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Luís Capela, Sá de Miranda musicado por Luís Capela, 2023
Luís Capela

Luís Capela nasceu em Angola em 1966. Com cerca de 10 anos, em Portugal, despertou para música e iniciou um percurso de autodidatismo. Numa breve passagem por um grupo de Música tradicional portuguesa, aproximou-se de forma marcante para o seu futuro, do Cavaquinho minhoto e da Viola Braguesa.

Já com alguns anos de prática de ensino de Cavaquinho iniciou o Curso de Viola Dedilhada que terminou em 2008. Desde então dedica-se profissionalmente ao ensino de música e de instrumentos tradicionais.

Colabora com a Orquestra de Cordofones Tradicionais de Braga onde toca bandoloncelo. É também compositor e arranjador de peças musicais, nomeadamente para a referida Orquestra. Desde 2014 que se dedica com grande interesse à Viola Braguesa, defendendo-a e divulgando-a.

Partiu de si a ideia da organização de umas Jornadas de Viola Braguesa no sentido de discutir o instrumento e a sua prática, sendo coorganizador nas edições de 2018 e 2019.

É auditor do Instituto Português da Qualidade no processo de Certificação da Viola Braguesa.

Tem algumas composições escritas para Viola braguesa, a solo ou em formação com outros instrumentos. É fundador e elemento do quinteto Ai Braguesa.

Discografia

O CD “Sá de Miranda”, de autoria de Luís Capela, é apoiado pelo Município de Amares em parceria com o Centro de Estudos Mirandinos e a Biblioteca Municipal Francisco Sá de Miranda. Apresentação a 13 de maio de 2023, em sessão integrada na Feira do Livro de Amares e XIII Mostra Pedagógica.

Luís Capela, Sá de Miranda musicado por Luís Capela, 2023

Luís Capela, Sá de Miranda musicado por Luís Capela, 2023

João Vila, multi-instrumentista
João Vila

João Vila, nome artístico de João Luís Caria Vila, é um multi-instrumentista e professor na Academia de Música de Coimbra. Nasceu em Coimbra a 29 de Outubro de 1978. Começou os estudos musicais em Piano na Escola de Música do Colégio São Teotónio, onde permaneceu durante 5 anos. Mais tarde ingressou no Conservatório de Música de Coimbra em Guitarra Portuguesa onde completou todo o curso desta instituição, onde é Diplomado com o Curso Complementar de Guitarra Portuguesa.

É licenciado pela Escola Superior de Educação de Coimbra no Curso de Professores de Educação Musical do Ensino Básico e possui o Mestrado em Ensino de Educação Musical do Ensino Básico.

Foi Professor de Expressão Musical para Pré-escolar, Bébés e Idosos nas seguintes instituições: Jardim de Infância Dra. Odete Isabel (Barcouço), Casa do Povo da Vacariça, Santa Casa da Misericórdia da Mealhada, Centro Social Nossa Senhora do Ó de Aguim, Santa Casa da Misericórdia de Anadia, Centro de Assistência Paroquial da Pampilhosa. Entre 2005 e 2015, leccionou Expressão Musical nas AEC da Câmara Municipal da Mealhada.

Participou no programa Sociedade Civil da RTP 2 (a 21 de Junho de 2012), apresentado por Fernanda Freitas, sobre o tema “aprender a ser músico”, partindo do seu projecto nas AEC – CM da Mealhada, trabalho esse em que assume o nome de “Professor Jota”, uma espécie de heterónimo e nome de guerra para o trabalho que desenvolve para crianças.

Foi vencedor do passatempo “O Ás do Cavaquinho” do Programa Portugal no Coração da RTP1 em 2012 e tocou gaita de foles com o cantor Zé Perdigão no mesmo programa a 3 de Janeiro de 2014. No âmbito mediático ainda, tocou Cavaquinho no programa Verão Total da RTP1 em 2014.

Em 2013 foi entrevistado pelo Xpressing Music e foi homenageado pela Associação de Aposentados da Bairrada, pelo seu trabalho cultural e filantrópico nesta região.

É um multi-instrumentista que toca regularmente: Guitarra de Coimbra, Piano, Cavaquinho, Acordeão, concertina, Guitarra, Gaita de Foles, bandolim e Sanfona medieval.

O seu tema “Hora do Recreio” integra o CD Cavaquinhos.pt editado pela Associação Museu Cavaquinho.

