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Lúcio Bamond, fadista

Lúcio Bamond

Lúcio Bamond nasceu a 7 de fevereiro de 1954. Foi criado com os avós até aos 12 anos, em Alcáçovas, Viana do Alentejo. Faleceu a 08 de agosto de 2023.

Aos 13 anos mudou-se para Cascais e, três anos depois, foi viver com o pai para Paris. Fez os estudos na Alliance Française e começou a cantar, profissionalmente, aos 17 anos, no Restaurante Ribatejo, propriedade do pai da cantora luso-francesa Marie Myriam, regressando a Cascais um ano depois.

Lúcio Bamond cantou, nos anos 70, em todas as casas de Fado da zona de Cascais, que tanto divulgaram o Fado nessa época, destacando-se o “Arreda”, “Estribo”, “Forte Dom Rodrigo”, “Galito”, “Kopus Bar” e o “Tabuínhas”.

Nos anos 80 foi até Lisboa para cantar n’ “O Faia” ao lado de Maria Albertina, Tilla Maria e Maria da Luz. Seguiu-se “A Severa”, com Ada de Castro, Arminda da Conceição, Lina Santos e a “Tia Ló”,em Alfama, juntamente com Tony de Matos, Lídia Ribeiro, Julieta Brigue, José Pracana e Carlos Zel.

No “Painel do Fado”, actuou com fadistas como Beatriz da Conceição, João Casanova e Maria José Valério, tendo, posteriormente, feito parte do elenco da “Taverna d’El Rey”, em Alfama, que contava com Maria Jôjô, Lídia Ribeiro e Natalino de Jesus.

Lúcio foi também gerente do “Novital”, propriedade de Nuno da Câmara Pereira. Simultaneamente, actuava neste espaço juntamente com Teresa Tarouca, José Manuel Barreto e Maria Mendes.

A par das casas de Fado, Lúcio Bamond actuou também em vários cruzeiros pelo Mediterrâneo, com Camané, Maria de Lurdes Resende e Tó Leal.

A sua carreira internacional levou-o a diferentes países, como Suíça, Espanha, Alemanha, Turquia, Grécia, Holanda, Tunísia, Itália, Bulgária, Ucrânia, Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo e Maringá), Venezuela (Caracas, Puerto la Cruz e Maracay).

Em 2011, comemorou os 40 anos de carreira com um concerto especial no Casino de Montreux, Suíça, tendo aproveitado a data para apresentar o seu disco “O Meu Fado Cúmplice”, que havia sido lançado no ano anterior. Neste espectáculo contou com os músicos Armando Santos (guitarra portuguesa), Carlos Nogueira (Viola) e Carlos Matias (Viola baixo).

A sua discografia é vasta e variada. Ao longo de mais de 40 anos, Lúcio gravou vários singles, EPs, LPs e CDs e podemos encontrar a sua música em compilações como “Fado Capital – A Essência Do Fado De A a Z” e “Original Fado de Lisboa”, ambos da editora Ovação.

Segundo João Carlos Callixto, o fadista chegou a gravar com o nome Lúcio de Oliveira um “Fado da Bola”, da autoria de Tozé Brito. Neste seu primeiro álbum, de 1989, cantou Paco Bandeira, Fontes Rocha ou Manuel de Almeida, para além do clássico “Fado da Despedida”.

Lúcio Bamond, fadista

Lúcio Bamond, fadista

Discografia

Vários – Fado – Património da Humanidade Vol. 2, (2×CD, Compilação) Ovação 201

Rés Vês Campo D’Ourique (LP, Álbum, Estéreo) Philips 1989

Vários – Fado Capital 8 Ovação – 699 CD, compilação 2009

Fonte: Museu do Fado

Lúcio Bamond, Rés Vês Campo D'Ourique

Lúcio Bamond, Rés Vês Campo D’Ourique

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Pedro Vilar, Aprende este fado, amor
Pedro Vilar

Pedro Vilar, nome artístico de José Amoroso Pedro, (Alcains, Castelo Branco, 22 de Novembro de 1949) é um cantor português.

