Tag Archive for: organistas portugueses

António Duarte, organista
António Duarte

Natural de Lisboa, António Duarte realizou os estudos musicais no Instituto Gregoriano de Lisboa onde, sob a orientação de Antoine Sibertin-Blanc, concluiu o curso superior de Órgão.

Procurando sempre ampliar e aprofundar os seus conhecimentos sobre o órgão e a interpretação do respectivo repertório, participou em diversos cursos de aperfeiçoamento artístico, sendo particularmente importante para a sua formação um curso com o organista Michel Jolivet.

Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, foi aluno de Monserrat Torrent na classe de Órgão do Conservatório Superior Municipal de Música de Barcelona, dedicando-se sobretudo ao estudo da música antiga portuguesa e espanhola.

Gravou para a radiodifusão portuguesa e francesa e efectuou gravações discográficas em órgãos históricos portugueses. Realizou concertos em Espanha e em diversas localidades dos Estados Unidos da América, onde também leccionou alunos de Órgão e deu seminários sobre música antiga portuguesa para órgão.

Realiza concertos por todo o País, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, quer a solo, quer com as mais diversas formações corais e instrumentais, e colabora como professor de Órgão em diversos cursos de formação.

É organista da Igreja da Madalena em Lisboa e professor de órgão na Escola de Música do Conservatório Nacional e na Escola de Música de Linda-a-Velha.

António Duarte, organista

António Duarte, organista

Discografia

Os seis órgãos da Basílica de Mafra, João Vaz, Rui Paiva, António Esteireiro, António
Duarte, Sérgio Silva, Isabel Albergaria (órgãos), Coro Sinfónico Lisboa Cantat, Jorge
Alves (direcção), RTP edições / Althum (DVD), 2012.

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António Esteireiro, organista
António Esteireiro

Natural de Lisboa, António Manuel Esteireiro iniciou os estudos musicais com o pianista Emílio Lopes, na Academia de Música da Liga dos Amigos de Queluz. Com João Vaz e Rosa Amorim começa o seu interesse e motivação pelo estudo do órgão de tubos.

Após a conclusão do 1.° Curso Nacional de Música Sacra, em 1994, foi convidado a prosseguir os estudos naquela área na Academia de Música Sacra e Educação Musical (Fachakademie für katholic Kirchenmusik und Musikerziehung), em Regensburg, Alemanha.

Admitido na classe de Órgão de Franz Josef Stoiber, organista da Catedral de Regensburg, obteve, sob a sua orientação, o diploma de Música Sacra em Regensburg e a licenciatura pedagógica em Órgão na Escola Superior de Música e Teatro de Munique.

Tais estudos só foram possíveis com o apoio da Diocese de Regensburg e da Fundação Geiselberg de Munique. Frequentou posteriormente, na Escola Superior de Música de Bremen, o curso de mestrado em Órgão de Concerto com Hans-Ola Ericsson.

Obteve, em 1996, o 2.° prémio no Concurso Nacional para Organistas (Porto), e em 1997 o 1.° prémio do Concurso Nacional para Jovens Organistas (Leiria).

Tem realizado concertos como solista em várias cidades, tais como Lisboa, Porto, Leiria, Beja, Munique, Regensburg, Colónia, Würzburg, Aschaffenburg, Wiesbaden, Speyer, Metz, Bremen e São Paulo (VII Festival Internacional “São Bento” de Órgão), entre outras.

Para além da sua actividade como solista, tem dedicado particular interesse à música de câmara com órgão, tendo actuado nesse âmbito no IV Festival Internacional de Órgão de Lisboa e no Festival Internacional de Órgão de Mafra.

A música contemporânea é outro dos pontos fortes do seu repertório, colaborando regularmente com diversos compositores na edição e execução das suas obras. O estudo e a interpretação da obra de Olivier Messiaen tem sido uma constante na sua actividade de concertista e pedagogo.

António Esteireiro lecciona no Conservatório de Música “Calouste Gulbenkian” de Aveiro e no Instituto Gregoriano de Lisboa.

António Esteireiro, organista

António Esteireiro, organista

Discografia

Cândido Lima – Vozes À Luz – Aquiris – Memorabilis ‎(CD, Álbum) Numérica NUM 1098 2001.

