Nascidos em resposta a um convite do Theatro Circo (a propósito das comemorações dos 106 anos do espaço), os três bateristas juntam-se enquanto Sangue Suor para um primeiro disco. “O Salto” conta ainda com a participação de Surma, Cabrita, Selma Uamusse e de Larie.
A partir de um ponto de vista exploratório, usando e abusando da liberdade criativa. “O Salto” é um convite dos Sangue Suor para conhecermos novos sons e ritmos, com pitadas de fúria e desassossego, desafiando os conceitos pré-estabelecidos em torno das possibilidades da bateria.
“O Salto” é uma edição conjunta da Omnichord e do Theatro Circo, resulta de residências artísticas no Serra – Espaço Cultural, foi gravado, misturado e masterizado por Rui Gaspar e conta com artwork de Negra Bala.
A estreia dos Sangue Suor está disponível em todas as plataformas digitais e em formato vinil.
Sangue Suor, Ricardo Martins, Rui Rodrigues, Susie Filipe
A lecionar no Conservatório de Música da Bairrada e diretor artístico de dois coros, Orfeão De Vagos e Coral Troviscal, Antonio Bastos tem interagido com as tradições portuguesas, novos valores e novas formas de abordar a música. Com atuações reformadas dos coros, arranjos originais e um movimento cénico despido de preconceitos e regras pré-definidas, o projeto de Antonio Bastos pretende fundir novas tecnologias, criando nova música com influências electrónicas e sonoridades da Música tradicional portuguesa.
Inspirado em tudo o que o rodeia e influencia, o multi-instrumentista e compositor português lança “Momento”. “Na nova composição, respeitei e aprendi com os desenvolvimentos musicais do passado, incluindo música clássica, jazz e Música tradicional portuguesa, mas sempre estive de olho no momento presente, na tecnologia disponível em busca de novos sons e formas de fazer música. A fusão dos dois mundos torna a música que me vai saindo ao mesmo tempo contemporânea, mas com um profundo respeito de onde vem e o que a trouxe à vida através de uma longa tradição de excelentes artistas”, explica o artista.
O novo single foi criado em viagem, apenas com um iPhone como meio de produção, mistura e masterização, sem nenhum estúdio envolvido no processo de criação do tema.
“Há 10 anos, quando percebi que só com um iPhone podia gravar tudo e fazer música com a qualidade de qualquer grande estúdio, rapidamente vendi o meu estúdio e comecei a fazer música enquanto viajava. Desta forma consigo inspirar-me e sentir tudo em primeira mão e não tenho de esperar até chegar ao estúdio. Assim, a música que me vai saindo acontece naturalmente conseguindo perceber e sentir o mundo e fazer música com facilidade e sem constrangimentos”, desvenda António Bastos.
Com a sua forma eficaz e in loco de produzir, Antonio Bastos surpreendeu os ouvintes e produtores profissionais. A linha de baixo em “Momento”, por exemplo, é feita por um sintetizador, e as vozes graves dos cantores são processadas por uma combinação de efeitos de equalização e compressão, criando assim um som rico e encorpado. Além disso, a sua abordagem criativa e experimental no uso de sons e efeitos especiais resultou num som único e inovador que tem atraído a atenção do público.
Este tema antecipa o lançamento de um novo álbum onde Antonio Bastos continua a consolidar a sua posição como um dos artistas mais interessantes e originais no cenário musical atual português. “Momento” ficou disponível para escuta a partir do dia 3 de março em todas as plataformas digitais habituais.
THC – Leve Impulso
Discográfica: Dansa Do Som – S 85001
Formato: Vinil, 7″, Single
Ano: 1985
Género: Electrónica, Rock, Pop
A Leve Impulso
B Nada Mudou
O Trio Harmonia foi criado em 1958 por José Peralta e Hermenegildo Mendes que tocou numa School Harmonics Orchestra, dirigida pelo alemão Siegfried Sugg, e por Raul Mendes que foi aluno de Thilo Krasmann. Em 1962 venceram a sua primeira competição internacional em Trossingen (Germany). Em 1963, gravaram um 45 rotações e ganharam o título de campeões do mundo em Strasbourg (France). José Peralta deixou o agrupamento em 1966 por motivos profissionais e foi substituído por Carlos Pais. O Trio venceu mais um troféu internacional em 1969 (Winterthur). Carlos Pais foi substituído por José Correia. O último dos 5 títulos foi ganho em 1975. O Trio terminou em 1982/1983.
