Silvestre Fonseca

Silvestre Fonseca
Silvestre Fonseca

Nascido em Lisboa, a 23 de Abril de 1959, Silvestre Fonseca iniciou os estudos de guitarra clássica, em 1975, na escola fundada por José Duarte Costa, à Avenida João XXI, tendo aí recebido lições de José Diniz, sujeitando-se depois a exame, como aluno externo, no Conservatório Nacional. Nesta mesma instituição de ensino, estudou composição e análise musical com Joly Braga Santos.

Aos 22 anos, em 1981, publicou, em edição própria (depois licenciada à EMI, selo His Master’s Voice) o álbum “Guitarra Clássica”, constituído por peças de Antonio Róvira, Isaías Sávio, José Duarte Costa, anónimos ingleses do séc. XVI, Fernando Sor, Francisco Tárrega e Manuel M. Ponce.

Nos primeiros anos do seu percurso artístico, Silvestre Fonseca frequentou vários cursos de guitarra no estrangeiro que lhe permitiram aperfeiçoar o domínio técnico do instrumento e – não menos importante – aprimorar os seus dotes interpretativos/expressivos.

Em 1987, saiu, com chancela Philips, o seu segundo álbum, “Guitarra Clássica com Orquestra de Câmara”, sob a regência do maestro Leonardo de Barros, integrando obras de Antonio Vivaldi, Ferdinando Carulli, Francisco Tárrega, António Lauro, António Victorino d’Almeida e Heitor Villa-Lobos.

Bem recebido pela crítica especializada (o eminente musicólogo João de Freitas Branco dedicou-lhe uma edição do seu histórico programa “O Gosto pela Música”, no então Programa 2, futura Antena 2), o fonograma afirmou Silvestre Fonseca como exímio executante de guitarra clássica e um intérprete a ter em conta a partir daí no panorama nacional e internacional.

E os discos (mais de uma vintena) que foi gravando, uns mais centrados no repertório erudito da guitarra clássica, outros mais focados em canções ditas ligeiras (portuguesas, cabo-verdianas, brasileiras, hispano-americanas, etc.), ora em transcrições para guitarra solo, ora acompanhando cantores convidados, bem como os recitais e concertos que foi dando em Portugal e, sobretudo, no estrangeiro (em salas de grande prestígio e em criteriosos canais de televisão) servem para confirmar o altíssimo gabarito do intérprete e revelar os seus talentos enquanto arranjador e compositor.

A par das dezenas de transcrições que fez (muitas das quais estão publicadas em pauta e em CD na “Silvestre Fonseca Collection”, pelas London Guitar Studio Publications, de Londres, e pelas Éditions Soldano, de Paris), Silvestre Fonseca compôs de raiz várias peças para ou com guitarra clássica. Seis delas fazem parte do alinhamento do CD “Olhares” (1998), e uma tem por título “Balada de um Outono”. Uma composição para guitarra e violino, muito bela e impregnada de nostalgia, logo perfeitamente adequada para assinalar o começo da presente estação outonal (no hemisfério norte, bem entendido).

Fonte: Nossa Rádio

Discografia

Silvestre Fonseca

Partilhe
Share on facebook
Facebook