Os seis órgãos da Basílica de Mafra, João Vaz, Rui Paiva, António Esteireiro, António
Duarte, Sérgio Silva, Isabel Albergaria (órgãos), Coro Sinfónico Lisboa Cantat, Jorge
Alves (direcção), RTP edições / Althum (DVD), 2012.

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Rui Paiva, organista
Rui Paiva

Nascido em 1961, Rui Paiva licenciou-se em Engenharia Electrotécnica pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa e concluiu o Curso de Órgão do Conservatório Nacional de Lisboa sob a orientação de Joaquim Simões da Hora.

Na qualidade de bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, continuou os estudos de Órgão com Montserrat Torrent no Conservatório Superior de Barcelona e, sob a orientação de José Luis González Uriol, concluiu os Cursos Superiores de Cravo e de Órgão no Conservatório Superior de Zaragoza.

Colabora como organista e cravista com diversos conjuntos instrumentais e vocais, entre os quais os Segréis de Lisboa, o Coro e Orquestra Gulbenkian, a orquestra barroca Capela Real, a Orquestra Raízes Ibéricas e o grupo de música barroca La Caccia, de que é membro fundador.

Como solista ou em grupo, Rui Paiva tem-se apresentado em diversos concertos no país, bem como em Espanha, França, Bélgica, Itália, Holanda, Inglaterra, Croácia, Eslovénia, Polónia, EUA e Brasil.

Realizou várias gravações discográficas com destaque para a música portuguesa, dos séculos XVI, XVII e XVIII, e para o disco comemorativo, em 2004, do tricentenário do nascimento de Carlos Seixas no qual interpretou o concerto de cravo, em lá maior, na versão para órgão.

Rui Paiva é professor de Órgão no Conservatório Nacional de Lisboa e director da Academia de Música de Santa Cecília de Lisboa.

Rui Paiva, organista

Rui Paiva, organista

Discografia

Os seis órgãos da Basílica de Mafra, João Vaz, Rui Paiva, António Esteireiro, António
Duarte, Sérgio Silva, Isabel Albergaria (órgãos), Coro Sinfónico Lisboa Cantat, Jorge
Alves (direcção), RTP edições / Althum (DVD), 2012.

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Daniel Oliveira e Marcos Lázaro, Torres Vedras - Órgão da Igreja da Misericórdia
Daniel Oliveira

Natural de Alenquer, Daniel Oliveira é diplomado em Musicologia pela Universidade Nova de Lisboa, licenciado em Órgão pela Escola Superior de Música de Lisboa sob orientação de João Vaz e mestre em Pedagogia do Órgão pela mesma instituição. Frequenta a licenciatura em cravo na Escola Superior de Música de Lisboa, sob orientação de Ana Mafalda Castro.

Discografia

Órgão Histórico Bento Fontanes (1773) da Igreja da Misericórdia – Torres Vedras

Titulo: O Órgão Histórico da Igreja Misericórdia – Torres Vedras

Intervenientes:

Marcos Lázaro, Violino
Daniel Oliveira, Órgão e Baixo Contínuo

Produtor e editor: François Sibertin-Blanc – FSB Musique
Gravação: François Sibertin-Blanc – Dezembro de 2019

Apoios:
Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras
Câmara Municipal de Torres Vedras

Daniel Oliveira e Marcos Lázaro, Torres Vedras – Órgão da Igreja da Misericórdia

Daniel Oliveira e Marcos Lázaro, Torres Vedras – Órgão da Igreja da Misericórdia

O Órgão Histórico Bento Fontanes (1773)

Dinarte Machado (Restauro em 2008)

A construção do órgão histórico da Igreja da Misericórdia de Torres Vedras é atribuída a Bento Fontanes, membro de uma família de organeiros da Galiza, que se fixou em Portugal, deixando um notável espólio de instrumentos.

Sendo um instrumento com características ibéricas no que respeita à sua composição e disposição, a sua caixa, bem como a montra, enquadram-se na estética italiana, testemunhando a forte influência italiana em Portugal no século XVIII.

Este documento discográfico proporciona-nos uma autêntica recriação musical neste espaço histórico da Igreja da Misericórdia, apresentando alguns dos principais géneros musicais cultivados em Portugal nos séculos XVII e XVIII, tais como as Sonatas da Chiesa para violino e baixo contínuo (técnica de acompanhamento e composição do período barroco) da autoria de geniais compositores como Antonio Vivaldi (1678-1741), Tomaso Albinoni (1671-1751), ou mesmo de G. Philipp Telemann (1681-1767), bem como as sonatas para Tecla de importantes autores portugueses e italianos, tais como Carlos Seixas (1704-1742), Frei Jacinto Sacramento (1712-?) ou Andrea Luchesi (1741-1801).

