Cláudio de Pina

Cláudio de Pina, organista e compositor
Cláudio de Pina

Cláudio de Pina (n. 1977) é um artista sonoro, organista, improvisador, compositor e investigador português.

Organista titular do órgão histórico da Paroquial da Ajuda. Investigador no Grupo de Investigação de Música Contemporânea (CESEM). Detém um Diploma de Estudos Avançados em Artes Musicais (FCSH/ESML) na área de música contemporânea para órgão.

Mestre em Artes Musicais, com distinção no quadro de Honra, Melhor Mestre 2018/19 (FCSH). Actualmente é candidato a Doutoramento e investigador FCT na área de música electroacústica e órgão.

Estudou no Instituto Gregoriano de Lisboa, Hot Jazz Clube e Eng. Física (FCUL). Estudou adicionalmente com; Adrian Moore, Åke Parmerud, Annette Vande Gorne, César VianaEurico Carrapatoso, Gilles Gobeil, Hans Tutschku, Jaime Reis, Vincent Debut e Trevor Wishart.

A sua produção artística e científica foca-se em; análise musical, composição, música electroacústica, acústica, síntese sonora, órgão, interpretação e paisagem sonora.

Cláudio de Pina, organista e compositor

Cláudio de Pina, organista e compositor

O seu trabalho académico e artístico já foi premiado, editado e publicado internacionalmente em eventos como; Arte no Tempo, Aveiro Síntese, Binaural Nodar, Festival DME, Muslab, Festival Zeppelin, MA/IN, Perpectivas Sonoras e L’Espace du Son. As suas obras acusmáticas foram publicadas nas colectâneas MA/IN 2019 e Métamorphoses 2020.

Publicou em 2020, Asteroeidēs, música para órgão e electrónica e Palimpsestus, música acusmática.

Lançou em 2022 o seu álbum de estreia, Avant-garde Organ, edição crítica de obras vanguardistas em órgão histórico Português, com o apoio da Fundação GDA e publicado por 9 Musas.

Discografia

A ligação entre estas obras é subtil. Não obstante, existe uma procura incessante por uma nova linguagem sonora, quebrando uma norma imposta de um legado secular.

O órgão, aparato que é o somatório de vento, tubos e teclas, torna-se maior com a imaginação de quem o opera. É um dispositivo que incita à audácia do seu operador, rivalizando a potencialidade sonora de qualquer instrumento moderno.

Este é o meu contributo: utilizar um órgão português com mais de 200 anos em reportório vanguardista da década de 60. A representação mental de máquinas monstruosas, sem propósito, que engolem o tempo e cantarolam com uma incessante constância e, de repente, calam-se de uma forma inesperada. (Ligeti, 1969)

Para a realização destas obras diversas interpretações e funcionalidades não ortodoxas foram utilizadas, denominadas técnicas expandidas. Estas sonoridades são atípicas no órgão, mas beneficiam à já vasta panóplia acústica do instrumento.

O ouvinte é convidado a percorrer esta viagem sonora pelo mundo visceral do órgão. É possível ouvir este álbum em modo binaural, necessitando apenas de utilizar auscultadores. Poderá usufruir a versão estereofónica em qualquer sistema de som.

Cláudio de Pina, Avant Garde Organ

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