Tag Archive for: maestros XX

João Neves, maestro
João Neves

João Neves nasceu a 12 de maio de 1951 e faleceu a 19 de maio de 2023.

Natural de Fermentelos, o maestro João Neves iniciou a sua preparação musical aos 10 anos na Banda Nova de Fermentelos de que viria a ser Maestro.

Aos 16 anos prosseguiu os estudos no Conservatório de Música de Aveiro. Mais tarde e já no Conservatório Nacional de Lisboa, sob a direcção de Isaura Paiva de Magalhães, frequentou o curso de violoncelo que concluiu com a classificação final de 19 valores.

Ingressou em 1970, como clarinetista, na Banda da Guarda Nacional Republicana, então sob a regência do Cap. Silva Dionísio. Nesta banda e já como violoncelista, foi chefe de naipe e solista até ao posto de Sargento – Chefe. Dirigiu também durante alguns anos e até à reforma no início de 2002, a Banda Marcial da GNR de Lisboa e a respectiva Orquestra Ligeira e ainda algumas vezes como músico, outras como maestro, integrou a Orquestra de Câmara da GNR (com a qual tocou em concertos e jantares de gala para reis, presidentes, primeiros-ministros e outras personalidades importantes que passavam pelo país).

Foi músico da Orquestra Sinfónica Juvenil no seu primeiro concerto e outros. Em 1973 entrou para a Orquestra Filarmónica de Lisboa – Orquestra de Ópera do Teatro Nacional de S. Carlos – dali transitando em 1976 para a Orquestra da Radiodifusão Portuguesa, onde por várias vezes foi 1.º violoncelo, ficando desde aí a pertencer à Regie Sinfonia, com a qual, como melhor Orquestra Portuguesa naqueles anos, entre outros concertos, acompanhou Luciano Pavarotti, José Carreras, Monserrat Caballé e Teresa Berganza.

Em 1991 formou o Quarteto de Cordas de Almada, tendo fundado também o Ars Música, composto por solistas da GNR. Além do curso de violoncelo do Conservatório Nacional, frequentou também os cursos de violoncelo de Santiago de Compostela (Espanha), da Costa do Sol (Estoril), o de Música de Câmara no Conservatório Nacional e o de Maestro de Juventude Musical, no qual foi discípulo do Maestro Herbert Jonis e outros.

Em 1993 organizou o 1.º Festival de Banda Militares das Festas da Cidade de Lisboa que decorreu no Teatro Maria Matos. Na ilha de S. Jorge – Açores, deu um curso de férias para regentes e músicos de todas as bandas açorianas.

Foi o responsável pelo programa de encerramento de Lisboa 94 – Capital Europeia da Cultura no que respeitou à participação de bandas civis.

Em 2002, deu outro curso de igual teor em Loulé para todos os maestros das bandas do Algarve. Desde 1994 foi dinamizador do Centro Comercial Amoreiras onde proporcionou actuações a grupos corais, artistas variados, ranchos folclóricos e às melhores bandas de música do país. Em 1997 criou a Camerata Amoreiras.

Preparou com Amália Rodrigues o seu último espectáculo que decorreu no Coliseu de Recreios e no qual dirigiu a orquestra que acompanhou a grande fadista.

Em 1978/79 dirigiu o Coral da vizinha vila de Oiã.

Como maestro de bandas filarmónicas iniciou a actividade em 1980 na Banda 12 de Abril e a sua Juvenil, de Travassô onde se manteve durante 5 anos. De 1982 até 1989 dirigiu também a Banda Perpétua Azeitonense e a Juvenil da mesma. Dirigiu também a Banda Nova de Fermentelos e a Banda Matos Galamba – Alcácer do Sal, as suas orquestras juvenis e ligeiras, sendo também o responsável pelas respectivas escolas de música.

Para além das orquestras de que fez parte, foi ainda convidado pela Orquestra de Graça Moura “Os Insólitos”, por Orquestras da T.V. e pela Orquestra Gulbenkian, com a qual fez uma digressão à Alemanha e Viana de Áustria. Foi seleccionado para fazer parte da Orquestra que representou Portugal na Europália – Bélgica. Ainda na Bélgica, actuou com a Sinfónica da GNR, bem como na Espanha, Suíça e Luxemburgo, e em Espanha, este com a Sinfónica da RDP.

Como organizador promoveu o 1.º Festival Nacional de Bandas Civis, tendo para o efeito composto duas marchas e dirigido as 18 Bandas presentes dos 18 distritos portugueses.

Ganhou em 1997 o prémio da melhor música no concurso de marchas realizado em Álcácer do Sal.

De 1978 a 1981 deu aulas de violoncelo na Fundação Amigos das Crianças.

Dirigiu a Camerata Amoreiras no Centro Cultural de Belém, a Banda Matos Galamba em Espanha, França e nos grandes palcos portugueses do Continente e Açores. A Banda Nova de Fermentelos em Espanha, Suiça, Liechenstein, Brasil, Açores, Madeira, nas grandes romarias e também em bons teatros portugueses tais como o Rivoli, S. Luís, Trindade, Fórum de Lisboa e em palcos como o Bojador (Expo´98), Praça Sony e na Praça do Comércio em Lisboa.