Daniel Oliveira, Organista titular

O Órgão e a Cidade

“A cultura é uma necessidade imprescindível de toda uma vida, é uma dimensão constitutiva de toda a existência humana, como as mãos são um atributo do homem.“ Ortega y Gasset (1928)

O ciclo de órgão de Torres Vedras nasceu de uma comunhão de vontades que aproximou, de forma cúmplice, uma plêiade de instituições de índole vária a artistas, músicos e compositores de diferentes gerações, mundividências, poéticas e universos estéticos. Dando corpo a um verdadeiro movimento cultural, funda-se num repositório de princípios e valores, entre os quais avulta a preservação, conservação, valorização e divulgação do património cultural material e imaterial de que as comunidades são testamentárias. Esse princípio surge, no quadro deste processo, como impulso e Horizonte, atravessando as suas múltiplas expressões.

A forte ancoragem social que o ciclo de órgão de Torres Vedras concita, traduzida no envolvimento de instituições culturais de referência e na crescente e expressiva participação dos cidadãos de diferentes geografias nas várias propostas nele contempladas, representa a sua maior força e distintividade.

Este arrebatador, multiforme e cosmopolita movimento coletivo, revela, inequivocamente, que a dita Música Erudita pode ser popular no sentido de democraticamente apropriada, intensamente vivida, amplamente experimentada por todos e todas, sem fronteiras culturais ou estratificações sociais e, de igual modo, livre e desprovida de quaisquer concessões ou vénias à vulgaridade.

A Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras, em 2005 e após 100 anos de inatividade, deliberou entregar a reconstrução do seu Órgão de Tubos construído pelo organeiro galego Bento Fontanes de Maqueira ao organeiro Dinarte Machado, num esforço económico Conjunto com a Câmara Municipal de Torres Vedras e com o Governo Civil. Após três anos de trabalhos, a população Torriense teve o privilégio de, no dia 21 de dezembro de 2008, assistir ao primeiro concerto deste magnífico instrumento.

Desde a deliberação de recuperação do Órgão de Tubos até aos dias de hoje, e futuros, a Santa casa da Misericórdia disponibiliza este precioso bem da sua Igreja à população, quer no aprendizado, quer nos concertos, e em tudo que se mostrar relevante e de interesse para a cultura da população Torriense e de todos os que são apreciadores deste género musical.

Vasco Fernandes (Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras)

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Joaquim Simões da Hora, organista
Joaquim Simões da Hora
Joaquim Simões da Hora (Vila Nova de Gaia, 2 de Maio de 1941 – Lisboa, 1 de Abril de 1996). Foi um organista, professor e produtor português.

Concluído o Curso Superior de Órgão no Instituto Gregoriano de Lisboa sob a orientação de Antoine Sibertin-Blanc, frequentou o Curso de Interpretação de Música Antiga dirigido por Macario Santiago Kastner no Conservatório Nacional de Lisboa.

Entre Outubro e Dezembro de 1970, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, realizou um estágio de aperfeiçoamento artístico na Bélgica, sob a orientação do organista Kamiel D’Hooghe.

A sua actividade de concertista incluiu tanto apresentações regulares nos principais órgãos do país, como uma carreira internacional intensa traduzida em frequentes concertos e participações em festivais de diversos países da Europa e nos Estados Unidos da América.

Paralelamente desenvolveu um trabalho sistemático de estudo e divulgação da Música Antiga Ibérica, quer através de gravações discográficas (para as etiquetas EMI-Valentim de Carvalho e Movieplay) – entre os quais importa salientar as realizadas nos órgãos históricos das catedrais do Porto, Évora, e Faro, na Igreja de Santa Maria Maria de Óbidos e na Capela da Universidade de Coimbra- quer por meio de uma significativa actividade pedagógica.

A partir de 1977 (e até Dezembro de 1994), exerceu o cargo de professor da Classe de Órgão do Conservatório Nacional de Lisboa, tendo simultaneamente regido diversos cursos internacionais de interpretação, ao lado de personalidades como José Luis Gonzallez Uriol, Ton Koopman e Jordi Savall.

