JP Simões
JP Simões
Cantor, compositor, letrista, contista e dramaturgo, J.P. Simões nasceu em Coimbra e vive em Lisboa. Estudou Comunicação Social, Direito da Comunicação, Escrita de Argumento, História do Teatro, Saxofone, língua Árabe, entre outros assuntos e é Mestre em Teoria da Literatura pela Universidade de Lisboa (FLUL).
Depois de integrar os Pop Dell’Arte em meados dos anos 90 esteve nos Belle Chase Hotel, com os quais editou dois álbuns. Mais tarde editou um álbum no Quinteto Tati antes de iniciar, em 2007, uma discografia em nome próprio com o álbum “1970”, aos quais se seguiram “Boato” (2009), “Onde Mora o Mundo” (de 2010, com Afonso Pais), “Roma” (2013) e mais recentemente “Tremble Like a Flower” (2017), como Bloom.
Participou no Festival da Canção de 2018 com “Alvoroço”, que venceu o prémio de melhor tema de Música Popular na Gala Prémio Autores 2019 da Sociedade Portuguesa de Autores, tendo ainda lançado, em 2016 e 2021, os discos “Tremble Like a Flower” e “Drafty Moon”, sob o pseudónimo Bloom.
Ao vivo, apresenta-se a solo, com um repertório que atravessa diferentes fases da sua carreira, em banda para apresentar reportório de Bloom e, também em banda, no espectáculo Canções de José Mário Branco, no qual presta uma sentida homenagem a uma das personalidades que mais marcaram a música portuguesa desde a década de 1960.
JP Simões canta José Mário Branco
JP Simões canta José Mário Branco (2024) é um disco de homenagem a um dos nomes maiores da música nacional por um dos seus mais reconhecidos admiradores.
“Como uma transfusão de sangue, creio que comecei a sentir-me cada vez mais próximo da música de José Mário Branco à medida que a fui tocando e cantando, sempre que a oportunidade surgia. Como se a espessura ética e poética das suas canções fosse progressivamente ocupando e fortalecendo um lugar onde antes havia insegurança e incerteza, à medida que as fui cantando e cantando e acreditando cada vez mais no que cantava.” (JP Simões)
Depois de várias revisitações avulsas, JP Simões debruça-se na essência e no significado de oito composições intemporais de José Mário Branco, oferecendo uma interpretação comovente, reinventando e revitalizando o seu legado para uma nova geração de ouvintes.
A escolha do tema que abre a porta para esta celebração da vida e trabalho de José Mário Branco recaiu na emocionante “Mariazinha”, canção incluída na emblemática obra de 1971 “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades”.
Mais de cinco décadas depois, esta versão realça a atualidade e a urgência do original, relato de uma vivência feminina plena de desafios e dificuldades como a pobreza, a opressão e a exploração.
O videoclipe é assinado por um antigo cúmplice de JP Simões, o realizador António Ferreira (“Bela América”, “Pedro e Inês” e “Esquece Tudo o que te Disse”).
Gravado entre Leiria e Sintra e com o selo da Omnichord Records, “JP Simões canta José Mário Branco” está disponível nas plataformas digitais e tem prevista uma edição física limitada em CD e Vinil.
“Depois de uma muito considerável quantidade de concertos centrados no seu trabalho, que foram afinando essa proximidade, surgiu um convite para – porque não? – fazer um registo que lhe fosse inteiramente dedicado. É uma voz agora oportuna e necessária a de José Mário Branco? É pungente e transborda beleza e coragem? Sem dúvida. E aqui estamos. E o mais intrigante para mim é lançar um disco onde pela primeira vez sou exclusivamente intérprete das canções de outra pessoa e sentir que é talvez o disco mais íntimo que alguma vez produzi. Cabe-me agradecer ao autor este privilégio de me sentir mais completo e menos só, na casa que ele construiu para todos”. (JP Simões)
Publicou um livro de contos e um dos libretos das duas óperas que já produziu. Escreveu argumentos para cinema e é ocasionalmente ator.