Vasco Agostinho iniciou os estudos musicais em Órgão com António Varela, ainda na sua terra natal, Benedita.
Mais tarde estudou Piano com Dalila Vicente e Guitarra com Santiago Pinto e António Bandeira, ao mesmo tempo que começou a tocar profissionalmente em bares da região, inicialmente nos teclados e mais tarde na guitarra. Nesta altura foi convidado com frequência para gravar como freelancer num estúdio local.
Em 1990 começou a frequentar o curso da Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal, onde estudou com Mário Delgado, David Gausden e João Pedro Madaleno, entre outros. Ainda aluno de Mário Delgado, foi convidado por este para o substituir em alguns concertos, iniciando assim a sua carreira como guitarrista de jazz.
Em 1991, um ano após ter iniciado os seus estudos de jazz, foi convidado pela direcção pedagógica da Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal para leccionar a disciplina de guitarra, o que lhe permitiu mudar-se para Lisboa e começar a frequentar diariamente vários espaços com música ao vivo, entre os quais a cave do Hot Clube de Portugal. Aqui, em colaboração com o contrabaixista Pedro Gonçalves, deu início às Jam Sessions que trouxeram uma nova vida ao Clube e à geração de músicos que se seguiu.
Estudou com músicos como Barney Kessel, Al Galper, Reggie Workman, Red Mitchell, Jim Leff, Phil Markowitz, Armen Donelian, Bruce Barth e Ron Jackson.
Já completamente inserido no meio profissional e com bastante sucesso, tocou com músicos como Albert Bover, Carlo Morena, Kevin Hays, Bernardo Sasseti, Chris Higgins, Ed Howard, Mário Franco, Carlos Barreto, António Sanches, Alexandre Frazão, David Xirgu, André S. Machado, Carlos Vieira, Aldo Cavíglia, Nanã Sousa Dias, Paul Young, Eduardo Santos, Cris Alexander, Laurent Filipe, Klaus Nymark, Kiko e Danny Silva, em espaços como Teatro São Luiz, CCB, Rivoli, Tivoli, Fnac, vários festivais de Jazz por todo o país e em clubes como o Hot Clube de Portugal e o Jamboree, em Espanha, entre outros.
Paralelamente à carreira como guitarrista e compositor, tem dedicado grande energia à divulgação e ao ensino do jazz. Lecciona as disciplinas de Guitarra e de Combo na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal desde 1991, e é convidado como professor e director pedagógico em vários cursos e workshops por todo o país, mantendo um apoio constante a diversas iniciativas com interesse claro em tornar o Jazz mais acessível ao público em geral.
Para além de participar como guitarrista e dirigir musicalmente vários projectos musicais, lidera vários grupos para os quais compõe e faz arranjos, dos quais se destacam o Quarteto de Vasco Agostinho com o saxofonista Jorge Reis, o baixista Hugo Antunes e o baterista Bruno Pedroso, o seu Quarteto com Albert Bover (Piano), Chris Higgins (Contrabaixo) e David Xirgu (Bateria), o Trio de Vasco Agostinho, o Quinteto de Homenagem a Sarah Vaughan, e o projecto New Orleans Revisitado.
Fresco é o seu primeiro trabalho discográfico, com o Quarteto de Vasco Agostinho, constituído por Jorge Reis (sax alto), Hugo Antunes (contrabaixo) e Bruno Pedroso (bateria). O disco teve uma excelente aceitação por parte da crítica: “Este seu primeiro trabalho é impressionante. A clareza do seu fraseado, as ideias e emoção postas na música atestam um instrumentista de enorme potencial com uma capacidade de composição invejável. (.) Uma grande estreia dum guitarrista cheio de arte, com uma lucidez musical que lembra Jim Hall.” (Raul Vaz Bernardo in “Expresso”, 10 de Junho de 2006).
Rui Melo Pato, guitarrista de Zeca Afonso, nome histórico da canção coimbrã, nasceu em Coimbra, no dia 04 de junho de 1946. Foi médico pneumologista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, que chegou a dirigir.
