Sérgio Godinho

Sérgio Godinho, Salão de festas, 1984.
Sérgio Godinho

Sérgio Godinho nasceu no Porto a 31 de agosto de 1945. Cantor, compositor, escritor (para adultos e crianças), actor (de teatro e cinema), realizador, Sérgio Godinho é, para citar uma das suas canções clássicas, o verdadeiro “homem dos sete instrumentos”. Mas, numa carreira artística de invejável longevidade, foi o seu trabalho enquanto cantor-compositor que o tornou num ícone capaz de reunir à volta das suas canções gerações de diferentes idades, vivências e aspirações.

No início dos anos 70, Sérgio Godinho participou como actor durante quase dois anos na produção parisiense do musical Hair e em 2008 estreia Onde Vamos Morar de José Maria Vieira Mendes, que esteve em cena em Lisboa e depois percorreu o país em digressão.

Na área infantil, compôs temas para séries televisivas (Os Amigos de Gaspar, Árvore dos Patafúrdios) e escreveu a peça de teatro Eu, tu ele nós vós eles em 1980.

O cantautor também se revelou na escrita, não só de obras infanto-juvenis como caixa e O Pequeno Livro dos Medos (cujas ilustrações também lhe pertencem), como na poesia com a edição em 2009 de O Sangue Por Um Fio. É de destacar ainda a edição de 60 Canções de Sérgio Godinho e a sua biografia musical, Retrovisor, escrita por Nuno Galopim.

Em 2009, juntou-se a José Mário Branco e Fausto Bordalo Dias para Três Cantos. Foram quatro noites com lotação esgotada no Campo Pequeno e Coliseu do Porto. Este reencontro ficou registado em CD e DVD com a edição de Três Cantos ao Vivo, que atingiu o Galardão de Ouro na sua semana de edição.

Mútuo Consentimento foi lançado em 2011 e entrou directamente para o n.º 1 do Top Nacional de Vendas, revelando algumas parcerias inéditas: Bernardo Sassetti, Noiserv, Francisca Cortesão (aka Minta), o percussionista António Serginho (Foge Foge Bandido) e a Roda de Choro de Lisboa são alguns dos que se juntaram à banda que tem acompanhado Sérgio Godinho nos últimos anos – “Os Assessores”. A par desta publicação, a comemoração dos 40 anos de actividade musical foi ainda celebrada pela edição do livro Sérgio Godinho e as 40 Ilustrações, onde as suas letras são “revistas” por outros tantos ilustradores; e, já em 2012, o livro de crónicas Caríssimas 40 Canções, centrado na “canções dos outros”, num olhar pessoal e rememorativo dos intérpretes e autores que marcaram o seu percurso.

Em 2013, foi galardoado com o Prémio Tenco, promovido pela associação cultural italiana Cosi Di Amilcare. Tendo como ponto de partida o livro de crónicas, concebeu e apresentou no Centro Cultural de Belém e na Casa da Música o espectáculo Caríssimas Canções, cuja gravação foi editada em CD no final de 2013.

A propósito da celebração do 40º aniversário do 25 de Abril de 1974, o São Luiz Teatro Municipal convida o “escritor de canções” para a concepção de um espectáculo de cariz especial. Liberdade é o título que Sérgio Godinho encontra dentro do seu próprio repertório, socorrendo-se da canção publicada em 1974 no álbum À Queima-Roupa. Depois de três apresentações lotadas no São Luiz, o espectáculo partiu em digressão, dando origem a mais um registo ao vivo.

Ainda em 2014, Sérgio Godinho publicou Vidadupla, a sua primeira publicação na área do conto, sucedendo assim às edições de poesia e infanto-juvenis.

Irrequieto e aventureiro, Sérgio Godinho guardou para 2015 algo que há muito projectava viesse a suceder – a partilha de palco com Jorge Palma. JUNTOS foi o nome dado ao projecto que “juntou” em palco dois nomes maiores da música nacional e que foi fixado para a posteridade no CD+DVD captado no Theatro Circo em Braga, divulgado ao grande público no final de 2015. A par deste projecto, Sérgio Godinho apresentou o espectáculo Liberdade por todo o país a ainda fora de fronteiras, em Macau e em Espanha, no âmbito da Mostra Portuguesa realizada no país vizinho.

Sérgio Godinho, Salão de festas, 1984.

Sérgio Godinho, Pano cru, 1978

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