Nos últimos anos da sua vida colaborou estreitamente com a Movieplay Portuguesa onde gravou o disco “Batalhas e Meio Registos: Música Ibérica para Órgão do séc. XVII”, e produzido outros discos de compositores e intérpretes portugueses.

Em 1995, no Dia de Portugal, o Presidente da República Mário Soares atribuiu-lhe o grau de Comendador da Ordem do Infante.

Morreu em Lisboa, em 1996, deixando uma obra de inegável valor artístico-musical.

É considerado no meio artístico e académico como tendo sido o melhor organista português do século XX.

Discografia selecionada

Hora, Joaquim Simões da (1975), O Órgão da Sé [ Catedral ]atedral de Évora, Lusitana Música. Valentim de Carvalho, LP.

Hora, Joaquim Simões da (1981), O Órgão de Santa Maria de Óbidos, Lusitana Música. Valentim de Carvalho, LP.

Hora, Joaquim Simões da (1985), O Órgão da Sé [ Catedral ] catedral do Porto, Lusitana Música. Valentim de Carvalho, LP.

Hora, Joaquim Simões da (1994), Órgãos Históricos Portugueses: Évora & Porto, Lusitana Musica, Volume I, EMI Classics / Valentim de Carvalho. CD [Remasterização de LP].

Hora, Joaquim Simões da & Isabel Ferrão (1994), Órgãos Históricos Portugueses: Faro & Óbidos, Lusitana Musica, Volume III, EMI Classics / Valentim de Carvalho. CD [Remasterização de LP].

Hora, Joaquim Simões da (1994), Batalhas & Meios Registos, MoviePlay Classics. CD

Hora, Joaquim Simões da (2002), Joaquim Simões da Hora: In Memoriam. São Vicente de Fora, 18.XII.1994, Portugaler. CD

Hora, Joaquim Simões da (2016), Joaquim Simões da Hora: In Concert, Portugaler. CD

Joaquim Simões da Hora, Lusitana Musica

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João Vaz, organista, créditos Lauren Maganete
João Vaz

Natural de Lisboa, João Vaz é diplomado em Órgão pela Escola Superior de Música de Lisboa, sob a orientação de Antoine Sibertin-Blanc, e pelo Conservatório Superior de Música de Aragão, em Saragoça, onde estudou com José Luis González Uriol, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.

É também doutorado em Música em Musicologia pela Universidade de Évora, tendo defendido a tese «A obra para órgão de Fr. José Marques e Silva (1782-1837) e o fim da tradição organística em Portugal no Antigo Regime», sob a orientação de Rui Vieira Nery.

Tem mantido uma intensa actividade a nível internacional, quer como concertista, quer como docente em cursos de aperfeiçoamento organístico, ou membro de júri de concursos de interpretação.

Efectuou mais de uma dezena de gravações discográficas a solo, salientando-se as efectuadas em órgãos históricos portugueses. Como intérprete e musicólogo tem dado especial atenção à música sacra portuguesa, fundando em 2006 o grupo Capella Patriarchal, que dirige.

É autor de vários artigos divulgados em revistas internacionais de referência e o seu trabalho de edição musical, objecto de publicação em Portugal, Espanha e Itália, abrange obras conservadas em diversas bibliotecas e arquivos nacionais.

É Professor Adjunto da Escola Superior de Música de Lisboa (onde lecciona desde 2007), tendo anteriormente exercido funções docentes no Instituto Gregoriano de Lisboa, Universidade de Évora e Universidade Católica Portuguesa (Escola das Artes).

Fundador do Festival Internacional de Órgão de Lisboa em 1998, é actualmente director artístico do Festival de Órgão da Madeira e das séries de concertos que se realizam nos seis órgãos da Basílica do Palácio Nacional de Mafra (de cujo restauro foi consultor permanente) e no órgão histórico da Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa (instrumento cuja titularidade assumiu em 1997).

Em 2017, foi agraciado com a Medalha de Honra do Município de Mafra.

João Vaz, organista, créditos Lauren Maganete

João Vaz, organista, créditos Lauren Maganet

Discografia

Organs in Dialogue: Oporto Clérigos Church, João VAZ e Javier ARTIGAS (orgãos),
Arkhé Music (CD), 2016

Fr. José Marques e Silva: Responsórios de Sexta-Feira Santa, Capella Patriarchal, João
Vaz (órgão e direcção), MPMP (CD),2015.

