Pedro Jóia, guitarrista e compositor
Pedro Jóia

Pedro Jóia é um dos mais prestigiados guitarristas e compositores portugueses.

Com 27 anos de carreira, explorou diversas influências fundindo tradição e inovação na sua abordagem musical e colaborou, e colabora, com alguns dos mais consagrados artistas nacionais e internacionais.

Em 2020, homenageou Zeca Afonso em “Zeca”, álbum que chegou a ser o mais vendido em Portugal, e foi distinguido por unanimidade com o Prémio Carlos Paredes no ano seguinte. Pedro Jóia regressou em 2024 ao seu repertório original. “Mosaico” chegou a 23 de fevereiro de 2024 às plataformas digitais e a todas as lojas, em formato CD e vinil.

A guitarra é o fio condutor e Pedro Jóia o timoneiro de uma grande e fascinante viagem. A partida faz-se nas asas de “Ícaro”, há flamenco em “O Luar dos Peixes”, abrilhantado pelo pianista Victor Zamora, um “Zapateado” com pés de dança, e um Fado recheado com o romantismo da chanson française em “Fadinho do Atentado”, com José Manuel Neto e João Frade. O bandolim de Edu Miranda acompanha a “Volta ao Sol” e Mbye Ebrima empresta a magia da kora a “Jula Jekere”.

As cordas engrandecem “Adagietto”, enquanto “Três Pontas” é um tributo musical à cidade do estado de Minas Gerais, no Brasil. A maré enche e vaza em “Acqua Alta” (variaçōes sobre dois motivos de A. Vivaldi) e eis-nos chegados ao porto da mediterrânica e barroca “Catania”.

Fonte: Glam Magazine

Pedro Jóia nasceu a 1 de janeiro de 1970, na Bélgica, durante um estágio profissional do pai. Aos seis meses mudou-se para Lisboa, onde cresceu e mora hoje com a mulher e os dois filhos. Também viveu em Espanha e no Brasil, sempre por conta da música.

Iniciou, aos sete anos, estudos de Guitarra Clássica na Academia dos Amadores de Música, com Paulo Valente Pereira. No ano de 1985 transferiu-se para o Conservatório Nacional, onde estudou com Manuel Morais e concluiu o curso de Guitarra Clássica em 1990.

A partir de 1986 iniciou-se no estudo de Guitarra Flamenga, primeiro como autodidacta e depois através de cursos e de classes de aperfeiçoamento em Espanha (Jerez de la Frontera e Cordoba) com os guitarristas Paco Peña e Manolo Sanlúcar. A relação de aluno com o segundo manteve-se até 1998.

Guadiano (1996) e Sueste (1999) foram os discos que colocaram o guitarrista e compositor Pedro Jóia no panorama da música feita em Portugal. Embora no início com uma forte influência e gosto pela guitarra flamenca, as suas origens portuguesas acabaram por falar mais alto. Assim, Variações sobre Paredes (2001) marcou uma outra fase na sua carreira, homenageando um dos grandes mestres da Guitarra de Coimbra.

Depois de Jacarandá (2003), disco onde reuniu uma série de músicos brasileiros, como Elba Ramalho, Simone, Zeca Baleiro, Zélia Duncan, entre outros, viajou para o Brasil, onde colaborou intensamente com Ney Matogrosso, entre 2003 e 2006.

O espectáculo Mourarias, em Duo com o percussionista Vicky, reune temas da sua autoria, numa reflexão sobre as suas origens como músico e compositor, referenciados nos seus dois primeiros discos, Guadiano e Sueste, e agora também sobre os dois mais importantes compositores e instrumentistas das guitarras de Coimbra e de Lisboa.

Pedro Jóia, Zeca

Pedro Jóia, Jacarandá

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Artur Caldeira, guitarrista
Artur Caldeira

Artur Caldeira diplomou-se em Guitarra no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, sob a orientação de José Pina. Ingressou mais tarde na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Porto, onde concluiu o Curso Superior de Guitarra na classe do mesmo Professor.