Membros: Raul de Figueiredo Mendes, Hermenegildo Francisco Mendes, José António dos Santos Correia, José Peralta, Carlos Pais
Fonte: Discogs, tradução de António José Ferreira
Trio Harmonia
Discografia
Álbuns
Tri-Campeões do Mundo 2 versões Estúdio 1971 Trio Harmonia (Cass, Álbum) Estúdio ECAS 003 1971
O Melhor Conjunto Mundial de Harmónicas (LP, Álbum) Imavox IM 30076 1976
Grandes Sucessos (LP, Álbum) Imavox IM 30102 1979
Singles & EPs
Paris – Paris – Paris (7″, EP) Alvorada AEP 60570 1963
Em Sucessos de Portugal (7″, Single) Telectra Portugal 17.023 1968
Lisboa e os seus Fados (7″, EP) RCA Victor TP-413
Folclore de Portugal (7″, EP) Telectra 17 006
Tri-Campeões do Mundo (7″, Single) Estúdio EEP 50.176
Maria Bentes é SILLY. Nasceu nos Açores, cresceu no Alentejo, vive em Lisboa. A música sempre fez parte da sua vida – estudou guitarra e piano, mais tarde apaixonou-se por Hip hop, jazz e bossa nova.
Começámos a ouvir falar dela em 2020, com canções como “Além” e “Intencionalmente”.
Em 2021, lançou o EP de estreia, “Viver Sensivelmente”.
No final de 2022, surgiu com uma nova canção: “Água Doce” e este ano com “Coisas Fracas” e “Cavalo à Solta”. Neste período colaborou nos álbuns de Papillon e NAPA. Fez as suas primeiras apresentações ao vivo, passando por salas como Musicbox, Teatro de São Luiz, Maus Hábitos, MouCo, pelos festivais NOS Alive, Super Bock em Stock, MIL LISBON, Noites na Nora e, mais recentemente, porque a palavra é um dom que lhe assiste, participou no MAP – Mostra de Artes da Palavra, em Oeiras.
Os seus temas, simultaneamente delicados e complexos, estão algures entre a pop mais intimista e o R&B mais futurista e atmosférico.
Depois do sucesso do EP “Viver Sensivelmente”, Silly voltou com um novo single. “Água Doce” estreou em 2022 acompanhado de um videoclipe, que nos leva a conhecer a artista mais de perto, numa viagem às profundezas de São Miguel, Açores, onde nasceu.
Silly apresentou-se ao mundo com 5 faixas em novembro de 2021 e, desde aí, somos embalados por temas tão leves quanto intensos, repletos de metáforas que nos mostram o mundo pelos olhos da artista, numa mescla perfeita de instrumentos, como o piano e a guitarra, abraçados por sonoridades eletrónicas, de forma muito orgânica e experimental.
SILLY apresenta em 2024 o seu novo disco “Miguela” com concerto de estreia no pequeno auditório do CCB no dia 10 de Fevereiro de 2024; o álbum é editado no mesmo mês. Em formato Duo, o palco é partilhado, frente a frente com o produtor de “Miguela”, Fred; sustentado essencialmente pela eletrónica de SPDS’s, MPC e teclados propõe-se uma performance repleta de novos ambientes musicais para as palavras de Silly.
Silly, Viver Sensivelmente
Viver Sensivelmente
“Viver Sensivelmente” viu a luz do palco pela primeira vez em Lisboa e no Porto, no Musicbox e no Maus Hábitos, respectivamente, e abriu caminho para um verão cheio de apresentações. A artista participou na edição de “No Princípio era o Verso” do Festival 5L, juntamente com Selma Uamusse, Tristany, EU.CLIDES, Mazarin, Mynda Guevara e TNT no Teatro de São Luiz.