Historic Organ São Vicente de Fora, João Vaz, órgão, IFO Classics (CD), 2014.

Os seis órgãos da Basílica de Mafra, João Vaz, Rui Paiva, António Esteireiro, António
Duarte, Sérgio Silva, Isabel Albergaria (órgãos), Coro Sinfónico Lisboa Cantat, Jorge
Alves (direcção), RTP edições / Althum (DVD), 2012.

El organista ‘portoges’: Livro de Órgão de Frei Roque da Conceição, João Vaz (órgão),
Institución Fernando el Católico – Órganos históricos en Aragón (CD), 2011

Fr. Fernando de Almeida: Responsórios de Quinta-Feira Santa, Missa Ferial, Capella
Patriarchal, João Vaz (direcção), Althum (CD), 2010.

Portugal & Italia: os órgãos das igrejas da Misericórdia e de Santiago de Tavira, João
Vaz (órgão), Música XXI (CD), 2008.

Dieterich Buxtehude, Johann Pachelbel: o órgão da Igreja de Nossa Senhora do Cabo,
Linda-a-Velha, João Vaz (órgão), Juventude Musical Portuguesa (CD), 2008.

Música para o teatro de Gil Vicente, Segréis de Lisboa, Manuel Morais (direcção),
Portugaler 2007-2 (CD), 2007.

Carlos Seixas: Musica sacra, Jennifer Smith (soprano), Nicki Kennedy (soprano),
Nicolas Domingues (alto), Mário Alves (tenor), António Wagner Diniz (baixo), Segréis
de Lisboa, Coral Lisboa Cantat, Manuel Morais (direcção), João Vaz (órgão), Portugaler
2010-2 (CD) 2003.

António Carreira: Tentos e fantasias, João Vaz (órgão), Portugaler 2004-2 (cd) 2002.

Pastorale: O órgão do Convento de Santa Clara, Funchal, João Vaz (órgão), Ana
Ferraz (soprano), Ricardo Lopes (oboé barroco), Capella 1001-2 (CD) 2001.

Música Sacra: O Órgão da Sé Catedral do Funchal, João Vaz (órgão), Ana Ferraz
(soprano), Philips 538159-2 (CD) 1998.

Os Mais Belos Órgãos de Portugal, Açores, João Vaz (órgão), Rui Paiva (órgão),
António Duarte (órgão), Movieplay 3-11045 A/B/C (3CD) 1995.

Portugaliae Monumenta Organica II, João Vaz (órgão), Rui Paiva (órgão), Philips
528582-2 (2CD) 1991.

Fábrica de Sons, Instrumentos Históricos do Museu da Música de Lisboa, Philips
446294-2 (CD) 1994.

Fundo Musical da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, João Vaz (órgão), Coro
Cantus Firmus, Jorge Matta (direcção), Coro Laus Deo, Idalete Giga (direcção),
Movieplay 3-11030 (CD) 1993.

Portugaliae Monumenta Organica, João Vaz (órgão), Rui Paiva (órgão), Philips 514201-2 (2CD) 1991.

Fonte: o próprio João Vaz

Historic Organ São Vicente de Fora, João Vaz

Historic Organ São Vicente de Fora, João Vaz

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Filipe Veríssimo, organista, créditos Carlos Costa
Filipe Veríssimo

Mestre Capela e Organista Titular da Igreja de Nossa Senhora da Lapa no Porto, Filipe Veríssimo tem desenvolvido, em estreita colaboração com o Cónego Dr. António Ferreira dos Santos, um trabalho ímpar no desenvolvimento e promoção da música de órgão e da música coral sacra e litúrgica em Portugal.

É formado em Música Sacra na Escola de Artes da Universidade Católica, onde estudou órgão com Franz Lehrndorfer, Martin Bernreuther e Jeremy Blasby, direção de coral com Jörg Straube, Jorge Matta e Eugénio Amorim e direção de orquestra com Cesário Costa tendo prosseguido os seus estudos de órgão em Paris com os organistas Olivier Latry e Eric Lebrun.

Frequentou o Mestrado em Musicologia Histórica na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e o Mestrado em Música Sacra na Escola de Artes da Universidade Católica Portuguesa.

Foi docente da Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto e Coordenador Artístico dos principais festivais de órgão realizados no Porto.