Aos 16 anos, em 1962, Rui Pato estreou-se com José Afonso (1929-1987), no disco “baladas de Coimbra”, que inclui canções como “Menino de Oiro”, “Tenho Barcos, Tenho Remos”, “No Lago Do Breu” e “Senhor Poeta”, álbum chave da chamada “geração de viragem” da música de Coimbra.
A partir de então, seguiu-se o seu trabalho com o músico de “Cantares do Andarilho” e “cantigas do Maio”, assim como com Adriano Correia de Oliveira (1942-1982) e outros nomes da Canção de Coimbra, como Luiz Goes e Fernando Machado Soares.
Rui Pato acompanhou José Afonso nos álbuns “baladas de Coimbra”, “Cantares do Andarilho” e “Contos Velhos, Ramos Novos”, de 1969.
Em 1970, foi proibido pelas forças da ditadura de se deslocar a Londres, para acompanhar José Afonso na gravação do seu quarto LP, “Traz Outro Amigo Também”.
Em causa estava a participação de Rui Pato na greve aos exames, durante a crise académica de 1969, em Coimbra.
Discografia
Singles & EPs
Ilha Nua (7″, EP) Ofir AM 4.066 1965
Interpreta Em Viola José Afonso (7″, EP) rapsódia EPF 5.241 1965
António Portugal, Manuel Barralho, Rui Pato – Guitarradas de Coimbra (7″, EP) Alvorada AEP 60 927 1967
Dr. José Afonso* E Rui Pato – baladas De Coimbra (7″, EP) rapsódia EPF 5.437 1969
Dr. António Brojo, Dr. António Portugal, Rui Pato – Guitarradas De Coimbra (7″, EP) Orfeu ATEP 6185
Pedro Caldeira Cabral, de seu nome completo “Pedro da Fonseca Caldeira Cabral, nasceu em Lisboa, no dia 4 de Dezembro de 1950, no seio de uma família numerosa (9 irmãos) que tinha uma tradição de prática musical amadora exclusivamente no âmbito da Música Erudita.
Teve deste modo no ambiente familiar o primeiro contacto com a música de autores como Purcell, Bach, Mozart, Chopin, Schubert e Schumann em interpretações cantadas pelo pai e acompanhadas ao piano pela mãe, iniciando a aprendizagem da Viola e da flauta de bisel com as irmãs.
Ainda na infância (1958) recebeu as primeiras lições de Guitarra de seu primo José Ferreira da Fonseca, e logo se apaixonou pelo instrumento, tendo nos anos seguintes recebido lições do Dr. César Augusto Bordallo, médico e guitarrista da escola de Coimbra (no estilo de Artur Paredes, cujo reportório interpretava).
Aos 10 anos recebeu como presente uma guitarra antiga, fabricada em 1905 por António Duarte, do Porto, a qual tinha sido oferecida ao avô paterno pela célebre actriz e cantora de Fado, Adelina Fernandes. Com esse instrumento praticou intensamente até aos 16 anos, altura em que comprou a sua primeira guitarra de modelo profissional de João Pedro Grácio Júnior.
Apresentou-se em público em festas de amadores desde os 14 anos, acompanhando vozes como António Mello Corrêa, José Pracana, “Chico” Stofell, Francisco Pessoa, Mercês Cunha Rego, Mercês Cardoso Pinto, Bela Buéri, Maria da Nazaré Martins, Vicente da Câmara, Teresa Tarouca e Maria Teresa de Noronha, entre muitos outros.
Frequentou igualmente aos fins-de-semana as casas de Fado amador da linha de Cascais, como “O Cartola”, “O Estribo”, o “vira Milho” e o “Galito”, durante a segunda metade da década de 1960.
Aos 16 anos (1967) foi convidado por Vicente da Câmara para actuar em directo nos programas de Fado que este artista mantinha no Rádio Clube Português, em substituição de Raul Nery, tendo tocado como solista em público pela primeira vez, sendo acompanhado nessas funções por Fernando Alvim, na Viola. Nesse ano, iniciou a actividade profissional no Mercado de Abril (mais tarde Mercado da Primavera) acompanhando os fadistas João Braga e Vicente da Câmara, acompanhado pelos violistas Júlio Gomes e Joel Pina.