Foi visto em écrans da TV muitas vezes como músico (desde 1970) e também como maestro.

Actuou muitas vezes na RDP.

Fonte: Bandas Filarmónicas

João Neves, maestro

João Neves, maestro

Discografia

A Banda Nova gravou 11 CD e 2 videocassetes sob a sua direcção e 1 LP com a sua participação como músico. Também gravou com a Matos Galamba.

A Banda Nova, Matos Galamba e a Camerata Amoreiras, fizeram ainda muitos concertos a acompanhar cantores e cantoras (com destaque para o tenor Carlos Guilherme), grupos corais e solistas, sempre com a direcção de João Neves. Homem e músico extremamente dedicado e competente, muito tem dado em prol da formação de jovens músicos e do desenvolvimento qualitativo das Bandas que tem dirigido, esperando-se que o seu saber e experiência continuem a elevar, cada vez mais, a arte musical.

Pedro de Freitas Branco, maestro
Pedro de Freitas Branco

Pedro de Freitas Branco, distinto maestro português, nasceu em Lisboa a 31 de Outubro de 1896 e faleceu a 24 de março de 1963.

Tendo revelado desde muito novo uma grande vocação para música, Freitas Branco cedo inicia os estudos de violino com o irmão Luís de Freitas Branco (o futuro compositor), prosseguindo-os mais tarde com André Goñi, discípulo do famoso violinista espanhol Pablo Sarasate. Os conhecimentos teóricos – harmonia e contraponto – recebe-os de Tomaz Borba e também do irmão. Posteriormente estuda ainda canto.

Após ter frequentado o Instituto Superior Técnico, que abandona em 1924 para se dedicar em exclusivo à música, Pedro de Freitas Branco, com tendência inata para a direcção de orquestra, dirige ainda como amador inúmeras óperas, operetas e concertos sinfónicos.

Em 1927 e já como profissional, funda a primeira Companhia de Ópera Portuguesa, com elementos inteiramente nacionais e um ano depois cria os Concertos Sinfónicos de Lisboa, cujos programas incluem inúmeras obras de autores contemporâneos. Durante 4 temporadas (os concertos terminaram em 1931), ouviram-se obras como: “O Pássaro de Fogo”, “Fogo-de-artifício” e a Suite nº 2 de Stravinsky; as Duas Imagens e a rapsódia para piano de Bartók com o próprio compositor como solista; o “Bolero” de Ravel; o “Pacific 231” de Honegger e as “Saudades do Brasil” de Darius Milhaud, entre muitas outras obras.

No início da década seguinte, ou seja em 1931, Pedro de Freitas Branco, é convidado por Ravel a deslocar-se a Paris para na Salle Playel dirigir um concerto inteiramente preenchido com obras daquele grande compositor francês. O concerto realiza-se em Janeiro de 1932. Ravel dirige em estreia o seu novo Concerto para piano e orquestra e ainda o “Bolero”, Freitas Branco dirige o resto do programa que inclui a Suite “Daphnis et Chloé”, a “Valsa”, a “Rapsódia Espanhola” e a “Pavana para uma Infanta Defunta”. Êxito absoluto, que o leva de imediato a ser convidado a dirigir as melhores orquestras da capital francesa, datando de então o seu prestígio como brilhante intérprete de música daquele país.

Entretanto em Portugal e também no início da década de 30, mais precisamente em 1934, era criada a Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional à qual Freitas Branco esteve ligado desde a sua fundação, tendo sido o seu primeiro Maestro Titular, cargo que ocupou até à data da sua morte.

Durante a sua carreira, Pedro de Freitas Branco apresentou-se regularmente nos principais centros musicais europeus, nomeadamente em países como a Espanha, Inglaterra, Suíça, Alemanha Bélgica, Holanda, Itália e sobretudo França, onde gozava de enorme prestígio como grande intérprete dos autores franceses em geral e das obras de Ravel em particular.

Entre as orquestra que dirigiu encontram-se a Orquestra Nacional da Radiodifusão Francesa, a Orquestra Lamoureux, a Orquestra da BBC, a Orquestra Hallé e a Orquestra Sinfónica de Londres.

Em Portugal, com a Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional, destacam-se as inúmeras primeiras audições que realizou de obras modernas, portuguesas e estrangeiras, contribuindo assim para o enriquecimento cultural do país.

A sua última apresentação pública teve lugar no Cinema Tivoli em Lisboa a 16 de Dezembro de 1961.

António Ferreira (pianista e musicólogo)

Fonte: Antena 2, acesso a 15 de março de 2018

Discografia

De Falla, Orchestre Des Concerts De Madrid Dir. Pedro De Freitas-Branco – Le Tricorne/Le Tréteaux De Maître Pierre Erato, Erato

Pedro de Freitas Branco, maestro

Orquestra de José Calvário
José Calvário

José Calvário, nome pelo qual ficou conhecido José Carlos Barbosa Calvário (Porto, 1951 — Oeiras, 17 de junho de 2009) foi um maestro português. É considerado um dos melhores orquestradores e arranjadores de Portugal. Foi ainda compositor, destacando-se clássicos da música portuguesa como “E Depois do Adeus” e “Flor Sem Tempo”.