João Vila, multi-instrumentista

João Vila, multi-instrumentista, créditos Tiago Cerqueira

Adufeiras de Monsanto, créditos A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria
Adufeiras de Monsanto

As Adufeiras de Monsanto – “Aldeia Mais Portuguesa de Portugal” – são um grupo de raízes populares, que têm por objectivo preservar e divulgar o riquíssimo património tradicional de Monsanto, através dos seus trajes, cantares e tocares do típico adufe, instrumento de origem árabe.

Têm recolhido sucessos em inúmeras actuações de norte a sul do País e no estrangeiro. A sua internacionalização registou-se aquando da participação no XII Festival Internacional de Folclore da Jugoslávia (Zagreb), em 1977, integradas no Rancho Folclórico da Casa do Povo de Monsanto.

Em 1995 colaboraram na edição de um CD, patrocinado pelo Institut International for Traditional Music (IITM-Berlin). Em 1998 participaram no primeiro CD da série “Vozes do Mundo”, produzido pela Cité de La Musique e Edições Actes Sud, de Paris. São membros da Organizacion Internacional del Art Popular (IOV-UNESCO).

Actuaram no Teatro Gil Vicente, em Coimbra e Famalicão da Serra, em 1997; Alte e Almeida, em 1998; Viana do Castelo e Soalheira, em 1999; Avanca, Constância; Torre de Belém, Parque das Nações e Palácio das Mónicas (em Lisboa), Matosinhos e Monsanto, em 2000; Benquerença, Covilhã, V.V.Rodão, Castelo Branco, Lisboa , Almada , Loures e Coriscada, em 2001; Famalicão, Peña Parda (Espanha) e Almada em 2002; Castelo Branco, Espectáculo “Mátria”de José Salgueiro, em Coimbra, em 2003; FITUR (Madrid), Portalegre , Mangualde , Idanha-a-Nova e “Gala do 12.º aniversário da SIC” no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, em 2004.

Por indicação expressa da Madrinha do Grupo, a Etnomusicóloga, Salwa Castelo Branco, da Universidade Nova de Lisboa, integraram o elenco do espectáculo de Ricardo Pais, “Raízes Rurais, Paixões Urbanas”, no Teatro Nacional S. João, do Porto; na Grande Salle da Cité da la Musique, em Paris (França); no Teatro Nacional da Trindade, em Lisboa, em 1997; no Teatro Nacional S. João, do Porto e no Teatro Viriato, em Viseu, em 1999;

Participaram no concerto, no Centro Cultural Raiano (Idanha-a-Nova), com Maria João e Mário Laginha, em 1998; Cine Teatro da Covilhã, em 2000. Concerto com Maria João Pires, no Centro para o Estudo das Artes em Belgais, em 2001.

Actuaram na EXPO 98, em seis espectáculos; Participaram na produção de José Salgueiro, “O adufe” em: Lisboa (Expo 98, Grande Auditório do Centro Cultural de Belém e Aula Magna), Porto (Palácio Cristal e Coliseu), Castelo Branco, Faro, Viseu, Aveiro, Guimarães, Loures, Évora, Torres Novas, Monsaraz, Sines, Palmela, Setúbal, Leça do Balio e Cacém em 1998, 1999 e 2000; EXPO 2000 em Hannover (Alemanha); Tilburg (Holanda), Santa Maria da Feira, Marinha Grande, Vila Real de Santo António e Montemor-o-Novo, em 2001.

Fonte: Rádio Monsanto

Adufeiras de Monsanto, Ideal Voice

Adufeiras de Monsanto, Monsanto, Memória e Tradição, Ideal Voice

Rui Fernandes, viola amarantina
Rui Fernandes

Natural de Vila Real, o músico Rui Fernandes apresenta em 2022 o disco duplo “A viola amarantina” como homenagem a este instrumento de cordas originário de Amarante e também chamada Viola de dois corações devido às duas aberturas frontais em forma de coração.

Ao ser desafiado a praticar a viola amarantina em 2018, Rui Fernandes acabou por se dedicar ao instrumento com o intuito de mostrar que esta Viola tem muito mais para dar à música do que ser apenas um instrumento de acompanhamento musical.

“A viola amarantina” apresenta 11 composições originais de Rui Fernandes criadas para este instrumento português, com claras influências que vão desde a Música Erudita, ao jazz, passando pelo country e, naturalmente, a Música Popular portuguesa.