Mais tarde, ainda no ano de 1967, é convidado a tocar no restaurante típico “Abril em Portugal (Rua das Taipas), ao lado de António Luis Gomes (Guitarra), Fernando Alvim (Viola) e Helder Nery (Viola), formando nesse ano um Conjunto liderado por Luís Gomes.”
“Em 1968 grava o seu primeiro disco de guitarradas integrado no Conjunto de Guitarras de António Luis Gomes, com o qual realiza programas de rádio e televisão.”
“Em 1969 é convidado a integrar o elenco do novo Restaurante Típico “O Luso”, na Travessa da Queimada (antigo “Café Luso”), local de grandes tradições que reabriu com um novo conceito de espectáculo de Fado e folclore, baseado em experiência anterior do restaurante “Folclore”.
Com Fernando Alvim, faz a selecção e arranjo das canções dos candidatos a apresentar “baladas” no célebre programa Zip-Zip, da RTP.
Grava inúmeros discos de baladas e fados, destacando-se os de José Labaredas, Lídia Rita, António Macedo, Rui Gomes e padre Fanhais, nos quais introduz também a guitarra portuguesa (instrumento com conotações tradicionalistas e, por isso, marginalizado do “som” deste género de música).
No mesmo ano, gravou o primeiro LP com o Conjunto de Guitarras de Fernando Alvim, deslocando-se ao Festival Internacional Singing Europe, na Holanda, para acompanhar João Ferreira-Rosa, ao lado de Carlos Gonçalves (guitarra), Pedro Leal (Viola) e Joel Pina (Viola baixo).
No ano seguinte continua a sua actividade guitarrística no Restaurante Típico “O Timpanas”, realizando também nesse ano uma digressão em várias cidades da Alemanha (na qual se apresentava em solo absoluto, interpretando peças suas e de Carlos Paredes), e em espectáculos com o Trio Odemira, a fadista Emília Reis e o cançonetista Luís Fernando.” (cf. Pedro Caldeira Cabral, “A Guitarra Portuguesa”, Lisboa, Ediclube, 1999, pp. 271-279)
Nas seguintes décadas Pedro Caldeira Cabral desenvolveu uma notável prestação musical, quer a nível individual como em colectivo. Alargou o seu repertório interpretativo, regressa aos estudos, na Universidade Nova de Lisboa, sucedem-se os concertos, em palcos nacionais e internacionais, sendo acompanhado por diversos instrumentos tais como violino e trompas. Exemplo da sua versatilidade é a fundação do grupo “La Batalla”, especializado na Música Medieval em instrumentos históricos e com o qual edita o “Cantigas D’Amigo” (1984) vencedor do Prémio da Crítica para melhor disco do ano de música clássica.
Também o “Grupo Musica Ficta” é fundado e dirigido por Pedro Caldeira Cabral que em paralelo mantém o acompanhamento de fadistas como Teresa Silva Carvalho, Ada de Castro, entre outros.
Em 1985 foi editado um LP com música original de Guitarra, intitulado “Pedro Caldeira Cabral”. “Nesse disco, a Guitarra Portuguesa é apresentada em contextos instrumentais variados, reflectindo várias opções estéticas, do Jazz à “Música Erudita”, da World Music às novas linguagens a solo.”.
Outras edições se registam, nomeadamente internacionais com destaque para um CD para a etiqueta belga GHA, “Guitarra Portuguesa” (1990), com peças novas a solo e outras de autores tradicionais como Armandino e José Nunes, acompanhado por Francisco Perez. Na Alemanha sai o CD intitulado “Momentos da Guitarra Portuguesa” (1991), tendo sido gravado num concerto realizado ao vivo e ao ar livre em Hamburgo, no âmbito do Festival Weltbeat.
Atingido o prestígio internacional Pedro Caldeira Cabral recebeu em 1993 o “Internationaler Schallplatenpreis” ao seu CD “Variações”.
Participou em 1996, como solista em Guitarra Portuguesa, na gravação do CD com o hino oficial da Expo’98, “Pangea” da autoria de Nuno Rebelo, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direcção de Miguel Graça Moura.
Em 1998 fez a direcção artística do Festival de Guitarra Portuguesa da Expo’98.