Frequentou vários cursos de aperfeiçoamento e interpretação com Alberto Ponce, David Roussel, Leo Brouwer, Bheto Davezac, Jorge Oraison, Celso Machado, Ricardo Moyano e Dusan Bogdanovic. Obteve o 1º prémio do Concurso Nacional “Parnaso 93” e o 1º lugar ex-aequo do “Prémio Helena Sá e Costa 1995”. Tocou com a Orquestra Clássica sob a direcção dos Maestros Meir Minsky e João Paulo Santos, com a Orquestra do Norte sob a direcção do Maestro Ferreira Lobo e gravou para a RDP.

Leia AQUI a biografia completa.

Discografia

Vasco Barbosa, Rui Paiva, Marcos Magalhães, Artur Caldeira, Orquestra Atalaya - Tricentenário do Maior Compositor Português do Barroco ‎(CD, Álbum) Numérica Num 1120 2004

Vasco Barbosa, Rui Paiva, Marcos Magalhães, Artur Caldeira, Orquestra Atalaya – Tricentenário do Maior Compositor Português do Barroco ‎(CD, Álbum) Numérica Num 1120 2004

Obras portuguesas para guitarra, 2021
Vasco Barbosa, Rui Paiva, Marcos Magalhães, Artur Caldeira, Orquestra Atalaya – Tricentenário do Maior Compositor Português do Barroco ‎(CD, Álbum) Numérica Num 1120 2004

Saber Ouvir – Obras Portuguesas para Guitarra Clássica
Artur Caldeira, Saber Ouvir

Artur Caldeira, Saber Ouvir

Duarte Costa

> Duas baladas
>> do Sonhador – 2’33’’
>> da Solidão – 4’06’’
> Ansiedade – 3’33’’
> Procissão – 2’42’’

António Vitorino d’Almeida

> Fantasia Op. 70 – 4’55’’

Artur Paredes / Artur Caldeira

> Passatempo – 3’45’’

Carlos Paredes / Artur Caldeira

> Dança palaciana – 2’07’’
> António Marinheiro – 3’02’’

Fernando Lapa

> Três melodias tradicionais transmontanas
>> Vai indo, amor, vai indo – 2’42’’
>> Eu venho dali, dali – 2’15’’
>> Mais um peneireiro – 1’07’’

Três Guitarras

Fernando Lapa

> Melodia tradicional de Vila Real
>> Linda Morena – 2’49’’

> Duas melodias tradicionais de Miranda do Douro
>> Por beilar el pingacho – 2’15’’
>> Senhor Galandum – 3’12’’

Biografia

Licenciado em Guitarra Clássica e Mestre em Interpretação Artística pela ESMAE, PPORTO, na classe de José Pina, foi-lhe atribuído, após provas públicas, o título de Especialista em Música. É doutorando em Educação Artística na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

Frequentou inúmeras classes de aperfeiçoamento com renomados mestres guitarristas como Alberto Ponce, David Russell, José Pina, Bheto Davezac, Ricardo Moyano, Celso Machado, Dusan Bogdanovic, Eduardo Fernandez, bem como noutras especialidades musicais.

Guitarrista premiado (Prémio Parnaso, Prémio Helena Sá e Costa e Prémio Fundação Engenheiro António de Almeida), apresentou-se a solo, com diversas orquestras (Orquestra do Norte, Orquestra Nacional do Porto, Orquestra Clássica do Centro, Orquestra do CMCGB, Sinfonieta de Braga e Mitteldeutsche Kammerphilharmonie Schönebeck) e em inúmeros colectivos em Portugal Continental, Açores e Madeira e em países de diversos continentes, tais como: Espanha, França (incluindo Córsega), Alemanha, Suíça, Itália (incluindo Sardenha), Holanda, Dinamarca, Eslováquia, Hungria, Turquia, Marrocos, Moçambique e África do Sul. Realizou primeiras audições absolutas de obras de Fernando Lapa e Marina Pikoul, bem como da sua transcrição publicada (AVA Editions) do Concerto em Lá M de Carlos de Seixas.