José Calvário iniciou os estudos musicais em meados de 1956, praticando no piano. No ano seguinte, no Conservatório de Música do Porto, executou o seu primeiro recital e em 1961, com apenas dez anos, deu o primeiro concerto juntamente com a Orquestra Sinfónica do Porto dirigida pelo maestro Silva Pereira.

Mudou-se para a Suíça, onde os pais queriam que se formasse em Economia. Em 1968, Calvário fez parte de uma Orquestra de jazz suíça. Em Portugal tocou com os Psico de Toni Moura.

Em 1971 regressou de vez a Portugal, mudando-se para Lisboa. Na capital, começou a trabalhar como arranjador e produtor. Fez o seu primeiro arranjo para a canção “E Alegre se Fez Triste” de Adriano Correia de Oliveira (no álbum Gente de Aqui e de Agora). Com José Sottomayor foi o autor da canção “Flor Sem Tempo”, interpretada por Paulo de Carvalho. O tema ficou em 2.º lugar no Festival RTP da Canção de 1971. Lançou o álbum “Música Nova”.

No festival do ano seguinte, 1972, foi o autor de “A Festa da Vida” tema que Carlos Mendes levou ao Festival da Eurovisão, obtendo a nota mais alta que um músico português já tivera.

Colaborou no disco Fala do Homem Nascido, gravado em 1972 nos estúdios Celada em Madrid. O disco, com a poesia de António Gedeão, teve a participação de José Niza, Carlos Mendes, Duarte Mendes, Tonicha e Samuel.

No Festival RTP da Canção de 1973 é autor das canções de Duarte Mendes e Tonicha. Lançou um álbum com versões de 10 músicas participantes no festival desse ano.

É o autor da música de “E Depois do Adeus” tema interpretado por Paulo de Carvalho que venceu o Festival RTP da Canção de 1974 e que viria a ser a primeira senha do 25 de Abril. Nesse ano lança o disco E Depois do Festival.

Em 1977 lançou o álbum The Best Disco In Sound em que adaptava clássicos como “Coimbra”, “Canção do Mar” e “Lisboa Antiga”.

A RTP deu todos os meios necessários e o “TV Show” permitiu mostrar que Portugal possuía uma orquestra de Música Ligeira composta por músicos de craveira europeia referiu José Calvário na contracapa do disco Orquestra e Som de José Calvário/81.

Com a participação da Orquestra Filarmónica de Londres (The London Philharmonic Orchestra) lançou álbuns como Saudades (1985) e Saudades Vol. 2 (1986) que obtiveram grande sucesso.

Entre 1986 e 1992 gravou com a Orquestra Sinfónica de Londres (London Symphony Orchestra) todas as bandas sonoras da série de animação “Boa noite, Vitinho!” da RTP1.

Em 1988, trabalhou com Fernando Tordo no disco Menino Ary dos Santos. Ainda em 1988 gravou, novamente com a Orquestra Sinfónica de Londres, o disco Cinema Português.

No ano de 1991, compôs o seu primeiro concerto para orquestra.

Em 1993 lançou, com chancela da Movieplay, o Saudades Vol. III, agora com a Orquestra Sinfónica de Londres.

Com a Orquestra Sinfónica do Estado Húngaro (Magyar Állami Hangversenyzenekar gravou o álbum Mapas lançado em 1996 pela editora Strauss. Também em 1996 foi editado pela Movieplay o álbum The London Philharmonic Orchestra do guitarrista português António Chainho em que a Orquestra Filarmónica de Londres foi dirigida pelo José Calvário.

Colabora no álbum Reserva Especial (2001) de Luís Represas que foi gravado com a Orquestra Sinfónica da República Checa. Foi autor da banda sonora do filme Kiss Me (2004).

Em 2009 foi homenageado pela RTP durante o Festival RTP da Canção, com um bailado inspirado em algumas das canções com que participou neste festival.

José Calvário faleceu com 58 anos em Oeiras, em 17 de Junho de 2009.