Seguiram-se as atuações no Suite Music Festival e ainda três festivais de verão: NOS Alive (Algés), Noites na Nora (Serpa) e Azores Burning Summer (Açores).
“Água Doce” nasce no meio dos trilhos e do verde dos Açores, fruto de uma viagem à terra onde se sente verdadeiramente em casa. O novo single transporta a artista às suas raízes: “apesar de ter vivido lá pouco tempo da minha vida, sinto essa energia vulcânica e insular muito presente em mim”. Ainda sobre o single, “Água Doce descreve a sensação de estar só comigo, no meio do nada, onde fica mais fácil mergulhar e questionar algumas coisas que sinto”, explica Silly “É tudo eu e tudo Açores ali”.
Durante um ensaio, com uma melodia e um trautear ao piano, Silly começou a escrever o tema e a ele juntaram-se Eduardo Cardinho no synth, Diogo Alexandre no loop de bateria que abre o tema (os dois elementos da sua banda), e ainda Fred, produtor e baterista de bandas como Orelha Negra e Banda do Mar, para alinhar a produção de todo o tema que, segundo a artista “sem dúvida, o levou para um sítio ainda mais bonito”. Já o videoclipe, personifica as suas raízes na natureza, na calma e pureza dos Açores. Uma viagem tão íntima captada pelas câmaras de Diogo Lopes e Dani K. Monteiro.
“Miguela” é o álbum de estreia de Silly
Quase três anos depois do primeiro EP, “Viver Sensivelmente”, Silly entrega delicadamente o álbum de estreia repleto de texturas musicais e uma maturidade singular. O disco está disponível em todas as plataformas digitais. A voz delicada pode levar a crer que flutua, mas a profundidade da sua partilha leva-nos num mergulho pela música de Silly. O nome artístico não esconde, mas revela: Silly é Maria Bentes, em toda a sua escrita francamente autobiográfica. Com uma história pessoal feita de mudanças, a artista nasceu nos Açores, mudou-se para Serpa e assentou em Lisboa.
Entre a pop intimista e R&B mais atmosférico e futurista, a sua composição assenta nos alicerces do ensino clássico do piano e da guitarra, mas o gosto de Silly pelo Hip hop está bem presente nos arranjos, na cadência e nos jogos de palavras mais pulsantes. Todas estas referências estão bem vincadas em “Solitude” mas Silly não gosta de se prender a sítios nem géneros. Encontra ainda referências no jazz de forma bem declarada em “Herança” e na Bossa Nova em “Vento Forte”, a fechar em comovente beleza. Entre processos eletrónicos e uma forte componente orquestral, bem como a própria maturidade e evolução de Silly resultam num disco elaborado e profundamente honesto.
“Miguela” conta ainda com a exímia produção de Fred Ferreira em estúdio e com a sua mestria em palco.
Ana Paula Ferreira de Oliveira, mais conhecida por Paula Oliveira, é uma cantora e professora de canto jazz portuguesa. Estudou canto e jazz em Lisboa, e canto jazz em Barcelona e Nova Iorque. Participou em vários programas de televisão (Operação Triunfo) e é atualmente professora de canto jazz no Hot Clube de Portugal. Começou a cantar aos 4 anos, e iniciou os estudos musicais no conservatório de Coimbra, tendo terminado o curso de canto clássico no Conservatório Nacional de Lisboa.
Simultaneamente participou em seminários de música clássica e jazz: direção coral, com Paulo Brandão, interpretação de música antiga, com René Jacobs, I e II Seminários de Jazz do Estoril, dirigidos por Rufus Reid e Reggie Workman, interpretação de Jazz na escola “Taller de musics” de Barcelona, seminário de jazz integrado no Festival JVC na Manhattan School of Music, em Nova York, dirigido pelo saxofonista Phil Woods e participa nos I e II Seminários de jazz na Fundação da Casa de Mateus, em Mateus (Vila Real), com a cantora Norma Winston. Durante a sua estadia em Barcelona dá vários série de concertos por toda a Catalunha com o seu Trio composto por músicos locais.