A sua assinalável e reconhecida versatilidade e fluência em diversos idiomas musicais, é a razão dos permanentes convites para integrar formações variadas inúmeros contextos. Fundou o grupo “Som Ibérico”, para o qual escreveu arranjos de temas da Música Popular Urbana Portuguesa, gravando um CD onde assinou a produção e a direcção musical. Produziu, dirigiu e gravou o CD “Clarinete em Fado” de António Saiote. Dirigiu e gravou, com o guitarrista Daniel Paredes, o CD “Sefika Plays Fado” da flautista turca Sefika Kutluer.

Gravou em 2020, em período de confinamento, o CD Saber Ouvir – Música Portuguesa Para Guitarra Clássica, que obteve já excelentes críticas.

Recebeu em 2020 a medalha da Assembleia Nacional de França pela sua contribuição para a partilha das culturas francesa e portuguesa.

Leccionou em todos os níveis do sistema nacional de ensino em Portugal, do 1º ciclo do Ensino Artístico Integrado do CMCGB (Formação Musical) ao Mestrado na ESMAE (Instrumento Música de Câmara e outras UCs), passando pelo 2º ciclo do Ensino Básico (Educação Musical) e por todo os níveis do Ensino Especializado da Música (básico e secundário de Instrumento do CMP e de diversas academias privadas).

Ministra frequentes masterclasses em Portugal e no estrangeiro e tem integrado júris de concursos nacionais e internacionais.

Tem orientado e coorientado diversas teses de Mestrado e Relatórios de Estágio em ensino, bem como supervisionado aulas de Instrumento e Música de Câmara a vários estagiários.

É professor do CMP desde 1992, onde foi admitido após rigorosas provas públicas. Leciona desde 2009 na ESMAE – P. PORTO.

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Tiago Matias, Cifras de viola
Tiago Matias

Discografia

  • Cifras de Viola, 2021.

Tiago Matias, Cifras de Viola

Tiago Matias

Tiago Matias cresceu na freguesia de Vilar, numa altura em que Aveiro ainda estava longe do pulsar artístico, do movimento criativo e da oferta cultural que hoje se lhe associa. Na cidade até “já existiam alguns grupos e equipamentos culturais como o [Teatro] Aveirense, o CETA – Círculo Experimental de Teatro de Aveiro ou o Estaleiro [Teatral de Aveiro]”, assim como “boas escolas de dança”, mas “a dinâmica dessas estruturas era muito inferior”, garante o músico aveirense, em entrevista à Aveiro Mag.

O que, naquela Aveiro dos anos 90, florescia com irredutível efervescência, eram as bandas de Garagem. “Havia muitas [bandas] e tenho ideia de que, genericamente, o nível de qualidade era muito bom”, recorda Tiago que, apesar de, mais tarde, ter vindo a enveredar por sonoridades mais eruditas, chegou a integrar alguns dos conjuntos jovens mais icónicos daquela época, nomeadamente, os Drool Sniper, os Sem e os Alter-ego.

Não foi, no entanto, por via destas bandas de liceu que o jovem aveirense chegou à música. Desde cedo, aprendera a tocar guitarra numa escola privada, em São Bernardo, e habituara-se a integrar os coros da Sé de Aveiro. É por isso que, no que à música diz respeito, pode dizer-se que, até certo momento da sua vida, Tiago Matias percorreu dois caminhos paralelos: de um lado, a vivência das bandas de Garagem, a guitarra elétrica e a vertigem do punk rock, sempre mordaz e empolgante; do outro, a “música de igreja”, a responsabilidade de direção dos coros da Sé Catedral (tarefa que, mais tarde, viria a assumir) e, claro, todo o percurso na guitarra clássica no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, com a seriedade que a Música Erudita, tão bela quanto rigorosa, a todos exige.