O disco duplo oferece duas opções claras de audição: ouvir todas as músicas a solo, onde Rui Fernandes expõe a sonoridade deste instrumento explorando-o timbricamente ou ouvir em versão quarteto para o qual foram feitos arranjos para 9 composições e convidados os músicos: Pedro Neves, piano, Miguel Ângelo, contrabaixo e Ricardo Coelho, percussão.

O resultado final é surpreendente e singular uma vez que este trabalho abre um caminho que nunca até ao momento foi feito onde vários estilos e muitas influências se cruzam e onde fica claro que a viola amarantina, para além de uma sonoridade “aveludada”, tem uma extraordinária versatilidade e não pode nem deve ficar “refém” do rótulo colado à Música tradicional. É uma Viola portuguesa para ser útil à música do mundo.

Fonte: Glam Magazine

Rui Fernandes, viola amarantina

Rui Fernandes, viola amarantina

Júlio Pereira, créditos António Gamito
Júlio Pereira

Júlio Pereira (n. Moscavide, 22 de dezembro de 1953-) aprendeu a tocar bandolim com o seu pai aos 7 anos. Durante a adolescência fez parte de várias bandas de rock entre as quais Xarhanga e Petrus Castrus com quem gravou dois discos.

A partir dos vinte anos (ano da revolução 74) e até aos trinta colaborou – em concertos e inúmeros discos – com os compositores mais importantes de Portugal destacando-se a sua colaboração com José Afonso (a partir de 1979) com o qual colaborou regularmente tocando em vários sítios do mundo e co-produzindo os seus últimos discos.

Ainda nesta década trabalha como músico em alguns grupos de Teatro com encenadores como Augusto Boal, Águeda Sena e João Perry. Gravou os seus primeiros álbuns de autor: Bota-Fora, Fernandinho vai ó vinho, Lisboémia e Mãos de Fada.

Em 1981 lançou o álbum Cavaquinho – o seu primeiro disco instrumental – ganhando todos os prémios de música do País iniciando o seu percurso como instrumentista.

A partir de 1983 e até 2003 gravou regularmente os seguintes discos, alguns premiados: Braguesa, 1983, Nordeste, 1983, Cadoi, 1984 (com a produção do primeiro vídeo-clip em Portugal para o tema “Nortada”), Os Sete Instrumentos, 1986, Miradouro, 1987 (criando em simultâneo o Mapa Etno-Musical de Portugal), Janelas Verdes, 1990, O Meu bandolim, 1991, Acústico, 1994, Lau Eskutara, 1995 (gravado no País Basco com Kepa Junkera), Rituais, 2000 (banda sonora da coreografia com o mesmo nome de Rui Lopes Graça e os bailarinos da Companhia Nacional de Bailado), e Faz-de-conta, 2003 (o primeiro CD Multimédia para crianças).

Fez vários concertos no Mundo, produziu, orquestrou e participou como multi-instrumentista em vários discos de outros autores e colaborou paralelamente com vários nomes da música entre os quais: Kepa Junkera, Pete Seeger, Mestisay e The Chieftains – com os quais gravou o CD Santiago que ganha o Grammy Award 1995.

Em 2006, colaborou no Filme Fados de Carlos Saura com Chico Buarque e Carlos do Carmo produzindo o tema “Fado Tropical”.

Ainda com o bandolim, em 2008 gravou o CD Geografias e criou um concerto com o mesmo nome. Actuou em Portugal e vários sítios do Mundo.

Em 2010 lançou Graffiti, um álbum de canções que conta com a participação de cantoras de vários países entre as quais: Dulce Pontes, Maria João, Sara Tavares, Olga Cerpa (Espanha), Nancy Vieira (Cabo-verde) e Luanda Cozetti (Brasil).

Em 2013 retomou o Cavaquinho e gravou o CD/Livro Cavaquinho.pt. como ponto de partida para uma nova etapa dedicada a este instrumento. É Presidente da Associação Museu Cavaquinho que visa documentar, preservar e promover a história e a prática deste instrumento.

Em 2015 recebeu a medalha de honra da SPA – Sociedade Portuguesa de Autores e foi condecorado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

Em 2017 publicou o álbum (LP + CD/livro) Praça do Comércio com o qual ganhou o prémio Pedro Osório/Sociedade Portuguesa de Autores 2017 e o prémio José Afonso 2018.

Júlio Pereira, Faz de conta

Júlio Pereira, O meu bandolim