Discografia

• José Calvário – “Música Nova” – (LP, Orfeu, 1971)
• Mario Veigas – “Palavras Ditas” – (LP, Orfeu, 1972)
• Carlos Mendes – “A Festa Da Vida”, “Glow Worm” – Eurovision 1972, Portugal – (45 rpm, Ariola, 1972)
• Florência ‎– “Canção Por TI”, “Passeio” – (45 rpm, Orfeu, 1972)
• António Gedeão – José Niza – Carlos Mendes – Duarte Mendes – Samuel – Tonicha – “Fala Do Homem Nascido” – (Orfeu, 1972)
• José Calvário – “Festival 10 Canções” (LP, Orfeu, 1973)
• José Calvário – “Eurovisão 10 Canções” (LP, Orfeu, 1973)
• Orquestra Dirigida Por José Calvário – “Canções De Sucesso” – (LP, Orlador, 1973)
• Tonicha, “A Rapariga E O Poeta”, “Contraluz” – (EP, Orfeu 1973)
• Paulo De Carvalho – “I’ll be there with you” – (45 rpm, Orfeu, 1973)
• Orquestra de José Calvário ‎– “…E Depois Do Festival” – (LP, Orfeu, 1974)
• Paulo De Carvalho ‎– “E Depois Do Adeus” – (45 rpm, Orfeu, 1974)
• Orquestra de José Calvário – “As Coisas Que Eu Invento (Nº1)” Single Coimbra (Imavox, 1977)
• José Calvário – “The Best Disco In Sound” – (Album Carroussel, 1977)
• José Calvário – “What The World Needs Now” – (Máxi-Single, Orfeu, 1978)
• José Calvário – “A Love In Four Seasons” – (Imavox, 1979)
• José Calvário – “Orquestra & Som de José Calvário” – (LP, Danova,1981)
• Fernando Tordo – “Quem Quer Viver” (Album Adeus Tristeza – Gatefold, 1982)
• Paulo De Carvalho ‎– “A Arte & a Musica de Paulo de Carvalho” – (LP, Philips, 1982)
• Samuel – Ainda Um Jardim Aqui / A Alegria Vinha no Jornal – (45 rpm, Orfeu, 1983)
• Helena Isabel – “Porta Aberta / Mar Amor” – (Orfeu,1983)
• José Calvário – Saudades com The London Symphony Orchestra – (LP, CBS/SONY, 1985)
• Nuno & Henrique – “Meia De Conversa” – (45 rpm, CBS/Sony, 1985)
• “Boa noite, Vitinho!” (single 1: 1986 | single 2: 1988 |single 3: 1991, Ovação)
• José Calvário – Saudades Vol. II com The London Symphony Orchestra – (LP, CBS/Sony, 1986)
• Dora ‎– Voltarei (I ll come back) (45 rpm, CBS, Sony, 1988)
• José Calvário, The London Symphony Orchestra ‎– Cinema Português – Banda Sonora (CBS/Sony, 1988)
• Nicky North ‎– “Love, King Of The Universe”, “You’re Never Satisfied” – (Orfeu)
• Fernando Tordo, “O Menino Ary dos Santos” – (CBS/Sony,1988)
• José Calvário – Saudades Vol. III com The London Symphony Orchestra – (CD, Movieplay, 1993)
• José Calvário – The London Symphony Orchestra – (Movieplay, 1994)
• Frei Hermano Da Câmara, The London Philharmonic Orchestra, The London Philharmonic Choir, José Calvário – “Missa Portuguesa” – (CD, PE Movieplay, 1994)
• José Calvário – “Mapas” com o Hungarian State Symphony Orchestra – (CD, Strauss/CNM, 1996)
• António Chainho ‎– The London Philharmonic Orchestra – (PE Movieplay, 1996)
• Luís Represas – “Reserva Especial” com a Orquestra Sinfónica da República Checa – (Mercury, 2001)
• José Calvário – “Kiss Me” (Banda Sonora Original) – (Universal Music, 2004)
• “Boa noite, Vitinho!” – (Sony, 2018)

Fonte: Wikipédia

Orquestra de José Calvário

Jorge Costa Pinto, maestro e compositor
Jorge Costa Pinto

Jorge dos Santos Costa Pinto, mais conhecido por Jorge Costa Pinto (Lisboa, 26 de novembro de 1932), é baterista, maestro, arranjador e editor português. O seu pai era músico profissional tendo sido o primeiro pianista a tocar em Portugal standards de jazz com uma grande orquestra. No entanto Jorge preferiu a bateria.

Jorge Costa Pinto apresentou-se pela primeira vez em palco aos 5 anos, no Cine-Teatro de Anadia (Portugal), acompanhando na bateria o pai (pianista). Quando tinha 12 ou 13 anos foi baterista da Orquestra Baía. Depois entrou para a famosa Orquestra Bolero. Participou na primeira “jam session” internacional, organizada por Luiz Villas-Boas, no “Café Chave d’Ouro”, em Lisboa,  sendo também um dos pioneiros na fundação do Hot Clube de Portugal.

Trabalhou no cabaret Arcádia e depois passou para o Negresco, onde tocava bateria, piano e acordeão. Foi aí que conheceu Amália Rodrigues em 1953. Aos dezassete anos tornou-se músico profissional no Casino da Póvoa de Varzim, com a “Orquestra Vieira Pinto”. Entretanto cursou Piano e Composição na Academia de Amadores de Música, tendo como professores, entre outros, Fernando Lopes-Graça (Composição e Arranjos), Maria Victória Quintas e Francine Benoit. Também estudou Música Contemporânea com Jorge Peixinho e Louis Saguer.

Com 26 anos foi convidado a integrar a orquestra do Ray Martino, que fez furor no final dos anos 50. Nos anos 60 efectuou trabalhos para Simone de Oliveira, Madalena Iglésias, António Calvário e para o tenor José António.

Em 1965 frequentou o Colégio de Música de Berklee, em Boston, onde tirou o curso de Orquestração, Direcção de Orquestra e Harmonia Modal com Herb Pomeroy, J. Progris. Depois estudou Percussão com Alan Dawson. Tocar com Hazel Scott, Frederich Gulda, Marshall Brown, George Wein, enquanto baterista de jazz.