Enquanto entendeu percorrer paralelamente estes dois caminhos – o rock e o clássico –, Tiago nunca descurou um relativamente ao outro. Contudo, também nunca permitiu que se tocassem. “Nos dias de hoje, os miúdos já não veem esta divisão da forma como eu a via. Para mim – eventualmente, de forma errada – sempre foram dois campos muito diferentes, em igual medida apaixonantes, mas sempre intocáveis. Dois mundos separados”. “Hoje já não os encararia assim”, reconhece o músico.

Desse período fundador, há que referir dois discos que Tiago destaca como “referências”, não só por terem assinalado o seu despertar para o universo da música, mas também porque cada um deles simboliza um desses caminhos – o rock e o clássico – percorridos lado a lado no trajeto musical de vias colaterais que lhe marcou a infância e a adolescência. “Não devia ter mais de 8 ou 9 anos quando ouvi o The Wall, dos Pink Floyd, muito por influência de tios e primos mais velhos. Não era muito comum os miúdos da minha idade ouvirem aquele tipo de música, mas esse disco, assim como os álbuns seguintes da banda, marcou-me bastante”, recorda. Pela mesma altura, um disco de música clássica com os “noturnos” (composições que evocam a noite e nela se inspiram) de Chopin tê-lo-á fascinado de tal forma que a questão “Será que, um dia, poderei fazer disto, vida?” passa a ocupar-lhe a mente.

A resposta só chegaria uns anos mais tarde, ainda Tiago não tinha concluído o Conservatório, mas já depois de ingressar na licenciatura em engenharia mecânica, em Aveiro. No âmbito de um curso livre de guitarra clássica, em Vila do Conde, o seu talento, técnica e agilidade não passaram ao lado do professor Paulo Vaz de Carvalho que lhe atribuiu rasgados elogios. “Um discurso inspirador” que me “deixou nos píncaros”, confessa o aveirense. “Palavras certas, na altura certa, vindas da pessoa certa” que lhe trouxeram as certezas que faltavam. Então, e a engenharia? Era um “curso de família”, justifica Tiago. “Tenho vários familiares ligados a este ramo e, apesar de eu já na altura saber que queria ser músico, passou-me pela cabeça que [a engenharia] era o caminho certo”.

É preciso uma boa dose de coragem e, essencialmente, uma forte convicção quanto à sua vocação para um jovem de 19 anos decidir abandonar um curso com o qual “teria a vida feita” e seguir o caminho da música. “Eu sabia bem o que queria”, assegura Tiago. No seu seio familiar, “não houve dramas”, ainda que, no início, não tenha sido fácil para os pais compreenderem aquela opção. “Foi importante para eles perceberem que a minha vontade era pela Música Erudita e que, neste ramo, rapidamente estaria a dar aulas”. “O facto de verem que eu podia ter uma vida minimamente estável ajudou-os a aceitarem a minha escolha”, partilha. Em 2002, Tiago Matias completa o curso complementar em guitarra clássica no Conservatório de Música de Aveiro (no exame final, obteve a nota máxima de 20 valores) e, três anos mais tarde, conclui igualmente os estudos na Escola Superior de Música de Lisboa.

Em quase duas décadas de carreira, Tiago tem colaborado regularmente com diversos grupos – entre os quais, “Sete Lágrimas”, o mais conhecido grupo de música antiga em Portugal e um dos mais conhecidos da Europa, que integra há cerca de 15 anos – com os quais já gravou vários discos e teve a oportunidade de se apresentar em salas de espetáculo e festivais um pouco por toda a Europa. Em 2012, em colaboração com Filipe Faria, fundou o Noa Noa, com o qual editou “Língua”, em 2014, “Língua 2”, em 2015, “En la mar”, em 2016, e “Palavricas d’amor”, em 2017.