Iniciou a carreira como cantor em 1973 no “Alerta Está”, das Forças Armadas onde conheceu o cantor e locutor António Sala. Nesse ano gravou o primeiro disco de Fado e estreou-se no elenco do Restaurante “O Poeta” da fadista Maria da Fé. Gravou o disco de estreia para a editora Estúdio.

Em 1974 integrou o espetáculo “Sem Mordaça” com Dário de Barros, Teresa Paula Brito e a Orquestra de Jorge Machado. Nesse ano partiu para o Brasil a convite do programa “Caravela da Saudade” da TV TUPI. Entrou para o elenco da “Adega Lisboa Antiga” a convite das suas proprietárias Adélia Pedrosa e Terezinha Alves com quem gravou o disco “Uma Noite Na Lisboa Antiga” para a editora Chantecler.

Participou como ator nas novelas “Cara a Cara” da TV Bandeirantes e “O Julgamento” e “Meu Rico Português” da TV Tupi.

Em 1978 atingiu o “Disco de Ouro” e esteve 2 meses consecutivos nas paradas de sucessos brasileiras com a canção “Canto a Portugal” (versão do tema “Un Canto A Galicia” de Julio Iglésias).

Em 1980, já de regresso a Portugal, foi a atracção de Fado na revista “Ó Zé Arreganha a Taxa” que esteve no Teatro Sá da Bandeira e depois no Teatro Variedades. Dessa revista foi lançado um single com os temas “Ai, Ai, Saudade” de Eduardo Damas e Manuel Paião e “Quatro Paredes Sem Nada” do maestro Resende Dias.

Três meses depois da estreia da revista em Lisboa iniciou uma digressão que o levou a permanecer vários meses nos Estados Unidos e Canadá. Lançou depois três singles e o seu primeiro álbum “Dilema” editado através da Movieplay.

Para a editora Discossete lançou o álbum “Pedaços de Mim” que inclui dois inéditos de Carlos Paião: “Canção da Última Idade” e “Beijo Roubado”. Desde 1988 a sua carreira passou a dividir-se entre espetáculos, discos e produção.

Com Suzy Paula gravou o álbum “Lembranças” (1999) que inclui o tema homónimo de Roberto Carlos, “Deus Como Te Amo”, entre outros. Deixou de trabalhar em casas de Fado em 1996 e durante seis anos foi produtor.

Em 2000 gravou uma homenagem a Amália Rodrigues com o tema “Fado Português” incluído no disco “Fado de Corpo e Alma” desse ano.

No CD “Aprende este Fado, Amor”, lançado pela editora Strauss em 2001, contou com poemas da autoria de António Campos, Tó Moliças, Constantino Menino, Ary dos Santos, Maria de Lourdes de Carvalho (autora do tema que dá o nome ao trabalho) e outros de sua própria autoria.

Em 2010 lançou o novo disco “Minha Vida Meus Fados”.

Em 13 de setembro de 2013 realizou-se no Teatro Sá da Bandeira, no Porto, o espectáculo “Pedro Vilar – 40 anos de carreira, 40 anos de sucesso”. Lançou o disco “Fado Menor Maior Desconexo”.

O gosto por destacar poetas como Amália, António José Lampreia, Maria de Lourdes de Carvalho e compositores como Manuel Paião, Carlos Paião ou Mike Sargeant é uma marca visível na sua discografia.