Aos 29 anos Jorge Costa Pinto dedicou-se à direcção de orquestra, deixando progressivamente a bateria. Nessa qualidade dirigiu orquestras, em vários países, e na África do Sul apresenta e gravou com a sua Orquestra Sinfónica música portuguesa e internacional, e por convite da South African Broadcast Corporation (SABC) e dirige concertos no City Hall e Auditório da SABC, em Joanesburgo.

Apresentou os seus grupos jazz, na Emissora Nacional pela primeira vez em 1958, pela mão de Luiz Villas-Boas e na televisão na RTP, com várias formações (sexteto, octeto e big band) apareceu em programas como “Jazz no Estúdio ‘A”, de divulgação do jazz. A big band, apresentada neste programa foi a primeira organizada em Portugal (1963) para tocar exclusivamente jazz.

Em Londres fez cursos de captação de som, corte de acetatos, galvanoplastia, e prensagem, dedicando-se também, a partir daí, à produção e edição musical e em 1973, em Nova Iorque, frequenta o curso de “Audio Engeneering” no “Institute of Audio Research”. Entre 1987 e 1989 leciona jazz na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa com a cadeira pós-graduação “Introduçao ao Jazz”, mantendo actividade lectiva até aos dias de hoje.

Em 2003 organizou a sua “Big Band Jorge Costa Pinto”, que apresenta no “XXII Festival Internacional de Jazz do Estoril”, no Hot Clube de Portugal, no Teatro Aberto, e em 2004 no “Quinto Funchal Jazz 04”, no “Festival de Big Bands da Nazaré” e no “Lagos Jazz 2004”, Casino do Estoril, CCB, entre outras por todo o país, com apreciável êxito, incluindo esporadicamente artistas convidados como Vicki Doney, e colaborações com a cantora “residente” Maria Viana e esporádicas com Fátima Serro e Kiko.

Produz e realiza na Antena 2 o programa o “Coreto”, de divulgação de música bandística mundial.

Parte da obra de Jorge Costa Pinto (jazz, música de câmara e música sinfónica) está publicada em partitura e gravada em disco, em Portugal, França, Espanha, Brasil, Japão, Estados Unidos, Inglaterra, Venezuela, Jugoslávia, Grécia.

Recebeu as seguintes distinções: “Medalha de Honra da SPA”, em 2005; “Medalha de Mérito” da Freguesia da Parede (Cascais), em 2007; “Medalha Municipal de Mérito Cultural”, da Câmara Municipal de Cascais, em 2008. É membro das organizações nacionais e internacionais: WASBE (World Association for Symphonic Bands and Ensembles ), APRS (Association of Professional Recording Services), IMMS (International Military Music Society), SPA (Sociedade Portuguesa de Autores), AES (Audio Engineering Society), CCS (Circulo Cultural Scalabitano). Foi condecorado com a comenda da da Ordem de Mérito pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa em 2023.

Jorge Costa Pinto, maestro e compositor

Jorge Costa Pinto, maestro, compositor, editor, arranjador

Editor e arranjador

Fundou a editora Tecla em 1967. Os primeiros discos foram de João Maria Tudela e Florbela Queiroz. Depois editaram vários discos de Madalena Iglésias, numa altura em que trabalhava como arranjador para outras editoras.

Fez os arranjos da canção “Por Morrer uma Andorinha” de Carlos do Carmo ainda na editora Philipps. Depois ele veio para a Tecla e gravaram canções como “Gaivota”, “Canoas do Tejo” e “Pedra Filosofal”.

No cinema fez a banda sonora dos filmes “Portugal Desconhecido”, de Raúl Faria, Belarmino (1964) de Fernando Lopes, “Campista em Apuros” de Herlander Peyroteo e “Sarilho de Fraldas” de Constantino Esteves.

A editora Tecla fechou após o 25 de Abril.

Foi convidado por João Soares Louro, para trabalhar na RTP como assessor do Departamento de Programas Musicais e Recreativos na direcção de Carlos Cruz e Maria Elisa.

Criou a editora Jorsom onde editou trabalhos próprios, música clássica portuguesa.

Fonte: Wikipédia

Discografia

Álbuns

Jorge Costa Pinto And The S.A.B.C. Light Orchestra – Jorge Costa Pinto And The S.A.B.C. Light Orchestra ‎(LP, Álbum) Tecla TES 7001 1970
My Love ‎(LP) Tecla TES 7005 1974
Canoas Do Tejo ‎(LP, Álbum) Tecla TES 7 004 1974
Hergé, Jorge Costa Pinto – Tintin O Loto Azul ‎(LP) Vértice VES 70.013 1975
Folclore Orquestral 2 versões Chantecler 1978
Noites Da Madeira ‎(LP, Álbum) Tecla – Sociedade Comercial de Discos, Lda. TE 100 001 1978
Uma Orquestra Para O Sucesso ‎(LP) Fontana 6472 701 1979
Uma Orquestra Para O Sucesso Vol. 2 ‎(LP) Fontana 6472 702 1979
Sabor Latino ‎(LP, Álbum) Jorsom JO-86/001 1986
The Big Band Sound ‎(CD, Álbum) Jorsom J-CD / 7003 1992
Jorge Costa Pinto, National Symphony Orchestra Of The S.A.B.C. – Symphonic Pops ‎(CD, Álbum) Jorsom J-CD 7012 1995
The Heart Of Portugal ‎(CD, Álbum) GNP Crescendo GNPD 2242 1996
Top Of The Pops ‎(LP, Álbum) Tecla TES 7007
Música Nova ‎(LP, Álbum) Tecla TES 7008
Música De Sempre Volume II ‎(LP, Álbum) Tecla TE 100 003