Em 2018, é convidado a assumir o cargo de diretor do Quartel das Artes Dr. Alípio Sol, em Oliveira do Bairro, com o desafio de “criar uma programação eclética que chegue a todos os públicos, mas que seja audaz em termos de qualidade; que não perca a coerência, nem se deixe cativar pelo facilitismo”. A azáfama da sua carreira artística e dos seus afazeres enquanto programador fizeram com que Tiago deixasse de dar aulas. Ainda assim, esta foi “uma atividade que preencheu mais de vinte anos da minha vida – comecei a dar aulas com 17 anos – e da qual só guardo boas memórias”, garante o músico. “Tenho a sorte de poder afirmar que tenho muitos antigos alunos que são músicos profissionais. Orgulho-me muito de ter sido eu a formá-los. Vê-los crescer foi ótimo”.

Meses antes de terminar o curso superior em guitarra clássica, Tiago teve a oportunidade de estudar em Madrid, no Real Conservatório Superior de Música, ao abrigo do programa Erasmus. Foi na capital espanhola que o aveirense conheceu José Miguel Moreno, especialista em música antiga e em instrumentos como os alaúdes, as tiorbas, as vihuelas e outros antepassados das guitarras que hoje conhecemos. A experiência foi de tal ordem entusiasmante que, poucos dias depois de terminar o curso em guitarra clássica, Tiago “já tinha cortado as unhas” – para a guitarra clássica é aconselhável usar as unhas da mão direita compridas, ao passo que para estes instrumentos antigos, tal não é necessário. “Não mais voltei à [guitarra] clássica, não mais voltei a ter unhas [compridas] e não tenho vontade disso. Percebi o prazer e o arrebatamento que estes instrumentos me dão e soube que este era o meu caminho”.

Em dezembro de 2021, Tiago Matias lançou o seu primeiro disco a solo: Cifras de Viola, um Conjunto de 14 obras provenientes do Manuscrito Musical 97 da Biblioteca da Universidade de Coimbra: “Cifras De Viola por Vários Autores Recolhidas Pelo Licenciado Joseph Carneyro Tavares Lamecense”. “Este manuscrito, que data do início do século XVIII, contém mais de 200 obras para guitarra barroca, sendo a sua maioria música inédita e de autores desconhecidos. A compilação é a maior que se conhece em todo o mundo para guitarra barroca, tendo um grande valor artístico e histórico”, podia ler-se no comunicado de apresentação do disco.

“Sempre soube que, quando chegasse a altura de me apresentar a solo, não iria gravar o que já tinha em casa”, vinca Tiago Matias. “Nunca tive interesse em gravar as minhas obras favoritas de Bach, por exemplo, apesar de adorar Bach, é o meu compositor de eleição, a minha maior influência. Mas nunca quis gravar música que já conhecia, que já tinha sido registada por outros”.

Quando teve conhecimento deste manuscrito histórico, imediatamente, Tiago demonstrou interesse em transcrever, recriar e gravar algumas peças, mas o ofício exigia tempo e dedicação. “Tenho de admitir que, tal como aconteceu com tantos músicos, foi a pandemia a dar o derradeiro empurrão para que o projeto avançasse”, conta. E agora, nisto dos discos, “como diz o Ronaldo, é como o ketchup. Depois do primeiro é sempre mais fácil surgirem os seguintes”. Aos 43 anos, o músico aveirense garante ter novo trabalho já gravado. “Está em processo de edição, vai ser lançado em 2023”, antecipa-nos. Para este novo registo, “o processo começou pela recolha de música vocal dos séculos XVI e XVII. Passei a música para vihuela – no primeiro disco toquei guitarra barroca, neste segundo vou tocar vihuela -, depois fiz uns arranjos, umas variações e estive a gravar”, resume. “Da porta que ousei abrir, há dois anos, quando avancei para um disco a solo não só chegará mais este disco, como outros. Tenho vontade e ideias para mais”, assegura Tiago Matias.

