Júlio Pereira
Júlio Pereira
Júlio Pereira (n. Moscavide, 22 de dezembro de 1953-) aprendeu a tocar bandolim com o seu pai aos 7 anos. Durante a adolescência fez parte de várias bandas de rock entre as quais Xarhanga e Petrus Castrus com quem gravou dois discos.
A partir dos vinte anos (ano da revolução 74) e até aos trinta colaborou – em concertos e inúmeros discos – com os compositores mais importantes de Portugal destacando-se a sua colaboração com José Afonso (a partir de 1979) com o qual colaborou regularmente tocando em vários sítios do mundo e co-produzindo os seus últimos discos.
Ainda nesta década trabalha como músico em alguns grupos de Teatro com encenadores como Augusto Boal, Águeda Sena e João Perry. Gravou os seus primeiros álbuns de autor: Bota-Fora, Fernandinho vai ó vinho, Lisboémia e Mãos de Fada.
Em 1981 lançou o álbum Cavaquinho – o seu primeiro disco instrumental – ganhando todos os prémios de música do País iniciando o seu percurso como instrumentista.
A partir de 1983 e até 2003 gravou regularmente os seguintes discos, alguns premiados: Braguesa, 1983, Nordeste, 1983, Cadoi, 1984 (com a produção do primeiro vídeo-clip em Portugal para o tema “Nortada”), Os Sete Instrumentos, 1986, Miradouro, 1987 (criando em simultâneo o Mapa Etno-Musical de Portugal), Janelas Verdes, 1990, O Meu bandolim, 1991, Acústico, 1994, Lau Eskutara, 1995 (gravado no País Basco com Kepa Junkera), Rituais, 2000 (banda sonora da coreografia com o mesmo nome de Rui Lopes Graça e os bailarinos da Companhia Nacional de Bailado), e Faz-de-conta, 2003 (o primeiro CD Multimédia para crianças).
Fez vários concertos no Mundo, produziu, orquestrou e participou como multi-instrumentista em vários discos de outros autores e colaborou paralelamente com vários nomes da música entre os quais: Kepa Junkera, Pete Seeger, Mestisay e The Chieftains – com os quais gravou o CD Santiago que ganha o Grammy Award 1995.
Em 2006, colaborou no Filme Fados de Carlos Saura com Chico Buarque e Carlos do Carmo produzindo o tema “Fado Tropical”.
Ainda com o bandolim, em 2008 gravou o CD Geografias e criou um concerto com o mesmo nome. Actuou em Portugal e vários sítios do Mundo.
Em 2010 lançou Graffiti, um álbum de canções que conta com a participação de cantoras de vários países entre as quais: Dulce Pontes, Maria João, Sara Tavares, Olga Cerpa (Espanha), Nancy Vieira (Cabo-verde) e Luanda Cozetti (Brasil).
Em 2013 retomou o Cavaquinho e gravou o CD/Livro Cavaquinho.pt. como ponto de partida para uma nova etapa dedicada a este instrumento. É Presidente da Associação Museu Cavaquinho que visa documentar, preservar e promover a história e a prática deste instrumento.
Em 2015 recebeu a medalha de honra da SPA – Sociedade Portuguesa de Autores e foi condecorado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Em 2017 publicou o álbum (LP + CD/livro) Praça do Comércio com o qual ganhou o prémio Pedro Osório/Sociedade Portuguesa de Autores 2017 e o prémio José Afonso 2018.
Júlio Pereira, Faz de conta
Júlio Pereira, O meu bandolim