Singles & EPs

Jorge Costa Pinto And The S.A.B.C. Studio Dance Band – Amor Vê Lá ‎(7″, EP) Tecla TE 5010 1973
Ricardo Alberty, Jorge Costa Pinto – A Galinha Verde 2 versões Decca
Os Dois Rapazes, Jorge Costa Pinto E A Sua Orquestra – Os Dois Rapazes ‎(7″, EP) A voz do dono 7 LEM 3096

Jorge Costa Pinto e a sua orquestra

Álvaro Cassuto, maestro
Álvaro Cassuto

Álvaro Cassuto foi diretor artístico e maestro titular de prestigiosas orquestras estrangeiras: da University of California, Irvine (1974/79), da Rhode Island Philharmonic (1979/85) e da National Orchestra of New York (1981/86), e da “Israel Raanana Symphony Orchestra”. Em Portugal, foi maestro diretor da Orquestra Sinfónica da Radiodifusão Portuguesa (1988/93), e fundador da Nova Filarmónica Portuguesa (1988/93), assim como da Orquestra Sinfónica Portuguesa que dirigiu de 1993 até 1999 e da Orquestra do Algarve.

Nascido no Porto, muito cedo se afirmou como um dos compositores mais válidos da vanguarda portuguesa dos anos 60. Estudou direção de orquestra com Pedro de Freitas Branco em Lisboa, Herbert von Karajan em Berlim e com Franco Ferrara em Hilversum. Obteve o diploma de Kapellmeister em Viena 1965 um ano depois de se licenciar em Direito pela Universidade de Lisboa.

Em 1969, o maestro Erich Leinsdorf, titular da Orquestra Sinfónica de Boston, atribuiu-lhe o Prémio Koussevitzky, o mais importante galardão americano para jovens maestros, o que determinou a sua carreira norte-americana.

Tem sido maestro convidado de muitas dezenas das melhores orquestras europeias e norte-americanas entre as quais se contam a Royal Philharmonic, a London Philharmonic Orchestra e a London Symphony Orchestra (com a qual também gravou vários CDs), a Philadelphia Orchestra, as orquestras de Cleveland, Los Angeles, North Carolina, Oklahoma City e San Antonio, a Orchestra de la Suisse Romande, a BBC Philharmonic (que também dirigiu em vários festivais de música), as orquestras filarmónicas de S. Peterburgo e de Moscovo, a Israel Philharmonic, a Philharmonia Hungarica (que inclusivamente dirigiu em várias digressões pela Alemanha), a orquestra da Rádio de Leipzig (que também dirigiu no Festspielhaus em Berlim), a Staatskapelle Weimer, a Orchestra Phillarmonique de la BRT em Bruxelas (que também dirigiu na ópera “Fledermaus” de Johann Strauss no festival de Antuérpia), a Munchner Symphoniker (com a qual também gravou dois cds dedicados a aberturas de Mozart e de Rossini), e a Orquestra Nacional de España, entre muitas outras. Dirigiu as estreias em Portugal, no Teatro Nacional de São Carlos das óperas “Erwartung” de Schoenberg, “II Prigionero” de Dallapiccola, “The Bear” de William Walton e “Em Nome da Paz” da sua própria autoria, tendo também dirigido outras óperas no São Carlos e no Teatro da Trindade em Lisboa (onde lhe foi atribuído o Prémio da Imprensa).

Álvaro Cassuto, maestro

Álvaro Cassuto, maestro

Discografia

Álvaro Cassuto tem uma discografia variada e extensa. Com a Nova Filarmonia Portuguesa gravou mais de 25 CD para as etiquetas EMI Classics e Movieplay Portuguesa com muitas dezenas de obras do repertório clássico e romântico internacional. Para a etiqueta Marco Polo gravou a integral das sinfonias de Joly Braga Santos com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, London Symphony Orchestra, Bournemouth Symphony Orchestra, Northern Sinfonia e National Orchestra of Ireland.

Deu início a um ciclo de gravações de óperas do famoso compositor oitocentista Marcos Portugal para a etiqueta Marco Polo com a City of London Sinfonia e para a Dynamic de Génova com a orquestra Milano Classica. Também gravou CD com a Munchner Symphoniker com aberturas de Mozart e de Rossini.