Fonte: Wikipédia

Discografia

Álbuns

Dilema ‎(Cass) Movieplay Portuguesa MOV. 20108 1985
Pedro Vilar ‎(Cass, Álbum) Discossete C-839 1992
Pedaços de Mim ‎(CD, Álbum) Discossete 1993
Susy Paula e Pedro Vilar – Lembranças ‎(CD) Sons do Sol CD SS38/99 1999
Aprende este Fado, Amor ‎(CD, Álbum) Strauss ST 5375 2002
Dilema ‎(LP) Movieplay Portuguesa MOV. 10108
Fados e canções de Portugal por Pedro Vilar e Carolina Tavares – Lisbon Records LR-10059
Foi o vento que me disse (EP) – Trevo TEP 1036
Fado maior menor desconexo – 40 anos de carreira (CD 2013)

Singles & EPs

Canto A Portugal ‎(7″, Single) RCA PB – 9333 1978
Ai, Ai, Saudade ‎(7″, Single) Orfeu GSAT 9010 1980
Sol – Tu És o Amor ‎(7″, Single) Orfeu TSAT 318 1982
Olhando Estrelas ‎(7″, Single) Orfeu TSAT 306 1982
Talvez – De Corpo e Alma ‎(7″, Promo) Discossete DSG-889 1992
Já Perdoei ‎(7″, Single) RCA Victor PB-9639

Compilações

Canto A Portugal ‎(CD, Comp, Promo) Discossete CD 1064-4 1996

Fonte: Discogs

Pedro Vilar, Aprende este Fado, amor

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Maria Clara
Maria Clara

Maria da Conceição Ferreira Machado Vaz nasceu a 5 de Outubro de 1923, em Lisboa, e morreu no Porto a 1 de setembro de 2009.

Em 1942, com 19 anos, já abrilhantava uma peça em cena no Grupo Dramático “Os Combatentes” de Campo de Ourique deitando a casa abaixo com palmas sempre que interpretava as “suas” bonitas canções.

Pouco tempo depois, num concurso organizado pel’O Século, descobria-se que “Nasceu uma estrêla!” título d’O Século Ilustrado de 18 de Janeiro de 1943, a propósito do êxito sem precedentes alcançado pela jovem cantadeira na opereta “A Costureirinha da Sé”, estreada no Porto em 8 desse mês e onde contracenava com António Vilar, Costinha e Luísa Durão.

Foi durante as sessões dessa opereta que Júlio Machado de Sousa Vaz, neto de Bernardino Machado e, na altura, quase professor catedrático, a conheceu e dela não mais se separou até que a morte o levou em 1999, com 90 anos.

Maria Clara, além de ter actuado em numerosos espectáculos na rádio, em revistas e no teatro, gravou centenas de canções de variadíssimos géneros, entre fados, canções ligeiras, marchas. Foi uma das “Rainhas da Rádio”.

Do seu vasto reportório destacam-se “Figueira da Foz”, “Maria Severa”, “Marcha do Outono”, “Ó Zé Aperta o Laço”, “Amor, Não Digas Não”, “De Cá Para Lá”, “Alfazema do Monte”, “A Casa de Santo António”, “Barca do Lago”, “As Pedras Que Tu Pisas” ou “Canção de Tavira”.

Fonte: Portal do Fado

Discografia

Álbuns

Sentimental ‎(LP) EMI 8E 068 40461 1972
Maria Clara ‎(LP, Álbum) Alvorada LP-S-04-72 1977
Maria Clara ‎(LP) Alvorada LP-S-98-15 1978
Tony de Matos, Maria Clara – Superestrelas da Música Portuguesa 2 versões Reader’s Digest 1981
Maria Clara ‎(10″) Parlophone CPMD 4
Venham Ver Lisboa ‎(LP) Alvorada ALD 542
Maria Clara, Orquestra de João Nobre, Max – bailarico ‎(LP) Parlophone 8E 046 40170
Dia De Festa ‎(10″, Álbum) Parlophone CPMD 14

