Marta Hugon

Marta Hugon, Coração na boca, 2019.
Marta Hugon

Marta Hugon tem vindo a estabelecer uma identidade cada vez mais sólida dentro do universo dos cantores e autores de canções portugueses. Tendo como sua primeira casa o jazz – ensinou na escola do Hot Clube de Portugal e foi solista da respetiva Big Band – a cantora lançou o seu primeiro disco em 2005, dando assim início a uma carreira que se destaca pela consistência mas também por uma constante necessidade de se reinventar musicalmente.

Conhecida como a “vocalista dos músicos”, Marta Hugon fez um percurso “de trás para a frente”, nas palavras da própria, tendo começado por cantar com grupos que tocavam algum repertório de standards e por só muito mais tarde ter decidido estudar música. Antes disso, trabalhou repertório clássico e experimentou incurssões no funk e na música electrónica.

No seu primeiro disco, Tender Trap, a cantora fez uma homenagem sincera a alguns dos clássicos do cancioneiro norte americano, dando vida aos temas que a fizeram apaixonar-se pela linguagem jazzística e fazendo-se rodear de músicos de exceção que a acompanham até hoje. Com Story Teller, trabalho editado em 2008, Marta Hugon conquistou o público e a crítica que salientou a maturidade da voz e da interpretação e a originalidade na escolha do repertório.

É com A Different Time, editado pela Sony Music, em 2011, que a cantora arriscou um tempo diferente, avançando para um repertório de música original, em que mistura o jazz, a folk e a pop. A influência de músicos como Joni Mitchel, Nick Drake, Paul Simon ou dos Beatles fazem-se ouvir neste disco, em que a cantora funde na perfeição a sua forte personalidade musical com a do grupo que a acompanha, e se une novamente a Filipe Melo para a escrita de canções.

Em 2016, Marta Hugon surpreende o público com mais um fruto dessa colaboração – Bittersweet. Este é um disco de emoções, sólido na interpretação, na composição e nos arranjos, onde pressentimos desde o início a dualidade que marca o repertório e que lhe deu nome. Marta Hugon acompanha-nos num passeio estilístico de charme mas cheio de substância, onde espreitam por vezes as origens jazzísticas da cantora. Mas é na individualidade da escrita das canções na elegância e riqueza dos seus detalhes que nos vamos deixando seduzir.

Discografia

Coração na Boca (2019)
Bittersweet (2016)
A Different Time (2011)
Story Teller (2008)
Tender Trap (2005)

Outra discografia

2012 – Doctetos – António Barros Veloso (edição de autor)
2004 – Amplitude – Spill (Tone of a Pitch)
2000 – Música para TV, Rádio e Filmes Exóticos – Cool Hipnoise (Norte Sul)

Marta Hugon, Coração na boca, 2019.