Em 1995, viveu em Nova Iorque onde estudou técnica vocal com Taína Urrey (professora da Rugters University), treino auditivo, com o pianista Armen Donelien (professor da Manhattan School of Music e da New School). Em Nova Iorque apresentou um trabalho em vários clubes, com o Trio de norte-americanos, Armen Donelian (piano), Portinho (bateria), David Fink (contrabaixo). Esse trabalho foi apresentado no ano seguinte (1996) em digressão em Portugal.
Em 1998, integrada num ciclo de música brasileira da Fundação Calouste Gulbenkian gravou um CD com os músicos Paulinho Braga (bateria), David Fink (contrabaixo) e Cliff Korman (piano).
Em 2003 gravou o CD “Quase então” em Duo com João Paulo Esteves da Silva (piano), incluindo temas originais e Música tradicional portuguesa. Com o contrabaixista Bernardo Moreira apresentou o terceiro álbum, assinado em parceria, e intitulado “Lisboa que Adormece”, com canções das décadas de 1970 e 1980 de compositores e poetas como Ary dos Santos, Manuel Alegre, Sérgio Godinho, entre outros.
Em 2007, Paula Oliveira voltou a gravar poetas portugueses, no álbum “Fado Roubado”, com direcção musical de Bernardo Moreira, onde canta poemas de Fernando Pessoa, Ary dos Santos, Zeca Afonso e Sophia de Mello Breyner Andresen, entre outros.
Paula Oliveira participou em vários programas de televisão, como a “Operação Triunfo” I e II, em que foi professora de voz e estilo.
Integra o grupo de músicos professores da Escola de Jazz Luís Vilas Boas, no Hot Clube de Portugal em Lisboa.
Participou em vários festivais de jazz no país, como também em várias salas no estrangeiro, Espanha, Alemanha, Itália, Suíça, Dinamarca, Estados Unidos, Tailândia, Indonésia, Angola, Moçambique e Guiné-Bissau.
Discografia
PAULA OLIVEIRA – featuring Cliff Korman, David Fink e Paulo Braga”, Paula Oliveira (edição Numerica-1998) (Fundação Calouste Gulbenkian) (1998)
Quase então, Paula Oliveira e João Paulo Esteves da Silva (2003)
Lisboa que Adormece, Paula Oliveira e Bernardo Moreira – Polydor (Março, 2005) Fado Roubado, Paula Oliveira (2007)
Natural de Alenquer, Daniel Oliveira é diplomado em Musicologia pela Universidade Nova de Lisboa, licenciado em Órgão pela Escola Superior de Música de Lisboa sob orientação de João Vaz e mestre em Pedagogia do Órgão pela mesma instituição. Frequenta a licenciatura em cravo na Escola Superior de Música de Lisboa, sob orientação de Ana Mafalda Castro.
Discografia
Órgão Histórico Bento Fontanes (1773) da Igreja da Misericórdia – Torres Vedras
Titulo: O Órgão Histórico da Igreja Misericórdia – Torres Vedras
Intervenientes:
Marcos Lázaro, Violino
Daniel Oliveira, Órgão e Baixo Contínuo
Produtor e editor: François Sibertin-Blanc – FSB Musique
Gravação: François Sibertin-Blanc – Dezembro de 2019
Apoios:
Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras
Câmara Municipal de Torres Vedras
Daniel Oliveira e Marcos Lázaro, Torres Vedras – Órgão da Igreja da Misericórdia
Daniel Oliveira e Marcos Lázaro, Torres Vedras – Órgão da Igreja da Misericórdia
O Órgão Histórico Bento Fontanes (1773)
Dinarte Machado (Restauro em 2008)
A construção do órgão histórico da Igreja da Misericórdia de Torres Vedras é atribuída a Bento Fontanes, membro de uma família de organeiros da Galiza, que se fixou em Portugal, deixando um notável espólio de instrumentos.
Sendo um instrumento com características ibéricas no que respeita à sua composição e disposição, a sua caixa, bem como a montra, enquadram-se na estética italiana, testemunhando a forte influência italiana em Portugal no século XVIII.