Singles & EPs

Ó José Aperta O Laço / corridinho Afadistado ‎(Shellac, 10″) Parlophone P.M. 92 1954
Figueira da Foz ‎(7″, EP) Parlophone LMEP 1136 1954
Senhora de Alcamé / Marcha Nova ‎(Shellac, 10″) Parlophone P.M. 102 1955
Grande Marcha de Lisboa (1955) / Marcha Da Madragoa (1955) ‎(Shellac, 12″) Parlophone PM. 103 1955
Maria Clara, Celeste Rodrigues – Lá Vai Lisboa A Cantar ‎(7″, EP, Mono) Parlophone CGEP 23 1956
Ronda das Marchas ‎(7″, EP) Parlophone CGEP 29 1958
Canção das Descobertas ‎(7″, EP, Mono) Alvorada MEP 60275 1960
Doce Mar ‎(7″, EP) Alvorada AEP 60595 1963
Grande Marcha De 1963 ‎(7″, EP) Alvorada AEP 60 585 1963
Canção de Tavira ‎(7″, EP) Alvorada AEP 60 667 1964
Orquestra de João Nobre, Maria Clara, Conjunto Sem Nome – Música de Portugal ‎(7″, EP) Alvorada AEP 60 754 1965
Marchas de Lisboa ‎(7″, EP) Alvorada AEP 60731 1965
Marchas de Lisboa ‎(7″, EP) Continental Records (8) PQB 257 1966
Hoje e Sempre Lisboa (Grande Marcha de Lisboa 1982) ‎(7″, EP) Orfeu TSAT 315 1982
Maria Clara & Artur Garcia – A Vida Contigo ‎(7″, Single) CBS A 7123 1986
Viana, Linda Princesa ‎(7″, EP) Alvorada ESA 801
Noivas de Lisboa ‎(7″, EP) Alvorada AEP 60 552
Vamos Bailar ‎(7″, EP, Mono) Parlophone CGEP27
Manhã De Sto António ‎(7″, EP) Alvorada MEP 60189
Al Zacarias / So Por Milagre ‎(Shellac, 10″) Parlophone PM 118
Marcha do Alto Pina / Vem Aqui A Madragoa ‎(Shellac, 10″) Parlophone PM.27
Canta Para Ser Bonita / Vem Cá Manel ‎(Shellac, 10″) Parlophone P.M. 50
Fado de Lisboa / Hás-De Voltar ‎(Shellac, 10″) Odeon X-3426
Hás-de Voltar / Canção Portuguêsa ‎(Shellac, 10″) Parlophone P.M.13
O Distraído ‎(7″, EP) Alvorada MEP 60273
Esquinas de Lisboa ‎(7″, EP) Alvorada MEP 60185
E o Conjunto Shegundo Galarza ‎(7″, EP, Mono) Alvorada MEP 60145
Marcha do Vapor / Figueira da Foz ‎(Shellac, 10″) Parlophone PM 99
Santo Antonio do Estoril ‎(7″, EP) Alvorada MEP 60.410
Carnaval No Estoril ‎(7″, EP) Alvorada MEP 60244
Ai, Olarilolé / Delindainas ‎(Shellac, 10″) Parlophone P.M. 51
Marchas Carnaval No Estoril ‎(7″, EP) Alvorada MEP 60151

Compilações

Celeste Rodrigues – Maria Clara – Martinho da Silva – Jimmy – Cantares De Portugal ‎(10″, Comp) Parlophone CPMD 12 1954
Hermínia Silva, Maria Clara And Max – Portuguese Fados 4 versões Capitol Records 1957
Os Maiores Êxitos De Maria Clara Com Orquestra ‎(LP, Comp) EMI 8E 054 40 446 1978
O Melhor de ‎(2xLP, Álbum, Comp) EMI 0 777 7 99942 1 2 1992
O Melhor De ‎(CD, Comp) EMI 0 777 7 99942 2 9 1992
O Melhor dos Melhores ‎(CD, Comp) Movieplay MM 37.013 1994
Ó Zé Aperta O Laço ‎(CD, Comp) EMI-Valentim de Carvalho, Música Lda. 7243 8 53273 2 2 1996
O Melhor de Maria Clara ‎(CD, Comp) iPlay, Edições Valentim de Carvalho IPV 1142 2 2008
Madalena Iglésias, Rui de Mascarenhas Y Maria Clara – Canciones Portuguesas ‎(LP, Comp) Industria Nacional Del Sonido Venevox C.A. BL-138

Fonte: Discogs

Maria Clara

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