Adolfo Luxúria Canibal
Adolfo Luxúria Canibal
“Estilhaços de Escuridão” é o novo álbum do projecto de spoken word (2023) que Adolfo Luxúria Canibal partilha com António Rafael, Henrique Fernandes e Jorge Coelho. Conta com a colaboração da malograda documentarista sonora Sofia Saldanha, no que terá sido um dos seus últimos trabalhos. É a gravação para disco do espectáculo que compuseram para o Correntes D’Escritas de 2022.
Músico rock português, Adolfo Luxúria Canibal (Adolfo Augusto Martins da Cruz Morais de Macedo) nasceu a 25 de dezembro de 1959, em Luanda, Angola. Advogado, músico e poeta português, é especialmente conhecido como vocalista dos Mão Morta.
Adolfo nasceu em Luanda mas cresceu entre Vieira do Minho e Braga. No ano de 1978 foi estudar Direito para Lisboa onde viveu até 1999.
Adolfo Luxúria Canibal é, desde 1984, letrista e vocalista do grupo Mão Morta, depois de ter estado em grupos como Bang-Bang (1981), Auaufeiomau (1981-1984) e PVT Industrial (1984).
Encenou e actuou em performances e espectáculos multimédia como Rococó, Faz o Galo (1983), Dos Gatos Brancos que Jazem Mortos na Berma do Caminho de Ferro (1983), Labiu e a Pulga Amestrada (1984) e mais tarde em Müller no Hotel Hessischer Hof (1997).
Apareceu como ator em Maldoror (2007), encenado por António Durães e na peça Eis o Homem! da companhia Mundo Razoável, encenada por Marta Freitas (2013). Fez espetáculos de spoken word, a solo (1999) ou com António Rafael (desde 2004), sob a designação de Estilhaços.
Com João Martinho Moura e Miguel Pedro concebeu a performance de arte digital Câmara Neuronal para a exposição FrameArt da Capital Europeia da Cultura – Guimarães 2012.
Participou na concepção colectiva e actuou, com os Mão Morta, José Mário Branco, Fernando Lapa, Amélia Muge e Pacman, no musical Então Ficamos…, espectáculo de comunidade de encerramento da Capital Europeia da Cultura – Guimarães 2012 encenado por António Durães.
Com António Rafael concebeu, gravou e interpretou ao vivo a banda sonora para a instalação The Wall of Pleasure do artista plástico Tiago Estrada na Rooster Gallery, em Nova Iorque (2013). Ainda com António Rafael e Miguel Pedro compôs e actuou no musical Chão (2014), um espectáculo de comunidade, com a participação de 70 mulheres de Paredes de Coura, encenado por João Pedro Vaz para o décimo aniversário da companhia de teatro Comédias do Minho.
Concebeu a colectânea de bandas bracarenses À Sombra de Deus tal como o primeiro volume À Sombra de Deus – Braga 88 (em Conjunto com Berto Borges e o quarto volume À Sombra de Deus IV – Braga 2012 em Conjunto com Miguel Pedro.
Em 2002 criou, com António Rafael e Miguel Pedro, a editora independente Cobra, tendo editado vários discos de Mão Morta e de artistas como Anger, Erro!, Houdini Blues, Fat Freddy, Jazz Iguanas, Umpletrue, Mundo Cão ou At Freddy’s House.
Teve pequenas participações como actor nos filmes Gel Fatal de António Ferreira e O Dragão de Fumo de José Carlos de Oliveira. Concebeu, com João Onofre, o filme de videoarte S/título (мій голос), exibido no 19.º Festival Internacional de Cinema – Curtas de Vila do Conde. Em 2012 foi objecto do documentário Fado Canibal, realizado por Timóteo Azevedo.
Escreveu textos diversos para jornais e revistas, como a Vértice ou a 365, e foi, de 2000 a 2004, correspondente do jornal Blitz. Teve uma coluna de opinião no semanário O Independente (1999) e manteve uma crónica semanal na rádio Antena 3 (2001-2004), uma crónica quinzenal na revista Vidas do diário Correio da Manhã (2008-2010) e uma crónica quinzenal no semanário Sol (2014-2016). Por convite da rádio Antena 3 foi autor e locutor de uma série de 14 programas de 2 horas sobre música e poesia, emitidos semanalmente entre Setembro e Dezembro de 2016 sob o título cantigas de Amigo. Tem desde Janeiro de 2011 uma rubrica mensal na revista Domingo do diário Correio da Manhã.
Editou os livros Rock & Roll, Estilhaços, Estilhaços e Cesariny e Todas as Ruas do Mundo. Escreveu o prefácio para uma edição de Os Cantos de Maldoror, do Conde de Lautréamont. Foi autor de uma súmula sobre a história do Parque Nacional da Peneda-Gerês e de um ensaio ecocrítico sobre os romances de Valter Hugo Mãe. Criou com o fotógrafo e artista plástico Fernando Lemos o livro-objecto Desenho Diacrónico, editado no Brasil por ocasião da inauguração da sua exposição retrospectiva Lá e Cá, na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Traduziu Heiner Müller (1997) e Vladimir Maiakovski (2006). Coligiu e seleccionou os artigos de imprensa e fez o prefácio para o livro Revista de Imprensa – Os Mão Morta na Narrativa Mediática (1985-2015) (2016) que faz a biografia dos Mão Morta a partir de notícias, criticas de discos e de concertos, reportagens e entrevistas saídas na imprensa portuguesa durante 30 anos.
Foi considerado em 2003, pelo semanário Expresso, uma das 50 personalidades vivas mais importantes da cultura portuguesa. Em 2011, nas Comemorações do Centenário da Universidade de Lisboa, foi um dos 100 ex-alunos convidados para proferir uma palestra no ciclo 100 Lições, a que deu o título Profissão: Diletante. Da Música à Conservação da Natureza.
De 2000 a 2009, e de novo entre 2015 e 2016, integrou o grupo luso-francês Mécanosphère, como vocalista. Participou ainda como vocalista ou letrista em diversos discos e espectáculos de mais de uma dezena de grupos e artistas portugueses e estrangeiros, como Pop Dell’Arte, Clã, Moonspell, WrayGunn, Houdini Blues, Jorge Palma, Pat Kay & The Gajos, Steve Mackay, Mark Stewart ou Hilmar Orn Hilmarsson.
Fonte: Wikipédia
Discografia
Adolfo Luxúria Canibal + António Rafael – Estilhaços (CD, Album) Transporte de Animais Vivos TAVCD003 2007
Estilhaços e Cesariny (CD, Album, Boo) Assírio & Alvim Sons 8 2012
Adolfo Luxúria Canibal, António Rafael, Henrique Fernandes, Jorge Coelho – Estilhaços Cinemáticos (CD, Álbum) Cobra Discos CBR1404027CD 2014
Adolfo Luxúria Canibal + Marta Abreu – Goela Hiante (CD, Álbum) Cobra Discos CBR20|2033CD 2020
Singles & EPs
Lobo Mau — Adolfo Luxúria Canibal
Mécanosphère / Adolfo Luxúria Canibal – Lobo Mau (CD, EP) Número Magazine 2001
Tiago Estrada, Adolfo Luxúria Canibal, António Rafael – The Wall Of Pleasure (12″, EP, Ltd) Rooster Gallery Contemporary Art, New York 2013
Fonte: Discogs