Pedro Jóia, guitarrista e compositor
Pedro Jóia

Pedro Jóia é um dos mais prestigiados guitarristas e compositores portugueses.

Com 27 anos de carreira, explorou diversas influências fundindo tradição e inovação na sua abordagem musical e colaborou, e colabora, com alguns dos mais consagrados artistas nacionais e internacionais.

Em 2020, homenageou Zeca Afonso em “Zeca”, álbum que chegou a ser o mais vendido em Portugal, e foi distinguido por unanimidade com o Prémio Carlos Paredes no ano seguinte. Pedro Jóia regressou em 2024 ao seu repertório original. “Mosaico” chegou a 23 de fevereiro de 2024 às plataformas digitais e a todas as lojas, em formato CD e vinil.

A guitarra é o fio condutor e Pedro Jóia o timoneiro de uma grande e fascinante viagem. A partida faz-se nas asas de “Ícaro”, há flamenco em “O Luar dos Peixes”, abrilhantado pelo pianista Victor Zamora, um “Zapateado” com pés de dança, e um Fado recheado com o romantismo da chanson française em “Fadinho do Atentado”, com José Manuel Neto e João Frade. O bandolim de Edu Miranda acompanha a “Volta ao Sol” e Mbye Ebrima empresta a magia da kora a “Jula Jekere”.

As cordas engrandecem “Adagietto”, enquanto “Três Pontas” é um tributo musical à cidade do estado de Minas Gerais, no Brasil. A maré enche e vaza em “Acqua Alta” (variaçōes sobre dois motivos de A. Vivaldi) e eis-nos chegados ao porto da mediterrânica e barroca “Catania”.

Fonte: Glam Magazine

Pedro Jóia nasceu a 1 de janeiro de 1970, na Bélgica, durante um estágio profissional do pai. Aos seis meses mudou-se para Lisboa, onde cresceu e mora hoje com a mulher e os dois filhos. Também viveu em Espanha e no Brasil, sempre por conta da música.

Iniciou, aos sete anos, estudos de Guitarra Clássica na Academia dos Amadores de Música, com Paulo Valente Pereira. No ano de 1985 transferiu-se para o Conservatório Nacional, onde estudou com Manuel Morais e concluiu o curso de Guitarra Clássica em 1990.

A partir de 1986 iniciou-se no estudo de Guitarra Flamenga, primeiro como autodidacta e depois através de cursos e de classes de aperfeiçoamento em Espanha (Jerez de la Frontera e Cordoba) com os guitarristas Paco Peña e Manolo Sanlúcar. A relação de aluno com o segundo manteve-se até 1998.

Guadiano (1996) e Sueste (1999) foram os discos que colocaram o guitarrista e compositor Pedro Jóia no panorama da música feita em Portugal. Embora no início com uma forte influência e gosto pela guitarra flamenca, as suas origens portuguesas acabaram por falar mais alto. Assim, Variações sobre Paredes (2001) marcou uma outra fase na sua carreira, homenageando um dos grandes mestres da Guitarra de Coimbra.

Depois de Jacarandá (2003), disco onde reuniu uma série de músicos brasileiros, como Elba Ramalho, Simone, Zeca Baleiro, Zélia Duncan, entre outros, viajou para o Brasil, onde colaborou intensamente com Ney Matogrosso, entre 2003 e 2006.

O espectáculo Mourarias, em Duo com o percussionista Vicky, reune temas da sua autoria, numa reflexão sobre as suas origens como músico e compositor, referenciados nos seus dois primeiros discos, Guadiano e Sueste, e agora também sobre os dois mais importantes compositores e instrumentistas das guitarras de Coimbra e de Lisboa.

Pedro Jóia, Zeca

Pedro Jóia, Jacarandá

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