olha ‎(CD, Álbum) Farol FAR 11164 2011
Pára, Escuta e Olha ‎(CD, Álbum+ DVD-V, PAL) Farol FAR 11764 2011
Perto Mais Perto ‎(CD, Single, Promo) Mercury PROMO 208 1998
Os Olhos da Manhã ‎(CD, Single) Mercury Promo 211 1998
O Céu do Nosso Amor ‎(CD, Single) Mercury Promo 217 1998
Foi Feitiço ‎(CD, Single, Promo) Polydor, Universal Music Portugal PROMO 19/02 2002
Músicas Para Bebés Nestlé ‎(CD, EP, Promo) Nestlé Portugal 2013
Agitar Antes De Usar + André Sardet ‎(CD, Álbum, RE + CD, Álbum, RE + Comp) Universal Music Portugal 0602527804101 2011
Grandes Êxitos ‎(CD, Comp) Universal 00602547535153 2016
Mundo de Cartão Ao Vivo ‎(DVD-V) Farol FAR93386 2008

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