Xarabanda
Xarabanda
Xarabanda é um grupo de Música tradicional da Madeira, numa associação que se dedica à recolha e divulgação dos tocares e cantares da Ilha.
Discografia
- Tocares e Cantares Tradicionais (1988/1992 – LP e K7) . (1995 CD)
- Longe da vista me vai (1994 e 1996 – K7 e CD
- Sete dúzias de mentiras (1997 – CD)
- cantigas ao menino Jesus (2001 1.ª ed./2002 2.ª ed./2008 3.ª ed. – CD)
- Quem anda na roda (2013 1.ª ed. – CD)
Compilações
- Discografia Completa do Xarabanda e Sua História (Box, Comp) 2019
Vídeos
- A Festa – Cores, Sons E Sabores Do Natal Madeirense (DVD) Xarabanda 2015
Os Xarabanda apareceram em 1981, sob o nome de Algozes – estando nessa altura conscientes da situação quase irrecuperável de espécimes do património musical madeirense – propuseram-se a uma missão obrigatória. O grupo passou os 8 anos seguintes a promover por toda a Madeira e também fora dela as tradições musicais madeirenses, mesmo que em muitos casos, deparassem com muita resistência e indiferença face ao seu trabalho.
Em 1989 lançaram o seu primeiro disco, “Tocares e cantares tradicionais da Madeira” que numa edição de autor, marcava igualmente a mudança de nome para Xarabanda.
Como o próprio nome indica Xarabanda é a junção de Xaramba com Banda que teve e tem como objetivo dar uma maior importância, do que até então, à Música tradicional da Ilha da Madeira.
A década de 90 é a mais profícua para o grupo, tendo sido editados mais dois trabalhos discográficos “Longe da vista me vai” – 1994 – e “Sete dúzias de mentiras”, em 1997.
O grupo criou o primeiro grande festival de Música tradicional na Madeira, o “Ao encontro da Música Popular” que organizado desde 1994, deu lugar ao “Raízes do Atlântico” em 1999 e que ainda se encontra no ativo atualmente em 2022.
Em 2001 lançou o seu primeiro álbum temático intitulado “Cantigas ao menino Jesus”, que face ao número de vendas, teve uma 2.ª edição em 2002. Mais tarde em 2008, fez uma 3.ª edição do mesmo álbum, regravando e acrescentando mais alguns temas.
Em 2013, gravou o seu 2.º álbum temático dedicado aos jogos e brincadeiras tradicionais, intitulado “Quem anda na roda”.
Em 2019, gravou um novo álbum temático, “A cantar se contam histórias”, dedicado aos contos e histórias tradicionais e populares.
Como tal, os temas são passíveis de diferentes interpretações pelo que trabalhamos numa linha de “estilizações heterogéneas” que, julgamos, não desvirtua o material em questão; pelo contrário, enriquece-o, tendo sempre o cuidado de respeitar as características que lhe são próprias.
A formação do grupo é composta em 2022 pelos músicos: Roberto Moniz (braguinha, rajão, Viola d’arame, Viola e voz), Roberto Moritz (braguinha, rajão, Viola d’arame, Viola e coros), Filipa Camacho (voz), Slobodan Sarcevic (acordeão), Carlos Figueira (Viola baixo), Duarte Salgado (percussão).
O trabalho do Xarabanda deu frutos no aparecimento de outros grupos que, partindo dos seus pressupostos, seguiram caminhos diversos, sempre dentro da matriz genérica da tradição musical madeirense. As propostas têm ido desde seguir de forma bastante próxima a tradição recolhida até trabalhos essencialmente de criação original, dentro das características tradicionais, ou de novas sonoridades.
Fonte: Xarabanda, adaptações de António José Ferreira