É docente da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, Mestre Capela honorário da Venerável Ordem Terceira de São Francisco, coordenador artístico do Ciclo de Música de São Francisco, do Ciclo de Concertos de Órgão da Sé Catedral do Porto, do Ciclo de Concertos da Igreja da Lapa e Consultor da Santa Casa da Misericórdia do Porto para a área da Música Sacra

Filipe Veríssimo nasceu no Porto em 1975.

Filipe Veríssimo, organista, créditos Carlos Costa

Filipe Veríssimo, organista, créditos Carlos Costa

Discografia

Jean Guillou, Martin Baker, Winfried Bönig, Bernhard Buttmann, Jürgen Geiger, Roman Perucki, Filipe Verissimo, Roberto Bonetto, Hansjörg Albrecht, Johannes Skudlik, Hélène Colombotti – La Revolte Des Orgues ‎(DVD, PAL) Polska Filharmonia Bałtycka Im. Fryderyka Chopina W Gdańsku [2011] PFB 003 2 2

Filipe Veríssimo, Grande Órgão de Tubos da Igreja da Lapa

Filipe Veríssimo, Grande Órgão de Tubos da Igreja da Lapa

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Cláudio de Pina, organista e compositor
Cláudio de Pina

Cláudio de Pina (n. 1977) é um artista sonoro, organista, improvisador, compositor e investigador português.

Organista titular do órgão histórico da Paroquial da Ajuda. Investigador no Grupo de Investigação de Música Contemporânea (CESEM). Detém um Diploma de Estudos Avançados em Artes Musicais (FCSH/ESML) na área de música contemporânea para órgão.

Mestre em Artes Musicais, com distinção no quadro de Honra, Melhor Mestre 2018/19 (FCSH). Actualmente é candidato a Doutoramento e investigador FCT na área de música electroacústica e órgão.

Estudou no Instituto Gregoriano de Lisboa, Hot Jazz Clube e Eng. Física (FCUL). Estudou adicionalmente com; Adrian Moore, Åke Parmerud, Annette Vande Gorne, César VianaEurico Carrapatoso, Gilles Gobeil, Hans Tutschku, Jaime Reis, Vincent Debut e Trevor Wishart.

A sua produção artística e científica foca-se em; análise musical, composição, música electroacústica, acústica, síntese sonora, órgão, interpretação e paisagem sonora.

Cláudio de Pina, organista e compositor

Cláudio de Pina, organista e compositor

O seu trabalho académico e artístico já foi premiado, editado e publicado internacionalmente em eventos como; Arte no Tempo, Aveiro Síntese, Binaural Nodar, Festival DME, Muslab, Festival Zeppelin, MA/IN, Perpectivas Sonoras e L’Espace du Son. As suas obras acusmáticas foram publicadas nas colectâneas MA/IN 2019 e Métamorphoses 2020.

Publicou em 2020, Asteroeidēs, música para órgão e electrónica e Palimpsestus, música acusmática.

Lançou em 2022 o seu álbum de estreia, Avant-garde Organ, edição crítica de obras vanguardistas em órgão histórico Português, com o apoio da Fundação GDA e publicado por 9 Musas.

Discografia

A ligação entre estas obras é subtil. Não obstante, existe uma procura incessante por uma nova linguagem sonora, quebrando uma norma imposta de um legado secular.

O órgão, aparato que é o somatório de vento, tubos e teclas, torna-se maior com a imaginação de quem o opera. É um dispositivo que incita à audácia do seu operador, rivalizando a potencialidade sonora de qualquer instrumento moderno.

Este é o meu contributo: utilizar um órgão português com mais de 200 anos em reportório vanguardista da década de 60. A representação mental de máquinas monstruosas, sem propósito, que engolem o tempo e cantarolam com uma incessante constância e, de repente, calam-se de uma forma inesperada. (Ligeti, 1969)

Para a realização destas obras diversas interpretações e funcionalidades não ortodoxas foram utilizadas, denominadas técnicas expandidas. Estas sonoridades são atípicas no órgão, mas beneficiam à já vasta panóplia acústica do instrumento.

O ouvinte é convidado a percorrer esta viagem sonora pelo mundo visceral do órgão. É possível ouvir este álbum em modo binaural, necessitando apenas de utilizar auscultadores. Poderá usufruir a versão estereofónica em qualquer sistema de som.

