Paulo de Carvalho
Paulo de Carvalho
Paulo de Carvalho é um dos monstros sagrados da canção em Portugal. Integrou os famosos Sheiks e projectos fugazes mas ousados como a Banda 4 e o Fluido. Completou 75 anos no dia 22 de outubro de 2022.
O seu primeiro disco de Fado, “Desculpem Qualquer Coisinha”, provoca grande polémica no meio musical português, mas constitui o maior êxito de vendas da sua carreira.
Aos 30 anos de profissão foi homenageado pela Casa da Imprensa na Grande Noite do Fado. Gravou um CD de fados antigos com a participação da Orquestra Filarmónica de Londres, título “Alma”, que considera um disco de estudo na área do Fado para o futuro.
Como autor-compositor tem mais de 300 canções escritas, e é membro da S.P.A.
Colaborou com poetas, escritores e músicos como J.C. Ary dos Santos, F. Assis Pacheco, Ivan Lins, Dulce Pontes, Joaquim Pessoa, Virgílio Massingue, Mafalda Veiga, Maria Barroso, Ana Zanatti, Simone de Oliveira, Alda Lara, Né Ladeiras, Isabel Ruth, Maria Rosa Colaço entre outros.
Compõe canções para muitos companheiros de profissão: Carlos do Carmo, Simone de Oliveira, Sara Tavares, Martinho da Vila, Anabela, Vasco Rafael, Lena D’Água, Mariza.
Produziu e compôs o primeiro disco de Adelaide Ferreira, aquando de uma experiência como A.R. Nacional numa editora independente, “A Nova”.
Como cidadão e músico tem colaborado na dignificação da sua profissão, participando em centenas de eventos de solidariedade, desde campanhas de angariação de fundos ou chamadas públicas de atenção: Timor, Moçambique, Angola, até às CERCIS, de cujo grupo já faz parte desde a formação.
Esteve também na fundação de cooperativas como a “Toma Lá Disco” (produção discográfica), ou fez parte da “Cantar Abril”, “U.P.A.V.” (Produção Artística).
“Sida Aparecida”, é a primeira canção que em Portugal fala directamente deste flagelo que atingiu a humanidade. Os direitos autorais foram oferecidos à Comissão Nacional da Luta Contra a Sida. Espectáculos para suprimir as necessidades mais prementes de cidadãos carenciados ou de organizações dos mais variados tipos, também fazem parte da sua vida: corporações de bombeiros, hospitais, organizações de doentes específicos.
Teve uma participação muito activa na consolidação da democracia em Portugal. Foi aliás, uma canção cantada por si, “E Depois do Adeus”, que serviu como primeira senha no 25 de Abril de 1974, Revolução dos Cravos. Paulo de Carvalho.
Discografia
- E depois do adeus, 1974.
- Até me dava jeito, 1980.
- Abracadabra, 1981.
- Cabra cega, 1982.
- Desculpem qualquer coisinha…, 1985.
- Homem português, 1986.
- Duetos, 2017.