Fonte: Aveiro Mag, acesso a 21 de outubro de 2022

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José Peixoto, Aceno
José Peixoto

Com quatro décadas de percurso artístico, como compositor e exímio executante de guitarra clássica (sendo que nos primeiros tempos também tocava outros instrumentos como o alaúde, o baixo, a harpa sequenciada e o piano-marimba), José Peixoto alcançou, por mérito próprio, o invejável estatuto de músico de superlativa referência em Portugal.

Atestam-no: a sua valiosa discografia, quer em nome próprio – individualmente ou em parceria com outros reputados instrumentistas (o percussionista José Salgueiro, o baixista Fernando Júdice, o violinista Carlos Zíngaro, o contrabaixista António Quintino…) ou com meritórias cantoras (Maria João, Filipa Pais, Sofia Vitória…) –, quer integrando projectos colectivos, quase todos criados por sua iniciativa (SHISH, El Fad, Grupo Cal Viva, TAIFA, Madredeus, Sal, Aduf, LST-Lisboa String Trio, Quinteto Lisboa); os numerosos convites que recebeu para participar, na qualidade de instrumentista, de compositor, de arranjador e/ou de produtor, em discos de múltiplos artistas (João Lóio, Janita Salomé, Maria João, Pedro Cadeira Cabral, Pedra d’Hera, Vitorino, Anamar, José Mário Branco, Rui Veloso, Amélia Muge, Mafalda Veiga, Júlio Pereira, Rui Júnior, Maria João Quadros, María Berasarte, Francisco Ribeiro, Marta Pereira da Costa, Teresa Salgueiro…); as também muito relevantes encomendas de música para espectáculos de dança e para peças de teatro (encenadas, na sua maioria, por Maria João Luís); a aclamação da crítica especializada, sendo de destacar a atribuição do Prémio Carlos Paredes a dois álbuns de projectos seus [“Lunar” (2010), de El Fad, e “Matéria” (2014), de LST-Lisboa String Trio]; e o aplauso de um público exigente.

Fonte: A Nossa Rádio

Discografia

Álbuns

El Fad ‎(CD, Álbum) Playon PL 90.004 1991
José Peixoto, José Salgueiro – Bom Dia Benjamim! ‎(CD, Álbum) Movieplay Portuguesa, S.A. MOV 30.325 1995
As Vozes dos Passos ‎(CD, Álbum) União Lisboa UL IV 011 CDN 1997
A Vida de um Dia ‎(CD, Álbum) União Lisboa UL IV 023 CDN 1998
O que me diz o espelho de água ‎(CD, Álbum) Farol Música, Lda. FAR000061 2000
A Tempo [Antologia] ‎(2xCD, Álbum) Capella 5607026010034 2001
José Peixoto / Fernando Júdice – Carinhoso ‎(CD, Álbum) Zona Música ZM00063 2002
Aceno ‎(CD, Álbum) Zona Música ZM00119 2003
José Peixoto e Carlos Zíngaro – Cacus ‎(CD, Álbum) Zona Música zm00174 2005
Filipa Pais, José Peixoto – Estrela 2 versões Zona Música 2004
José Peixoto com Maria João – Pele ‎(CD, Álbum) Zona Música ZM00180 2006
José Peixoto, Carlos Zíngaro – El Fad Vivo ‎(CD, Álbum, Dig) Grão 5605860000761 2008
José Peixoto, António Quintino Feat. José Salgueiro – Volta ‎(CD, Álbum) JACC Records 018 2012
José Peixoto, Sofia Vitória – Belo Manto ‎(CD, Álbum, Dig) Not On Label BM7101 2017
Compilações
Corvos / José Peixoto / Fernando Júdice – Pares de Sonho: Cordofones ‎(2xCD, Álbum + Box, Comp) Zona Música ZM00156 2002

Fonte: Discogs

José Peixoto, Aceno

José Peixoto & Sofia Vitória, Belo manto, 2017.

José Peixoto & Sofia Vitória, Belo manto, 2017.