Pedro Caldeira Cabral é autor de um grande número de peças para Guitarra Portuguesa, destaque para:
“Baile das Meninas”, “Baile dos Carêtos”, “Balada do Castanheiro”, “Balada da Oliveira”, “Canção”, “Canto da Mulher de Pedra”, “Cantos da Lua”, “Contraponto I”, “Dança das Sombras”, “Diálogo Crioulo”, “Encontros”, “Estudo em Acordes”, “Estudo de Dedilho”, “Gestos”, “(In) Diferença”, “Improviso à Partida”, “Jogo de Sons”, “Labirinto I”, “Miscelânea”, “Momentos/Fragmentos, “Novo fandango”, “O Som Dúvida Azul?”, “Pêndulo”, “Por Música Nos Entendemos…”, “Prelúdio”, “Retorno”, “Sons de Andaluzia”, “Sons de Belmonte”, “Toada de Lisboa”, “Valsa em Mi Menor”, “Variações em Dó Menor”, “Variações sobre o Fado Alberto”, “Variações sobre o Fado Varella”, “Variações sobre um Romance (D Mariana)”; “Versos a um Sorriso Mágico”.
Excerto biográfico retirado de Pedro Caldeira Cabral (1999) “A Guitarra Portuguesa”, col. “Um Século de Fado”, Lisboa, Ediclube, pp 271-279.
Nascido em Lisboa, a 23 de Abril de 1959, Silvestre Fonseca iniciou os estudos de guitarra clássica, em 1975, na escola fundada por José Duarte Costa, à Avenida João XXI, tendo aí recebido lições de José Diniz, sujeitando-se depois a exame, como aluno externo, no Conservatório Nacional. Nesta mesma instituição de ensino, estudou composição e análise musical com Joly Braga Santos.
Aos 22 anos, em 1981, publicou, em edição própria (depois licenciada à EMI, selo His Master’s Voice) o álbum “Guitarra Clássica”, constituído por peças de Antonio Róvira, Isaías Sávio, José Duarte Costa, anónimos ingleses do séc. XVI, Fernando Sor, Francisco Tárrega e Manuel M. Ponce.
Nos primeiros anos do seu percurso artístico, Silvestre Fonseca frequentou vários cursos de guitarra no estrangeiro que lhe permitiram aperfeiçoar o domínio técnico do instrumento e – não menos importante – aprimorar os seus dotes interpretativos/expressivos.
Em 1987, saiu, com chancela Philips, o seu segundo álbum, “Guitarra Clássica com Orquestra de Câmara”, sob a regência do maestro Leonardo de Barros, integrando obras de Antonio Vivaldi, Ferdinando Carulli, Francisco Tárrega, António Lauro, António Victorino d’Almeida e Heitor Villa-Lobos.
Bem recebido pela crítica especializada (o eminente musicólogo João de Freitas Branco dedicou-lhe uma edição do seu histórico programa “O Gosto pela Música”, no então Programa 2, futura Antena 2), o fonograma afirmou Silvestre Fonseca como exímio executante de guitarra clássica e um intérprete a ter em conta a partir daí no panorama nacional e internacional.
E os discos (mais de uma vintena) que foi gravando, uns mais centrados no repertório erudito da guitarra clássica, outros mais focados em canções ditas ligeiras (portuguesas, cabo-verdianas, brasileiras, hispano-americanas, etc.), ora em transcrições para guitarra solo, ora acompanhando cantores convidados, bem como os recitais e concertos que foi dando em Portugal e, sobretudo, no estrangeiro (em salas de grande prestígio e em criteriosos canais de televisão) servem para confirmar o altíssimo gabarito do intérprete e revelar os seus talentos enquanto arranjador e compositor.
A par das dezenas de transcrições que fez (muitas das quais estão publicadas em pauta e em CD na “Silvestre Fonseca Collection”, pelas London Guitar Studio Publications, de Londres, e pelas Éditions Soldano, de Paris), Silvestre Fonseca compôs de raiz várias peças para ou com guitarra clássica. Seis delas fazem parte do alinhamento do CD “Olhares” (1998), e uma tem por título “Balada de um Outono”. Uma composição para guitarra e violino, muito bela e impregnada de nostalgia, logo perfeitamente adequada para assinalar o começo da presente estação outonal (no hemisfério norte, bem entendido).
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