Luís Cília

Luís Cília, Sinais de Sena, 1985.
Luís Cilia

Tradisom

Em 2024, a Tradisom publica uma obra com a sua discografia completa e 11 CD.

LUIS CÍLIA – OBRA COMPLETA – LIVRO COM 11 CDS é uma obra editada em 2024, com mais de 180 páginas que detalham o percurso de um dos nomes maiores da música portuguesa de protesto, sem esquecer os 11 CD com toda a sua discografia e também com músicas editadas pela primeira vez.

Pioneiro da canção de intervenção

Luís Cília é um nome fundamental da música de intervenção em Portugal. Em 1964, enquanto exilado em Paris, começou a sua carreira discográfica com o álbum “Portugal-Angola: Chants de Lutte”, um dos primeiros registos a denunciar a guerra colonial e a falta de liberdade em Portugal. A sua música tornou-se uma voz ativa contra o regime, inspirando outros artistas e levando mensagens de resistência às comunidades portuguesas no estrangeiro.

A Internacionalização da Música Portuguesa

Nos anos que se seguiram ao seu exílio, Cília produziu diversos álbuns que cruzaram fronteiras, incluindo “La Poésie Portugaise de Nos Jours et de Toujours” e “Contra a Ideia da Violência a Violência da Ideia”. Estes discos foram gravados em colaboração com a editora francesa Le Chant du Monde, levando a música e a poesia de intervenção portuguesa a um público internacional, especialmente durante a década de 1970, um período crítico para a oposição ao regime de Salazar.

O Regresso e a Continuidade do Compromisso

Após a Revolução dos Cravos em 1974, Cília regressou a Portugal, continuando a sua carreira como cantor e compositor. O álbum “O Guerrilheiro” foi um dos primeiros que gravou no seu país de origem, marcando o retorno à sua terra e renovando o seu compromisso com a liberdade e os valores da Revolução. Este álbum consolidou a sua posição como uma voz ativa na transformação cultural de Portugal.

Legado de Resiliência e Compromisso Cultural

Ao longo de uma carreira que se estende por décadas, Cília lançou 18 álbuns que documentam um percurso de coragem e dedicação à liberdade e à arte. A sua música continua a ser uma poderosa ferramenta de memória coletiva, preservando não apenas as vozes do passado, mas também as lutas e esperanças de uma nação em transformação.

Redescoberta e Preservação da Sua Obra

Com uma discografia extensa e um trabalho com imenso valor histórico e cultural, a obra de Luís Cília é frequentemente redescoberta por novas gerações que encontram na sua música uma ligação direta ao passado revolucionário de Portugal. A importância de preservar e divulgar as suas gravações é essencial para que a sua contribuição continue a inspirar e enriquecer a cultura portuguesa.

Saiba mais na Meloteca.

Discografia

Álbuns

Portugal-Angola: Chants de Lutte 2 versões Le Chant Du Monde 1964
La Poésie Portugaise de Nos Jours Et de Toujours 1 6 versões Moshé-Naïm, Moshé-Naïm 1967
Luis Cilia Vue Et Peinte Par Vieira da Silva – La Poésie Portugaise de Nos Jours Et de Toujours 2 4 versões Moshé-Naïm, Moshé-Naïm 1969
La Poésie Portugaise de Nos Jours Et de Toujours 3 4 versões Moshé-Naïm 1971
Meu País 4 versões Le Chant Du Monde, Le Chant Du Monde 1973
O Guerrilheiro 3 versões Orfeu 1974
Contra a Ideia da Violência, A Violência da Ideia 3 versões Le Chant Du Monde 1974
Resposta 2 versões EMI 1975
Memória 7 versões Diapasão, Diapasão 1976
Transparências ‎(LP, Album) Guilda da Música LC / 001 1978
Eugénio de Andrade – Luis Cilia – O Peso da Sombra 3 versões Diapasão 1980
Marginal 2 versões Diapasão 1981
Contradições ‎(LP, Album) Diapasão DIAP 20005 1983
Sinais de Sena ‎(LP, Album) Diapasão DIAP-20007 1985
Penumbra 3 versões Schiu! 1987
A Regra do Fogo 3 versões Tejo 1988
Bailados 2 versões Strauss 1995
Pedro Barroso, Luis Cilia – Authentic Portugal 2 versões Sonoton Recorded Music Library 1997

Singles & EPs

Portugal Resiste 3 versões E.D.I Cercle Du Disque Socialiste 1965
O Salto – Bande Originale du Film ‎(7″, Single) United Artists Records 38.201 1967
O Povo Unido Jamais Será Vencido ‎(7″, Single) Orfeu KSAT 515 1974
Canção em Coro ‎(7″, Single) EMI 8E 006-40 405 G 1975
Novembro ‎(7″, Single) Guilda da Música, Guilda da Música 2000/012/S, 2000/012/G 1979

Compilações

La Poésie Portugaise de Nos Jours Et de Toujours 2 versões Emen, Moshé-Naïm 1996

Fonte: Discogs

Luís Cília, Sinais de Sena, 1985.

Luís Cília, A poesia de Eugénio de Andrade

Luís Cília, La poesie portugaise de nos jours et de toujours, LP 1967

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