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Silvestre Fonseca
Silvestre Fonseca

Nascido em Lisboa, a 23 de Abril de 1959, Silvestre Fonseca iniciou os estudos de guitarra clássica, em 1975, na escola fundada por José Duarte Costa, à Avenida João XXI, tendo aí recebido lições de José Diniz, sujeitando-se depois a exame, como aluno externo, no Conservatório Nacional. Nesta mesma instituição de ensino, estudou composição e análise musical com Joly Braga Santos.

Aos 22 anos, em 1981, publicou, em edição própria (depois licenciada à EMI, selo His Master’s Voice) o álbum “Guitarra Clássica”, constituído por peças de Antonio Róvira, Isaías Sávio, José Duarte Costa, anónimos ingleses do séc. XVI, Fernando Sor, Francisco Tárrega e Manuel M. Ponce.

Nos primeiros anos do seu percurso artístico, Silvestre Fonseca frequentou vários cursos de guitarra no estrangeiro que lhe permitiram aperfeiçoar o domínio técnico do instrumento e – não menos importante – aprimorar os seus dotes interpretativos/expressivos.

Em 1987, saiu, com chancela Philips, o seu segundo álbum, “Guitarra Clássica com Orquestra de Câmara”, sob a regência do maestro Leonardo de Barros, integrando obras de Antonio Vivaldi, Ferdinando Carulli, Francisco Tárrega, António Lauro, António Victorino d’Almeida e Heitor Villa-Lobos.

Bem recebido pela crítica especializada (o eminente musicólogo João de Freitas Branco dedicou-lhe uma edição do seu histórico programa “O Gosto pela Música”, no então Programa 2, futura Antena 2), o fonograma afirmou Silvestre Fonseca como exímio executante de guitarra clássica e um intérprete a ter em conta a partir daí no panorama nacional e internacional.

E os discos (mais de uma vintena) que foi gravando, uns mais centrados no repertório erudito da guitarra clássica, outros mais focados em canções ditas ligeiras (portuguesas, cabo-verdianas, brasileiras, hispano-americanas, etc.), ora em transcrições para guitarra solo, ora acompanhando cantores convidados, bem como os recitais e concertos que foi dando em Portugal e, sobretudo, no estrangeiro (em salas de grande prestígio e em criteriosos canais de televisão) servem para confirmar o altíssimo gabarito do intérprete e revelar os seus talentos enquanto arranjador e compositor.

A par das dezenas de transcrições que fez (muitas das quais estão publicadas em pauta e em CD na “Silvestre Fonseca Collection”, pelas London Guitar Studio Publications, de Londres, e pelas Éditions Soldano, de Paris), Silvestre Fonseca compôs de raiz várias peças para ou com guitarra clássica. Seis delas fazem parte do alinhamento do CD “Olhares” (1998), e uma tem por título “Balada de um Outono”. Uma composição para guitarra e violino, muito bela e impregnada de nostalgia, logo perfeitamente adequada para assinalar o começo da presente estação outonal (no hemisfério norte, bem entendido).

Fonte: Nossa Rádio

Discografia

Silvestre Fonseca

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Rebeca Oliveira, Home
Rebeca Oliveira

Rebeca Oliveira é uma guitarrista natural da Madeira, Portugal. Formada em Vigo, Galiza, e em Weimar, Alemanha, onde reside, Rebeca Oliveira foi galardoada com o 1.º Prémio do Concurso Juan Crisóstomo de Arriaga em Bilbo, País Basco, e tem vindo desde há alguns anos a trabalhar sobre a música de Carlos Seixas, editando as suas próprias transcrições que aqui regista discograficamente pela primeira vez.

Discografia

  • Home
  • Carlos Seixas – Sonatas

Rebeca Oliveira, Home

Rebeca Oliveira, Carlos Seixas, Sonatas

À margem dos diversos novos projetos de gravação das sonatas de Carlos Seixas em instrumentos históricos de Tecla, surge a proposta de escutarmos esse repertório à guitarra, segundo a interpretação de Rebeca Oliveira

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