Cláudio de Pina, Avant Garde Organ

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Antoine Sibertin-Blanc, Manuel Rodrigues Coelho
Antoine Sibertin-Blanc

Nascido em Paris, Antoine Sibertin-Blanc foi aluno, de 1945 a 1954, na Escola César Franck onde recebeu uma formação multidisciplinar, obtendo nomeadamente, sob a orientação de Édouard Souberbielle, o Diploma de órgão e de improvisação. Beneficiando, simultaneamente, do ensino de Maurice Duruflé no Conservatório Nacional Superior de Paris, é nomeando em 1952 organista da «Maîtrise de la Madeleine» e «Maître de Chapelle» de S. Merry.

Em 1955, deixa Paris para assumir em Luxemburgo, durante cinco anos, o cargo de organista da Igreja S. José.

No entanto, em 1961, face à ocasião que se apesenta de ensinar órgão em Lisboa no Centro de Estudos Gregorianos, recentemente fundado, não hesita.

À sua chegada, beneficiando logo de um Conjunto de circunstâncias favoráveis, é nomeado em 1965 titular do Grande Órgão da Sé e, mais tarde, da classe de órgão da Escola Superior de Música de Lisboa, dois lugares-chave, com muita repercussões em todos os planos num país que, após um longo declínio, redescobre pouco a pouco as maravilhas do seu próprio património, restaura os seus órgãos e, pela mesma ocasião, acede ao conhecimento e à prática do grande repertório organístico Universal.

Atento a todos os aspectos deste renascimento, Antoine Sibertin-Blanc prossegue incansavelmente a sua tarefa de divulgação através do país, e no plano internacional, em toda a Europa e no Brasil.

No campo do disco, as suas realizações publicadas, nomeadamente por Erato e Columbia-EMI, ocasionaram as melhores críticas.

Em 1999, Antoine Sibertin-Blanc foi honrado com o título de Comendador da Ordem de Santiago de Espada pelo Presidente da República Portuguesa.

Discografia

Álbuns

Manuel Rodrigues Coelho, Antoine Sibertin-Blanc – Flores de Música (Ao Órgão da Sé Patriarcal de Lisboa) ‎(LP, Álbum) Columbia, Columbia SPMX 5009, YCPX 1020 1968
Georges Frédéric Haendel – Antoine Sibertin Blanc – Dix Pièces Inédites Composées Pour Une Horloge À Mécanisme D’Orgue, Concerto N° 1 En Sol Mineur Pour Orgue ‎(LP, Álbum) Arion ARN 37236 1974
Carlos Seixas / Antoine Sibertin-Blanc, Bernard Ravelle-Chapuis – Sonatas para Flauta e Órgão – Versão Inédita ‎(LP, Álbum) Sassetti SST – 75048 1984
Antoine Sibertin-Blanc, Coro e Grupo de Música tradicional do Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores do Banco Português do Atlântico – Musica Antiga Portuguesa ‎(CD, Álbum) (GDC Self-released) GDC BPA 001 1997
Nikolaus Bruhns, Antoine Sibertin-Blanc, Madalena Abrunhosa, Ictus Schola Cantorum, Christoph Schaffrath, Manuel Rodrigues Coelho, António Correa Braga – Canto Gregoriano – Recital de Órgão ‎(CD, Álbum) RCA Classics, BMG Portugal 7432 1 61144 2, 1998 A L’Orgue de La Cathédrale de Lisbonne ‎(CD, Álbum) 2005
Manuel Rodrigues Coelho, Antoine Sibertin-Blanc – Flores de Musica – Extraits ‎(LP) Erato EDO 219

Fonte: Discogs

Antoine Sibertin-Blanc, Manuel Rodrigues Coelho

Peças inéditas de G. Fr. Haendel

Originalmente compostas para um relógio com mecanismo de órgão, as dez breves peças inéditas que introduzem o presente CD foram-me reveladas absolutamente por acaso. Foi em abril de 1974, quando o proprietário do relógio em questão, o Senhor Pedro Felner Costa, desejoso de mandar restaurar o mecanismo do mesmo, me mandou realizar uma gravação a partir dos manuscritos dos quais me submeteu os fac-similes. O Senhor Pedro Felner Costa, cuja família possuía o referido relógio em Londres desde há muitos anos, não deixou de chamar a minha atenção para o facto de estas composições serem da autoria do próprio Haendel, como atestam os documentos históricos ligados a este autêntica peça de museu.