Álbuns

Joly Braga Santos – Orquestra Sinfónica da Radiodifusão Portuguesa, Álvaro Cassuto – Três Esboços Sinfónicos • Elegia A Vianna Da Motta • Variações Sinfónicas Sobre Um Tema Alentejano 3 versões Imavox, Imavox 1978
Evocations – To Love And Peace – In Memoriam Pedro De Freitas Branco — Álvaro Cassuto
Álvaro Cassuto, Orquestra Sinfónica da RDP – Evocations – To Love And Peace – In Memoriam Pedro De Freitas Branco 2 versões Imavox 1980
Nova Filarmonia Portuguesa, Álvaro Cassuto – 1.ª Série Nacional De Concertos ‎(LP) 1988
Mozart – 2 Sinfonias Concertantes – Nova Filarmonia Portuguesa 2 versões Movieplay Music 1989
Joly Braga Santos / Álvaro Cassuto, Orquestra Sinfónica de Londres* – Sinfonia N.º 3 Em Dó, Op. 15 3 versões Portugalsom, Portugalsom 1989
Mozart, Leal Moreira – Nova Filarmonia Portuguesa, Álvaro Cassuto – Sinfonias 35 E 41 ‎(CD, Álbum) Movieplay Classics 3-11005 1989
Schubert – Nova Filarmonia Portuguesa, Álvaro Cassuto – Sinfonia N.º 3 E 6 = Symphonies Nr. 3 & 6 ‎(CD) Movieplay Classics, Movieplay 3-11004 1989
Sergei Prokofiev, Nova Filarmonia Portuguesa, Álvaro Cassuto, Eunice Muñoz – Pedro E O Lobo
2 versões Movieplay 1990
W. A. Mozart, Nova Filarmonia Portuguesa, Álvaro Cassuto – Sinfonias / Symphonies 39 & 34 – aberturas / Overtures ‎(CD, Album) Movieplay Classics, Movieplay (3) 3-11010 1990
J. Haydn: Nova Filarmonia Portuguesa, Álvaro Cassuto – Sinfonias N.º 103 • N.º 104 Symphonies ‎(CD, Álbum) Movieplay Classics 3-11009 1990
Beethoven – Sinfonia N2 Em Ré M – Haydn Sinfonia 94 ‎(CD, Álbum) Movieplay Classics 3-11008 1990
Beethoven – Nova Filarmonia Portuguesa, Álvaro Cassuto – Romanzas Em Fá M E Sol M / Sinfonia N7 ‎(CD, Álbum) Movieplay Classics 3-11011 1990
Antonio Vivaldi – Nova Filarmonia Portuguesa, Álvaro Cassuto – The Four Seasons / Concerto ‘Del Ritico’ 4 versões Grand Gala 1989
Joseph Haydn, Nova Filarmonia Portuguesa, Álvaro Cassuto – Symphonies No. 94 & 104 ‎(CD) Grand Gala DGL 2121 1991
Nova Filarmonia Portuguesa, Álvaro Cassuto – Mozart – Eine Kleine Nactmusik / Overtures / 6 German Dances ‎(CD, Álbum) Grand Gala DGL 2127 1991
Mozart, Nova Filarmonia Portuguesa, Alvaro Cassuto – Symphonies Nos. 35 ‘Haffner’ & 41 ‘Jupiter’ ‎(CD, Álbum) Grand Gala DGL 2139 1991
Joseph Haydn – Álvaro Cassuto, Nova Filarmonia Portuguesa – Sinfonias = Symphonies 88, 92, 99 ‎(CD, Álbum) Movieplay 3-11027 1992
Mozart, Nova Filarmonia Portuguesa, Alvaro Cassuto – Symphonies Nos. 35 ‘Haffner’ & 41 ‘Jupiter’ ‎(CD, Álbum) Grand Gala DGL 2139 1992
Wolfgang Amadeus Mozart, Nova Filarmonia Portuguesa, Álvaro Cassuto – Eine Kleine Nachtmusik / Ouvertures / 6 German Dances ‎(CD, Álbum) Grand Gala, Movieplay (3) DGL619948 1992
Álvaro Cassuto, Nova Filarmonia Portuguesa – Christmas Concertos ‎(CD, Álbum) Movieplay 3-11024 1992
Paulo De Carvalho, Nova Filarmonia Portuguesa, Álvaro Cassuto – Fado Em Sinfonia 2 versões Movieplay, Shell (3) 1993
Nova Filarmonia Portuguesa, Álvaro Cassuto, Quantz, Weber, Milhaud – Flute Concerto – Clarinet Concerto – Sax Suite ‎(CD) Movieplay Classics 3-11031 1993
Nova Filarmonia Portuguesa, Álvaro Cassuto – Symphony No. 3 ‘Eroica’, Symphony No. 7 2 versões Classical Gallery 1995
Bomtempo – Nova Filarmonia Portuguesa, Álvaro Cassuto – Sinfonias Nos. 1 And 2 ‎(CD, Album) Movieplay Classics Mov. 3-11039 1996
Joly Braga Santos – Portuguese Symphony Orchestra • Álvaro Cassuto – Symphonies Nos. 3 And 6 ‎(CD, Álbum) Marco Polo 8.225087 1998
Joly Braga Santos, Portuguese Symphony Orchestra, Álvaro Cassuto – Symphonies Nos. 1 And 5 2 versões Marco Polo 1998
Marcos Portugal, City Of London Sinfonia, Álvaro Cassuto – Le Donne Cambiate ‎(CD, Álbum) Nova Filarmonia Portuguesa NFP031999 1999