Este documento discográfico proporciona-nos uma autêntica recriação musical neste espaço histórico da Igreja da Misericórdia, apresentando alguns dos principais géneros musicais cultivados em Portugal nos séculos XVII e XVIII, tais como as Sonatas da Chiesa para violino e baixo contínuo (técnica de acompanhamento e composição do período barroco) da autoria de geniais compositores como Antonio Vivaldi (1678-1741), Tomaso Albinoni (1671-1751), ou mesmo de G. Philipp Telemann (1681-1767), bem como as sonatas para Tecla de importantes autores portugueses e italianos, tais como Carlos Seixas (1704-1742), Frei Jacinto Sacramento (1712-?) ou Andrea Luchesi (1741-1801).
Daniel Oliveira, Organista titular
O Órgão e a Cidade
“A cultura é uma necessidade imprescindível de toda uma vida, é uma dimensão constitutiva de toda a existência humana, como as mãos são um atributo do homem.“ Ortega y Gasset (1928)
O ciclo de órgão de Torres Vedras nasceu de uma comunhão de vontades que aproximou, de forma cúmplice, uma plêiade de instituições de índole vária a artistas, músicos e compositores de diferentes gerações, mundividências, poéticas e universos estéticos. Dando corpo a um verdadeiro movimento cultural, funda-se num repositório de princípios e valores, entre os quais avulta a preservação, conservação, valorização e divulgação do património cultural material e imaterial de que as comunidades são testamentárias. Esse princípio surge, no quadro deste processo, como impulso e Horizonte, atravessando as suas múltiplas expressões.
A forte ancoragem social que o ciclo de órgão de Torres Vedras concita, traduzida no envolvimento de instituições culturais de referência e na crescente e expressiva participação dos cidadãos de diferentes geografias nas várias propostas nele contempladas, representa a sua maior força e distintividade.
Este arrebatador, multiforme e cosmopolita movimento coletivo, revela, inequivocamente, que a dita Música Erudita pode ser popular no sentido de democraticamente apropriada, intensamente vivida, amplamente experimentada por todos e todas, sem fronteiras culturais ou estratificações sociais e, de igual modo, livre e desprovida de quaisquer concessões ou vénias à vulgaridade.
A Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras, em 2005 e após 100 anos de inatividade, deliberou entregar a reconstrução do seu Órgão de Tubos construído pelo organeiro galego Bento Fontanes de Maqueira ao organeiro Dinarte Machado, num esforço económico Conjunto com a Câmara Municipal de Torres Vedras e com o Governo Civil. Após três anos de trabalhos, a população Torriense teve o privilégio de, no dia 21 de dezembro de 2008, assistir ao primeiro concerto deste magnífico instrumento.
Desde a deliberação de recuperação do Órgão de Tubos até aos dias de hoje, e futuros, a Santa casa da Misericórdia disponibiliza este precioso bem da sua Igreja à população, quer no aprendizado, quer nos concertos, e em tudo que se mostrar relevante e de interesse para a cultura da população Torriense e de todos os que são apreciadores deste género musical.
Vasco Fernandes (Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras)
Em 2024, a Tradisom publica uma obra com a sua discografia completa e 11 CD.
LUIS CÍLIA – OBRA COMPLETA – LIVRO COM 11 CDS é uma obra editada em 2024, com mais de 180 páginas que detalham o percurso de um dos nomes maiores da música portuguesa de protesto, sem esquecer os 11 CD com toda a sua discografia e também com músicas editadas pela primeira vez.
Pioneiro da canção de intervenção
Luís Cília é um nome fundamental da música de intervenção em Portugal. Em 1964, enquanto exilado em Paris, começou a sua carreira discográfica com o álbum “Portugal-Angola: Chants de Lutte”, um dos primeiros registos a denunciar a guerra colonial e a falta de liberdade em Portugal. A sua música tornou-se uma voz ativa contra o regime, inspirando outros artistas e levando mensagens de resistência às comunidades portuguesas no estrangeiro.