Antoine Sibertin-Blanc, Peças inéditas de G. Fr. Haendel

Antoine Sibertin-Blanc, Peças inéditas de G. Fr. Haendel

Avaliei logo o interesse da descoberta, tanto mais que, no meio da obra imensa do compositor, esta suite de « peçazinhas » constitui um exemplo único, não parecendo a sua função utilitária e o seu lado pitoresco em nada terem travado a sua imaginação criativa.

Quanto à sua apresentação no contexto do presente CD, se, concebidas originalmente para pontuar o tempo de hora em hora, ou seja, separadamente, estas obras se encontravam, por outro lado, do ponto de vista da sua concretização sonora, submetidas às limitações do jogo, provavelmente único, do relógio em questão, a situação é aqui, naturalmente, completamente diferente.

Com efeito, ao libertá-las, para a ocasião, dos constrangimentos e limitações da sua função primeira, e ao reuni-las em forma de Suite, revelam-se na sua pureza primitiva e no encanto da sua surpreendente diversidade, oferecendo-nos todas as possibilidades, no órgão de interpretá-las em função do seu carácter e com a subtileza sonora de uma registação tão judiciosamente seleccionada quanto possível.

Foi o grande órgão da Sé Patriarcal de Lisboa que escolhemos para as apresentar aqui. Trata-se de um instrumento de estilo neo-barroco, construído em 1965 pelo Mestre-Organeiro A. Flentrop.

Para completar o CD, aproveitámos a ocasião para interpretar algumas obras barrocas da Escola nórdica.

Em primeiro lugar, do neerlandês J.P. Sweelinck (1562-1621), Variações sobre «Mein junges Leben hat ein End». Depois, do dinamarquês D. Buxtehude (1637-1707), a Chacona em mi menor. A seguir, reencontramos G. Fr. Haendel com o seu concerto n°1 em sol menor, numa versão para órgão solo, e com uma das suas suites para teclado, em mi menor. Concluimos com uma improvisação livre.

Antoine SIBERTIN-BLANC

A l’Orgue de la Cathédrale de Lisbonne

O Grande Órgão de Sé Patriarcal de Lisboa

Principiando pela imponente “Introdução e Passacaglia” em ré menor de Max REGER (1873-1916), umas das páginas mais majestosas do neo-romantismo alemão, o programa prossegue com uma apresentação cronológica de 5 autores ibéricos, 4 portugueses e um espanhol, integrando mais de dois séculos da história musical peninsular.

Em primeiro lugar, Manuel RODRIGUES COELHO (1555-1635) com duas breves sequências de cinco versículos sobre o Kyrie, pertencendo à sua compilação “Flores da Música”, publicada em 1620.

Segue-se uma típica “Batalha” de António CORRÊA BRAGA (Séc. XVII), um português recentemente redescoberto.

Com Juan CABANILLES (1644-1712) é o apogeu da grande tradição espanhola que atingimos, enquanto que, com Carlos SEIXAS (1704-1742), o seu estilo requintado e precioso, nos coloca em pleno na atmosfera do Século XVIII, no coração de um cosmopolitismo em plena efervescência. Menos prolífico que Carlos SEIXAS, mas igualmente dotado, apresenta-se Francisco Xavier BAPTISTA (?-1797), organista da Sé de Lisboa, cujo estilo constitui um precioso testemunho das últimas luzes do fim do Século XVIII.

Num registo bastante diferente, a “Suite portuguesa” de Antoine SIBERTIN-BLANC, vem trazer a sua contribuição nesta apresentação geral do instrumento. Obra inédita, escrita em 1974 para o órgão em questão, opõe ao estatismo de uma breve “Introdução”, a vitalidade rítmica de uma “Fantasia” vivamente contrastada. Quanto ao “Ricercare”, apresenta, na firme regularidade do seu tempo, vários níveis de “Recherche”, tanto no plano das combinações polifónicas, como no jogo das harmonias e das cores.

Precisamos que a gravação do presente CD se realizou de dia, na Catedral livremente aberta aos visitantes, e submetida aos ruídos de fundo provenientes da Cidade em movimento.

Antoine Sibertin-Blanc, A l’Orgue de la Cathédrale de

Antoine Sibertin-Blanc, A l’Orgue de la Cathédrale de Lisbonne

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