Joly Braga Santos, Bournemouth Symphony Orchestra, Álvaro Cassuto – Symphony No. 2 • Crossroads (Ballet) ‎(CD, Álbum) Marco Polo 8.225216 2000
Joly Braga Santos – Northern Sinfonia, Álvaro Cassuto – Music For Strings • Concerto For Strings • Concerto For Violin, Cello, Strings And Harp ‎(CD, Album) Marco Polo 8.225186 2001
Marcos Portugal – City Of London Sinfonia, Álvaro Cassuto – As Damas Trocadas (The Mistress And The Maid Or The Triumph Of Humility) ‎(CD, Album) Marco Polo 8.225154 2001
Joly Braga Santos – National Symphony Orchestra of Ireland* • Álvaro Cassuto – Symphony No. 4 • Symphonic Variations ‎(CD, Álbum) Marco Polo 8.225233 2002
Juan Crisóstomo de Arriaga • Seixas • Carvalho • Moreira • Portugal / Algarve Orchestra • Álvaro Cassuto – Spanish And Portuguese Orchestral Music ‎(CD, Álbum) Naxos 8.557207 2003
João Domingos Bomtempo – Algarve Orchestra • Álvaro Cassuto – Symphonies Nos. 1 and 2 3 versões Naxos 2004
Joly Braga Santos – Jan Bastiaan Neven, Algarve Orchestra, Álvaro Cassuto – Cello Concerto • Staccato Brilhante • Divertimentos Nos. 1 And 2 ‎(CD, Álbum) Marco Polo 8.225271 2004
Dittersdorf, Lisbon Metropolitan Orchestra, Álvaro Cassuto – Sinfonia In D Major ● Sinfonia In A Major ● Sinfonia In E Flat Major 2 versões Naxos 2006
Luís de Freitas Branco – RTÉ National Symphony Orchestra, Álvaro Cassuto – Symphony No. 2 • After A Reading Of Guerra Junqueiro • Artificial Paradises 2 versões Naxos 2008
Luís de Freitas Branco – RTÉ National Symphony Orchestra, Álvaro Cassuto – Symphony No. 1 • Scherzo Fantastique • Suite Alentejana No. 1 ‎(CD, Álbum) Naxos 8.570765 2008
Luís de Freitas Branco – RTÉ National Symphony Orchestra, Álvaro Cassuto – Symphony No. 3 • The Death Of Manfred • Suite Alentejana No. 2 ‎(CD, Álbum) Naxos 8.572370 2010
Luís de Freitas Branco – RTÉ National Symphony Orchestra, Álvaro Cassuto – Symphony No. 4 • Vathek ‎(CD, Álbum) Naxos 8.572624 2010
Joly Braga Santos – Royal Scottish National Orchestra, Álvaro Cassuto – Alfama • Symphonic Overture • Elegy • Variations • Three Symphonic Sketches ‎(CD, Álbum) Naxos 8.572815 2011
Fernando Lopes-Graça – Royal Scottish National Orchestra, Álvaro Cassuto – Symphony For Orchestra • Rustic Suite • December Poem ‎(CD, Álbum) Naxos 8.572892 2012
Álvaro Cassuto, António Rosado, Royal Scottish National Orchestra – Return To The Future / Song Of Loneliness / To Love And Peace / Visiting Friends ‎(CD) Naxos 8.573266 2013
Frederico De Freitas, Royal Scottish National Orchestra, Álvaro Cassuto – The Silly Girl’s Dance ‎(CD, Álbum) Naxos 8.573095 2013
José Viana da Mota – Royal Liverpool Philharmonic Orchestra, Álvaro Cassuto – À Pátria – Sinfonia • Inês De Castro • chula • Three Impromptus • Vito ‎(CD, Álbum) Naxos 8.573495 2015
Joly Braga Santos – Goran Filipec, Royal Liverpool Philharmonic Orchestra, Álvaro Cassuto – Piano Concerto • Symphonic Overtures Nos. 1 And 2 ‎(CD, Álbum) Naxos 8.573903 2018
Alberto Ginastera, Hilde Somer, UCI Symphony Orchestra* Conductor Álvaro Cassuto – Piano Concerto No.2, Op.37 / Quintet For Piano & Strings ‎(LP, Album) Orion ORS76241
Mozart, Nova Filarmonia Portuguesa, Alvaro Cassuto – Symphonies Nos. 39 KV 543 & 40 KV 550 ‎(CD, Álbum, RE) Grand Gala DGL 2103

Compilações

18th To 20th Century Portuguese Music ‎(CD, Comp) Movieplay MOV. 3-11006 1990
César Franck, George Bizet, Süddeutsche Philharmonie, Henry Adolph, Nova Filarmonia Portuguesa, Álvaro Cassuto – Symphony In D Minor/ Symphony No. 1 In C Major ‎(CD, Comp) Classical Gallery CLG 7124 1994

Fonte: Discogs

Álvaro Cassuto, Joly Braga Santos