A Internacionalização da Música Portuguesa
Nos anos que se seguiram ao seu exílio, Cília produziu diversos álbuns que cruzaram fronteiras, incluindo “La Poésie Portugaise de Nos Jours et de Toujours” e “Contra a Ideia da Violência a Violência da Ideia”. Estes discos foram gravados em colaboração com a editora francesa Le Chant du Monde, levando a música e a poesia de intervenção portuguesa a um público internacional, especialmente durante a década de 1970, um período crítico para a oposição ao regime de Salazar.
O Regresso e a Continuidade do Compromisso
Após a Revolução dos Cravos em 1974, Cília regressou a Portugal, continuando a sua carreira como cantor e compositor. O álbum “O Guerrilheiro” foi um dos primeiros que gravou no seu país de origem, marcando o retorno à sua terra e renovando o seu compromisso com a liberdade e os valores da Revolução. Este álbum consolidou a sua posição como uma voz ativa na transformação cultural de Portugal.
Legado de Resiliência e Compromisso Cultural
Ao longo de uma carreira que se estende por décadas, Cília lançou 18 álbuns que documentam um percurso de coragem e dedicação à liberdade e à arte. A sua música continua a ser uma poderosa ferramenta de memória coletiva, preservando não apenas as vozes do passado, mas também as lutas e esperanças de uma nação em transformação.
Redescoberta e Preservação da Sua Obra
Com uma discografia extensa e um trabalho com imenso valor histórico e cultural, a obra de Luís Cília é frequentemente redescoberta por novas gerações que encontram na sua música uma ligação direta ao passado revolucionário de Portugal. A importância de preservar e divulgar as suas gravações é essencial para que a sua contribuição continue a inspirar e enriquecer a cultura portuguesa.
Portugal-Angola: Chants de Lutte 2 versões Le Chant Du Monde 1964
La Poésie Portugaise de Nos Jours Et de Toujours 1 6 versões Moshé-Naïm, Moshé-Naïm 1967
Luis Cilia Vue Et Peinte Par Vieira da Silva – La Poésie Portugaise de Nos Jours Et de Toujours 2 4 versões Moshé-Naïm, Moshé-Naïm 1969
La Poésie Portugaise de Nos Jours Et de Toujours 3 4 versões Moshé-Naïm 1971
Meu País 4 versões Le Chant Du Monde, Le Chant Du Monde 1973
O Guerrilheiro 3 versões Orfeu 1974
Contra a Ideia da Violência, A Violência da Ideia 3 versões Le Chant Du Monde 1974
Resposta 2 versões EMI 1975
Memória 7 versões Diapasão, Diapasão 1976
Transparências (LP, Album) Guilda da Música LC / 001 1978
Eugénio de Andrade – Luis Cilia – O Peso da Sombra 3 versões Diapasão 1980
Marginal 2 versões Diapasão 1981
Contradições (LP, Album) Diapasão DIAP 20005 1983
Sinais de Sena (LP, Album) Diapasão DIAP-20007 1985
Penumbra 3 versões Schiu! 1987
A Regra do Fogo 3 versões Tejo 1988
Bailados 2 versões Strauss 1995
Pedro Barroso, Luis Cilia – Authentic Portugal 2 versões Sonoton Recorded Music Library 1997
Singles & EPs
Portugal Resiste 3 versões E.D.I Cercle Du Disque Socialiste 1965
O Salto – Bande Originale du Film (7″, Single) United Artists Records 38.201 1967
O Povo Unido Jamais Será Vencido (7″, Single) Orfeu KSAT 515 1974
Canção em Coro (7″, Single) EMI 8E 006-40 405 G 1975
Novembro (7″, Single) Guilda da Música, Guilda da Música 2000/012/S, 2000/012/G 1979
Compilações
La Poésie Portugaise de Nos Jours Et de Toujours 2 versões Emen, Moshé-Naïm 1996
Fonte: Discogs
Luís Cília, Sinais de Sena, 1985.
Luís Cília, A poesia de Eugénio de Andrade
Luís Cília, La poesie portugaise de nos jours et de toujours, LP 1967
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